
Pouco nos importa a idade das v�timas ou o grau de crueldade a que foram submetidas. Por aqui, morre-se como moscas e “nem te ligo farinha de trigo”. Enchentes, inc�ndios em boates, b�bados ao volante, tanto faz.
A pandemia do novo coronav�rus tinha tudo para se tornar uma trag�dia sem precedentes no pa�s, e se tornou. Uniram-se uma popula��o predominantemente desinteressada pelo pr�ximo e um presidente homicida.
Juntos, povo e governo produziram um massacre sob a forma 400 mil v�timas fatais por COVID-19, enlutando mais de 2 milh�es de sobreviventes at� que eles pr�prios, talvez, se tornem os pr�ximos na fila da morte.
O Brasil conta com exatos 2,7% dos humanos que habitam este planeta. Por�m, sozinhos respondemos por quase 13% dos padecidos pelo v�rus. Imaginem agora China ou �ndia, com suas popula��es na casa do bilh�o.
Ou mesmo os Estados Unidos, Indon�sia, Paquist�o e Nig�ria, apenas para citar os mais populosos. Se estas na��es seguissem nosso exemplo macabro, o mundo estaria com mais de 500 milh�es de mortos, contra 3 milh�es atuais.
Ali�s, se o mundo se espelhasse em n�s, 1 bilh�o de pessoas teriam superlotado os port�es do c�u e do inferno. Para a sorte do planeta, por�m, n�o existem muitos Bolsonaros espalhados por a�. Nem muitos brasileiros tamb�m.