
Diante das dificuldades - que n�o s�o poucas, hein!! - de se jogar na altitude, e em se tratando de Libertadores da Am�rica, o empate fora de casa foi um bom resultado para o Galo, principalmente pela tabela favor�vel que tem pela frente, com os tr�s jogos finais sendo disputados em Belo Horizonte.
Por�m, � for�oso reconhecer que o Atl�tico fez mais uma partida irregular, com um bom primeiro tempo, mas uma p�ssima etapa final, algo que vem se repetindo com inc�moda frequ�ncia este ano, ao contr�rio do que ocorria em 2021, quando o time geralmente voltava ‘voando’ ap�s os 15 minutos de intervalo.
Mais uma vez o supercampe�o de Minas e do Brasil desperdi�ou in�meras chances de gol - parece haver excesso de confian�a e at� mesmo certa dose de soberba. E no futebol, n�o custa lembrar, ‘quem n�o faz, leva’. Assim, o alvinegro cedeu outro empate com sabor de derrota, como no jogo contra o Coritiba.
NOVO NORMAL?
Jogadores que haviam subido extraordinariamente de produ��o, casos de Mariano e Jair, principalmente, e de Vargas, que at� ensaiou algumas �timas partidas, meio que ‘voltaram ao normal’. Como bem ‘normalzinho’ parece ser - ao menos at� o momento - o nosso novo treinador, o argentino Antonio ‘Turco’ Mohamed.
Tony, quero crer, ainda n�o se adaptou completamente ao Clube e ao Brasil, e tamb�m ainda n�o conseguiu compreender totalmente o elenco maravilhoso que tem � disposi��o. Sim, eu sei, j� s�o mais de quatro meses, mas futebol em alt�ssimo n�vel (como vinha sendo o nosso) � mesmo muito complexo.
O Turco demora muito a mexer no time, e quando faz, costuma n�o acertar. Como tamb�m n�o t�m acertado muito os jogadores - e a� a culpa n�o � do treinador, mas dos pr�prios atletas, de suas limita��es t�cnicas e f�sicas e, repito, de um certo ‘salto alto’. Juntos, elenco e t�cnico n�o t�m rendido o que podem.
VENCER OU VENCER
O time parece imaginar ser capaz de vencer o jogo quando bem entender, e o treinador parece imaginar ser capaz de vencer sem mudar as pe�as que n�o est�o rendendo. Como ambas as situa��es n�o ocorrem, o futebol apresentado tem sido muito aqu�m do esperado e do poss�vel, ainda que os n�meros gerais agradem.
O esfor�o administrativo e financeiro que v�m fazendo a diretoria e os 4 R’s limita-se a formar o melhor plantel do Pa�s e dar-lhe as melhores condi��es poss�veis de trabalho. Da� em diante, o sucesso depende exclusivamente dos atletas e da comiss�o t�cnica. Menin e Coelho n�o entram em campo nem comandam o vesti�rio.
O Galo, felizmente, iniciou um ciclo virtuoso que depende do resultado em campo, leia-se, t�tulos e premia��es em dinheiro. O elenco que ganhou tudo em 2021 � praticamente o mesmo, como mesmas s�o todas as espetaculares condi��es extra-campo. A �nica grande mudan�a foi justamente o treinador e sua equipe.
VAMOS, GALO!
Antonio Mohamed precisa dar uma resposta imediata, pois, como visto, aparentemente � o �nico fator, digamos, de desequil�brio, j� que a �nica novidade. Precisa encaixar o time, ler melhor e (muito!) mais r�pido o jogo, e at� mesmo ser, digamos, vibrante � beira do campo - deixar o estilo intelectual-pensador de lado.
Os tempos no Atl�tico s�o outros e n�o h� mais - gra�as a Deus!! - dirigente demagogo e aparecido, batendo no peito, xingando todo mundo e tomando decis�es populistas est�pidas (financeira e desportivamente falando), como trocar de treinador a cada seis meses, apenas para satisfazer a bipolaridade da torcida.
O Galo tem planejamento, horizonte e sabe onde quer e precisa chegar. A torcida n�o pode ser um fator a mais de instabilidade. Ao contr�rio! Por isso, nada de ‘fora, Turco’. Se o time n�o engrenar, tenho certeza de que ele mesmo ser� o primeiro a pedir o bon�. Assim, bora apoiar e acreditar. Motivos n�o nos faltam.