Bolsonaro n�o guerreia com a esquerda, mas com a vida e a democracia

Ontem publiquei neste mesmo espa�o um artigo a respeito da ‘live’ dos horrores - mais uma! - protagonizada pelo psicopata homicida que ora ocupa o Planalto, na �ltima quinta-feira (20).

Ao lado do ministro ‘pop-star’ do bolsonarismo, Tarc�sio de Freitas, do Minist�rio da Infraestrutura, o devoto da cloroquina soltou alguns dos seus piores e mais virulentos dem�nios internos.

Chamou Lula de “ladr�o de nove dedos”, receitou cloroquina e ivermectina outra vez, chamou FHC de “vagabundo” e mentiu descaradamente a meu respeito (sim, a meu respeito).

Mas n�o s�, por�m. No pior - dos piores - momento, ofendeu mais da metade dos brasileiros chamando-os de vermes: “a esquerda n�o toma ivermectina porque mata os vermes que s�o.

Mas o amig�o do Queiroz n�o exorcizou todos os capetas na quinta, n�o. Ou guardou alguns para o dia seguinte ou seu estoque � infinito, pois na sexta-feira (21) ele continuou.

Atacou novamente Lula e FHC, chamando-os de dupla “Ladr�o e Vagabundo”. E em mais um passeio in�til, agora no Maranh�o, chamou o governador Fl�vio Dino (PCB) de “gordinho comunista”.

Obviamente n�o se furtou, como de costume, em causar aglomera��o, n�o usar m�scara e at� admoestar um admirador que n�o o cumprimentou com um aperto de m�os, mas com um soquinho.

Ao final do dia, para encerrar uma semana ‘especialmente gloriosa’ para os padr�es morais do bolsonarismo, atacou mais uma vez a CPI da COVID, inclusive seu presidente, Omar Aziz(PSD-AM).

O pai do senador das rachadinhas e da mans�o de seis milh�es de reais n�o distingue partido, ideologia, cor, credo, g�nero ou etnia. Quem n�o se ajoelhar para o ‘mito’ dever� ser exterminado.

Bolsonaro e sua matilha raivosa n�o guerreiam contra Lula ou as esquerdas; eles guerreiam contra tudo e contra todos que se pare�am com civilidade, liberdade, democracia, pluralidade e toler�ncia.

O man�aco do tratamento precoce conhece apenas �dio e destrui��o como formas de pol�tica. Ou ofende, ou criminaliza, ou desrespeita os advers�rios. Quando n�o raro, humilha, debochando de tra�os f�sicos.

A hist�ria mundial est� repleta de personagens abjetas e macabras. At� a posse de Bolsonaro como presidente da Rep�blica, o Brasil havia escapado ileso. A partir de ent�o, passamos a figurar nessa lista f�nebre.