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Estado de Minas RICARDO KERTZMAN

Pol�mica: Coldplay � mais marketing que m�sica? Lula e Bolsonaro respondem

Imaginem Lula da Silva, o meliante de S�o Bernardo, ou Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, entregando 10% do que nos prometem, custando 5% do que nos custa


15/09/2022 16:24 - atualizado 15/09/2022 17:28

Fãs assistem a show no Rock in Rio
Coldplay no Rock in Rio: vale quanto custa? (foto: Reprodu��o/Divulga��o/Twitter)
Um amigo muito querido - e muito sarc�stico tamb�m - toda vez que me encontra, me sa�da: “Ricardo ‘opini�o sobre tudo’ Kertzman”. Sei que � uma cr�tica, ainda que carinhosa e at� procedente, mas � o �nus, ou b�nus (a depender do gosto de quem l�), de se manter bem-informado, saber escrever e ter ve�culos dispostos a me publicar.

O assunto desta coluna, conforme deixa (quase) claro o t�tulo, � o debate em torno da mundialmente famosa e badalada banda inglesa de rock alternativo, Coldplay, fundada em 1996, na Inglaterra, pelo vocalista e pianista Chris Martin e o guitarrista Jonny Buckland. Os caras estiveram no Brasil recentemente e mandaram bem demais - outra vez!! 

Por�m, h� quem pense e diga o contr�rio. H� quem ache as m�sicas comuns e repetitivas, o show “enlatado” e os m�sicos politicamente corretos al�m do necess�rio, interessados em agradar � agenda ESG (Environmental, Social and Governance), em tradu��o livre: governan�a ambiental, social e corporativa - uma tend�ncia mundial.

No show do Rock in Rio deste ano, s�bado passado (10/09), o grupo, dentre outros mimos � multid�o de f�s, distribuiu 100 mil pulseiras de led colorido, dotadas de intelig�ncia artificial, que mudavam de cor ao sabor dos ventos, digo, das m�sicas. Mas n�o s�: mochilas vibrat�rias tamb�m, para os deficientes auditivos e visuais presentes.

Al�m disso, em discurso francamente sincero, Chris, o l�der, agradeceu ao p�blico pela presen�a, de forma bastante espec�fica e atenta: agradeceu pelo enfrentamento � chuva torrencial, pelo tr�nsito ca�tico e at� mesmo por pagarem o car�ssimo pre�o do ingresso. Foi como penetrar “em todas as merdas que passaram” os f�s para prestigiar a banda.

Sim, a frase acima est� entre aspas porque foi literalmente o que disse o cantor. Talvez por isso, como pagamento (payback), ele tenha tocado e cantado ao ar livre - fora da cobertura do palco - e levado muita �gua e vento na fu�a, e tenha, tamb�m, chamado os colegas para se juntarem a ele, arranhando refr�es em portugu�s da m�sica Magic.

A discuss�o nas redes sociais e na internet, inclusive por gente especializada da M�sica e do Showbiz, � sobre a autenticidade do Coldplay. Alguns dizem que tudo isso se trata de marketing. Outros, que � sintonia e respeito aos f�s. Alguns, ainda, que a banda se mant�m na vanguarda e que “dan�a conforme a m�sica”, atualizando-se com frequ�ncia.

Particularmente, acredito que seja de tudo um pouco, at� porque n�o s�o excludentes. Ora, fidelizar clientes � comum e necess�rio, e f�s s�o clientes. Ou n�o? Manter-se em linha com as tend�ncias sociais e de mercado, idem. Reciclar-se e adaptar-se a novos tempos e h�bitos de consumo, igualmente. Sem falar na qualidade do produto, � claro.

Estive l� com minha filha adolescente, e ela adorou. Minha esposa e meu cunhado, ambos cinquent�es, adoraram. Meus sobrinhos, adultos jovens, tamb�m. E vi muitas crian�as com os pais. Resta-me claro, portanto, que m�sica boa, tecnologia de ponta, causas nobres e respeito ao consumidor, quando juntos, mais que estrat�gia comercial, � inteligente. 

Eu n�o poderia encerrar este texto sem tocar na maldita pol�tica, � claro. Rar�ssimos os pol�ticos entregam o que nos prometem. Mais raro ainda do que nos entregar, � valer o quanto custam. O Coldplay n�o promete nada e entrega, sen�o muito, o suficiente. � uma troca justa! N�o � toa, h� mais de 25 anos faz tanto sucesso em todo o mundo. 

Agora, meus caros, imaginem Lula da Silva, o meliante de S�o Bernardo, ou Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, entregando 10% do que nos prometem, custando 5% do que nos custa. O Brasil seria, deixe-me ver, a Su�cia. E o pilantra - seja qual for, pois ambos s�o - uma esp�cie de Coldplay. Menos pior que existe vida fora da pol�tica, n�o � mesmo?

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