
Em documento enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal), a AGU (Advocacia Geral da Uni�o) reconheceu que o Minist�rio da Sa�de tinha conhecimento, desde o final de dezembro de 2020, da gravidade da situa��o sanit�ria de Manaus por causa da COVID-19.
No come�o deste ano, secret�rios da Pasta se reuniram em pelo menos duas oportunidades, dias 4 e 5 de janeiro, e conclu�ram que o sistema manauara entraria em colapso dali a cerca dez dias, especificamente entre o per�odo de 11 a 15 de janeiro. N�o deu outra!
A empresa White Martins, que fornece oxig�nio para os hospitais p�blicos do estado, alertou o governo do Amazonas, por email datado de 7 de janeiro, que n�o seria capaz de suprir a demanda em curso, e que outros fornecedores deveriam ser contratados.
A bomba-rel�gio estava armada e datada, e mesmo assim o general fantoche do man�aco da cloroquina, tamb�m conhecido como Presidente Jair Bolsonaro (uma piada de mau gosto, tanto como Pazuello, ministro da Sa�de) s� deu as caras na cidade em 11 de janeiro.
Antes disso, o ajudante de ordens do amig�o do Queiroz, em reuni�o com prefeitos em Bras�lia, declarou que n�o havia avi�es dispon�veis para levar oxig�nio para Manaus. Por�m, n�o era verdade. Pazuello se especializou na maior arte do seu chefe: contar mentiras.
Cientes da trag�dia que se aproximava, Presidente e sabujo limitaram-se a enviar para o Amazonas 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina, que o pr�prio m�dico-cientista que a divulgou como “eficaz contra o coronav�rus”, admitiu n�o produzir qualquer efeito.
Tamb�m em 7 de janeiro, ao lado do Jim Jones da COVID (quem n�o souber, pesquise quem foi James Warren), numa daquelas lives pat�ticas de quinta-feira, o bibel� de tr�s estrelas defendeu o tal “tratamento precoce” - bem como o pr�prio Minist�rio da Sa�de.
Semana passada, em visita � Manaus, criador e criatura tiraram o corpo fora, ou melhor, o bumbum da seringa (com medo de ser a vachina do D�ria), e disseram ter feito o que podiam: enviar dinheiro e saquinhos de pirlimpimpim: cloroquina + ivermectina azitromicina.
O que aconteceu em Manaus ficar� registrado como um dos maiores casos de omiss�o de um governo - ou governos -, que levou dezenas, sen�o centenas de brasileiros � morte por asfixia. Em qualquer pa�s decente, os respons�veis seriam julgados, condenados e presos.
Mas em Ban�nia, cuja capital atual � Bolsol�ndia, um presidente psicopata e um ministro criado s�o inimput�veis politicamente e criminalmente. E o motivo � um s�: Congresso e Suprema Corte resolveram se ajoelhar perante a puls�o de morte do governo federal.