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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Elei��o nos EUA: Bolsonaro n�o tem medo de Joe Biden

Se Donald Trump perder, n�o h� motivos para p�nico no Brasil. Entenda por qu�


03/11/2020 08:06

(foto: Brendan Smialowski / AFP / JIM WATSON / AFP)
(foto: Brendan Smialowski / AFP / JIM WATSON / AFP)

 

Chegou o grande dia! O mundo ir� conhecer o pr�ximo presidente da maior pot�ncia econ�mica e militar do planeta. Com expectativa de recorde de votos, os americanos decidir�o se o buf�o troglodita (mas eficient�ssimo na condu��o econ�mica) Donald Trump se manter� no poder por mais quatro anos, ou se o democrata bonach�o Joe Biden retomar� a Casa Branca para os jumentos. As pesquisas indicam a vit�ria do segundo, mas pesquisas erram. E nos Estados Unidos, ter a maioria dos votos n�o significa ter a vit�ria.

 

Ao Brasil, em termos pr�ticos, pouco importa o resultado. Se Trump vencer, continuaremos sabujos �s suas vontades. O que parece hoje ser uma rela��o bilateral, um jogo de ganha, ganha, � t�o somente o Brasil de joelhos perante os EUA. N�o por voca��o de vira-lata, mas por sermos, como definiu um chanceler israelense, um “an�o diplom�tico”. Trump pode at� ser - e �! - simp�tico ao amig�o do Queiroz, mas nunca ceder� nem meio mil�metro dos seus interesses em prol do Brasil. Ele � um viciado em vencer, e com requintes de crueldade.

 

Caso Biden ven�a, “no problem at all”. O democrata ir�, sim, pressionar o Brasil na quest�o ambiental. Poder� tamb�m nos causar problemas (mais?) com os europeus. Mas e da�? J� somos insignificantes o suficiente. Somos apenas o 15º parceiro comercial dos americanos, com ris�veis USD 33 bilh�es em neg�cios este ano. Por outro lado, os EUA s�o o nosso segundo maior parceiro comercial. E como quem paga manda, e quem recebe obedece, sempre!, continuaremos a dizer “am�m” para os Estados Unidos da Am�rica.

 

Do contr�rio, a ru�na � certa e ser� absoluta. Nossa economia j� est� em frangalhos. O d�lar est� a quase R$6. Se nossa balan�a comercial afundar de vez, este governo n�o termina o mandato. Nosso maior parceiro comercial � a China, dia sim, dia tamb�m atacada pelos bolsonaristas. A Argentina, pobre coitada, encontra-se falida e mal paga, se � que entendem a “pegadinha”. Romper com os EUA - e consequentemente com a UE - ser� como atirar gasolina nas queimadas-que-n�o-existem do Pantanal e da Amaz�nia. 

 

E Bolsonaro? Bem, far� o que sempre fez: enfiar� o rabic� entre as pernas e desdizer� o que disse; ele e seus aloprados s�o tigres de papel: rugem muito, mas n�o mordem ningu�m. T�o logo Biden - caso ven�a - estale os dedos, correr� para exercer o eterno papel de “bibel� de quem pode mais”. E dir� que o democrata � bacana, que errou ao apoiar Trump, e sua malta na internet louvar� “gra�as ao estadista”. Como eu sei? Ora, n�o foi o que fez com o Centr�o, com Rodrigo Maia, com Davi Alcolumbre, com Dias Toffoli, com Gilmar Mendes, etc? 

 

N�o duvidem: se Joe Biden vencer, � capaz de o nosso Capit�o Cloroquina se filiar ao Greenpeace e comparecer � posse do democrata, trajando uma camiseta vermelha com a inscri��o “save the Amazon rainforest”. E ao inv�s de arminha, far� cora��ozinho com as m�os. Tudo sob os aplausos da manada, � claro, para a ira dos olavistas e olavetes, e deleite dos que podem dizer: “eu avisei”.

 

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