O devoto da cloroquina foi simplesmente mo�do no Jornal Nacional por um certeiro William Bonner e uma hesitante Renata Vasconcellos. Sem rumo, o atordoado presidente fazia caras e bocas, mas n�o conseguia emendar l� com l� e cr� com cr�, coitado. E forneceu uma quantidade tremenda de “aspas” que far�o a alegria dos portais de not�cias.
J� sua horda de fan�ticos ter� de engolir em seco tais “aspas”, ainda que, provavelmente, saia comemorando o bom desempenho do “mito”, seja l� qual for. Para o mundo real – fora da Bolsol�ndia –, o patriarca do cl� das rachadinhas refor�ou a imagem de golpista (cag�o, � verdade), de desumano (assumido) e, novamente, de arreg�o (miou para a Globo).
Alguns momentos foram marcantes: quando disse que Bonner o estava estimulando a ser ditador; quando n�o entendeu uma formula��o b�sica, de quinta-s�rie, sobre autonomia da Pol�cia Federal; quando foi veementemente desmentido sobre a falta de oxig�nio na Amaz�nia, e se calou; quando teve, na marra, que balbuciar que respeitar� as elei��es.
Bolsonaro mente tanto, mas tanto, que j� n�o distingue suas fal�cias da realidade: afirmou que nunca xingou os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). N�o? “Canalha” (Moraes) e “Filho da Puta” (Barroso) devem ser elogios no linguajar do baixo meretr�cio miliciano. E sobre vacinas foi desmentindo outra vez, vexatoriamente, por William Bonner.
A surra em forma de entrevista n�o dever� alterar o cen�rio eleitoral, j� que os votos, como indicam as pesquisas, est�o consolidados – cerca de 80% dos eleitores n�o pretendem mudar de opini�o. Os bolsominions continuar�o idolatrando o mestre e os mortadelas, o odiando. E alguns gatos pingados, como eu, chorando na cama, que � lugar quente, diante da trag�dia que se tornou votar no Brasil.