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Estado de Minas RICARDO KERTZMAN

Zeca Pagodinho de um lado, gente perdida de outro, e eu celebrando um amigo

"Deixa a vida me levar. Vida leva eu. Deixa a vida me levar. Vida leva eu. Sou feliz e agrade�o. Por tudo que Deus me deu"


29/01/2023 08:00 - atualizado 29/01/2023 08:23

Zeca pagodinho
Sabedoria popular em pessoa (foto: Instagram / Zeca Pagodinho)
Quem me acompanha h� mais tempo sabe que costumo abrir espa�o em minhas colunas ranzinzas, para demonstra��es de afeto e homenagens a amigos queridos. At� um, entre a vida e a morte, j� me mereceu amor em letras. Ah! A morte perdeu, hehe.

Fazia tempo que n�o encontrava motivo, ou inspira��o, para escrever sem xingar um pol�tico ou governante pilantra qualquer. Na calada da noite, por�m, ap�s um anivers�rio �mpar e filosofia de botequim com anfitri�es, insone, me rendi ao teclado e ao cora��o.  

Sim, � verdade: a sabedoria vem de livros, estudos, pesquisas e muita reflex�o, al�m de empirismo “na veia”. Mas h� uma fonte inesgot�vel de saber, talvez a mais poderosa e antiga de todas. A sabedoria popular � - de fato! - a m�e de todas as outras.
 
EU SOU O SAMBA 

Desconhe�o m�sica de origem, apelo e penetra��o mais popular que o nosso samba. Principalmente o “raiz”. De l� vem grandes ensinamentos, e um dos maiores �: “deixa a vida me levar”. Pergunto: h� outra alternativa? Quem somos diante do poder do destino?

Zeca Pagodinho � �dolo de um grande, antigo e querido amigo que completou 60 anos. A m�sica Deixa a Vida Me Levar � a favorita deste jovem da terceira idade. Ali�s, na boa, de verdade, os 60 s�o os novos 50. Basta comparar a vida e as gera��es para se ter certeza.

H� trechos (na can��o) que dizem muito e representam as dificuldades por que passou esse amigo. Um cara sens�vel, atento e inteligente como ele “pesca” reflex�es importantes nas artes e as utiliza em seu dia a dia, sobretudo o profissional e social.

De longe, observando os cabelos grisalhos e a barriguinha proeminente dele, enquanto sorrindo e dan�ando (desengon�ado que s�!) ao som de seu pagodeiro preferido olhava tudo ao redor, me peguei pensando sobre a felicidade - a real, e n�o a artificial.


FILOSOFIA DE BOTEQUIM
 
Do que vale todo o dinheiro do mundo sem queridos para desfrutar em conjunto? Do que vale um hotel seis estrelas, bebidas e comidas caras, sem as gargalhadas dos amigos de inf�ncia? O quarto mais luxuoso do mundo � “dentro de um abra�o” (Jota Quest).

Infeliz o feliz ocasional. Infeliz o solit�rio, ainda que n�o s�. Infeliz o ausente, o descrente - ou o crente em quem, ou o que, n�o presta. Infeliz quem j� n�o � mais feliz. Lado outro, feliz o amigo que pode e tem com quem comemorar a vida, mesmo � sombra do passado.

Fa�a muitos anos, sempre com muita alegria e sa�de, desfrutando a vida ao lado de amigos e familiares, caro Edu. Daqui a dez anos, como h� dez anos (percebam a import�ncia de um H), espero estarmos juntos, bem e felizes, celebrando o passado, de olho no futuro.

P.S.: Eis o resumo da sua trajet�ria: “Confesso que sou de origem pobre. Mas meu cora��o � nobre. Foi assim que Deus me fez” (Zeca Pagodinho). Parab�ns e obrigado por ser… nobre! Que inspire quem tanto precisa. Afinal,o  jogo s� termina quando acaba. Forte abra�o!!

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