
A Secretaria de Sa�de de Minas Gerais informou que h� falta de rem�dios e anest�sicos que comp�em o chamado “kit intuba��o” em diversos hospitais do estado. Isso significa que, ou os pacientes n�o ser�o intubados e morrer�o, ou estando intubados n�o contar�o com os sedativos necess�rios. Ambas as hip�teses s�o inadmiss�veis, cru�is e desumanas.
H� mais de um m�s os estados v�m alertando o governo federal para a gravidade da situa��o, mas, como de costume quando se trata da administra��o atual, nada foi feito. Para piorar, o Minist�rio da Sa�de vem confiscando as compras estaduais e centralizando a distribui��o, o que est� gerando atraso e ainda mais desabastecimento nos hospitais.
Poucos dias atr�s, o governador Romeu Zema, em entrevista � Folha de S�o Paulo, considerou que h� exagero nas cr�ticas ao governo federal, e disse acreditar em uma certa persegui��o ao presidente da Rep�blica. E mais: apontou pa�ses em situa��o pior do que a nossa como forma de amenizar as cobran�as feitas a Jair Bolsonaro.
Talvez os crit�rios de avalia��o do governador sejam diferentes dos meus. N�o posso aceitar 400 mil mortes, numa raz�o di�ria de mais de 3 mil v�timas fatais, superlota��o de hospitais, falta de vacinas, escassez de medicamentos e a diuturna prega��o contra as medidas de prote��o sanit�ria como uma gest�o que n�o mere�a as mais duras cobran�as e cr�ticas.
Ali�s, o Partido Novo tem como filosofia e norte de trabalho, a meritocracia. A busca obstinada pela efici�ncia e produtividade no setor p�blico, equiparadas � iniciativa privada. Assim, fica dif�cil compreender a postura omissa e, por que n�o?, conivente do governador de Minas com a desastrosa atua��o do governo federal diante do mortic�nio em curso no Pa�s.
� compreens�vel, como j� cansei de reconhecer, a pol�tica de “boa vizinhan�a” com o verdugo do Planalto. A situa��o de Minas � bastante complicada. Mas uma coisa � n�o atacar o governo. Outra, bem diferente, � se calar. Pior. Considerar exageradas as justas e merecidas cr�ticas. Na boa, num t� b�o isso, n�o, Chico Bento. � melhor Jair mudando o rumo dessa prosa.