Den�ncia: Bolsonaro � v�tima de 'bullying' desde que perdeu a elei��o

Espelho, espelho meu, diga-me quem � mais belo do que eu. A c�lebre frase do n�o menos c�lebre desenho animado “Branca De Neve e Os Sete An�es” (Walt Disney, 1937) encaixa-se perfeitamente no “mito”, personagem criada, divulgada e festejada por milh�es de brasileiros em rever�ncia, ou melhor, idolatria - a meu ver, completamente injustificada - a Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto.

Acreditando em seu povo, o patriarca do cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias, compradas com panetones de chocolate e muito dinheiro vivo, desenvolveu um egocentrismo insano que o levou a acreditar ser um deus, ou o pr�prio Deus, enviado ao pobre Brasil para combater o comunismo (qual?) e salvar o povo daquilo que julga iniquidades: negritude, pobreza, homossexualidade…

O seu quase assassinato colaborou sobremaneira para o quadro de del�rio que o acomete. Bolsonaro disse, e repetiu in�meras vezes, que sobreviveu � facada para salvar o Pa�s. E tamb�m, que ningu�m sen�o ele poderia libertar o Brasil e conduzi-lo rumo � prosperidade e ao progresso. Pois �. Essa semana, a Pol�cia Federal anunciou que deixar� de emitir passaportes por falta de dinheiro. Isso � que � governo!

Bem, desde de domingo, dia 30 de outubro, quando foi eleitoralmente humilhado por Lula da Silva, o ex-meliante de S�o Bernardo, agora presidente eleito, o amig�o do Queiroz (vai sair da Presid�ncia sem explicar os 90 mil reais em “micheques”) s� foi visto em p�blico e, digamos, trabalhando, uma vez, por dois minutos quando balbuciou algumas palavras no Planalto e, como Arlindo Orlando, fugiu, desapareceu, escafedeu-se.

Na velha can��o “A Dois Passos Do Para�so”, da banda Blitz, a Mariposa Apaixonada de Guadalupe clama pela volta do amado: “Volte. Onde quer que voc� se encontre, volte para o seio da sua amada”. Em Ban�nia, excetuando-se a terceira idade golpista, ningu�m quer ver de volta o devoto da cloroquina, com ou sem farol baixo e parachoque duro (ali�s, a vara curta, ao que parece, n�o era imbroch�vel coisa nenhuma).

A enxurrada de memes que varre a internet e as redes sociais, fazendo tro�a do sumi�o de quem n�o faz a menor falta � impressionante. O n�vel de criatividade da galera, ent�o, nem se fala. Se Bolsonaro acreditasse em direitos humanos j� teria procurado a ministra da goiabeira e pedido SOS For�as Armadas. O termo moderno para este tipo de ass�dio � “bullying” - favor n�o confundir com o ass�dio praticado na Caixa.   

O vice-presidente n�o eleito, general Braga Netto, declarou que: “o presidente est� bem e deve voltar logo a despachar”. J� o ex-ministro sanfoneiro, Gilson Machado, disse: “o presidente est� trabalhando 18 horas por dia”. Bem, uma coisa eu garanto: se o “mito” trabalhasse tanto assim e ficasse mudo como est�, teria sido reeleito no primeiro turno. Gra�as a Deus, portanto, que nunca trabalhou e parou de falar merda.