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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Aeroporto Carlos Prates: quando falta p�o, todos gritam e ningu�m tem raz�o

Se decidirem seguir no sentido da manuten��o do aeroporto, que medidas adicionais de seguran�a sejam implementadas o quanto antes


13/03/2023 10:32 - atualizado 13/03/2023 11:32

Avião acidentado no Carlos Prates
Risco controlado ou descaso com a popula��o? (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A PRESS)
Da mesma forma que ainda n�o inventaram almo�o gr�tis, n�o inventaram solu��es f�ceis para problemas complexos. Ap�s o novo acidente que vitimou o piloto e deixou uma passageira em estado grave (pai e filha, ali�s), ocorrido � cabeceira da pista do Aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, o debate sobre o que - e como - fazer a respeito das opera��es de pouso e decolagem voltou � tona.

Estamos falando de um equipamento p�blico de 80 anos de exist�ncia, que formou mais de 85 mil pilotos e que presta um servi�o socioecon�mico da maior relev�ncia para a cidade e o estado. Equipamento que chegou muito antes dos cidad�os que vivem, trabalham e circulam pelo local, e que serve como “ponto” de manuten��o de aeronaves e p�tio para as opera��es de aeronaves da pol�cia e do corpo de bombeiros, por exemplo.

Mas estamos falando tamb�m de milhares de pessoas que residem no entorno do aeroporto, de uma regi�o que foi se adensando de forma descontrolada e de milhares de ve�culos que passam pelo anel rodovi�rio. Desde 1990, “apenas” dez acidentes graves ocorreram no local, vitimando duas pessoas. Como tem muito babaca oportunista por a�, chamo a aten��o para as aspas em “apenas”. Se quiserem lacrar, fiquem � vontade.

Aeroportos centrais s�o comuns no mundo inteiro. Em S�o Paulo, temos o Congonhas e o Campo de Marte. No Rio de Janeiro, o Santos Dumont. Em Nova York, o La Guardia. Em Londres, Chicago, Miami, Lisboa, enfim, diversas grandes cidades convivem com situa��o semelhante, e sempre que ocorre algum acidente, o debate volta � tona. Por�m, independentemente dos motivos de cada local, os aeroportos permanecem.

NADA DE PRECIPITA��O, POR FAVOR

Para mim, uma coisa � certa: no calor do momento n�o se deve tomar nenhuma decis�o irrevers�vel. � necess�rio um debate amplo com os moradores, o poder p�blico, os especialistas, o pessoal da avia��o civil e todos os demais envolvidos, porque alguma provid�ncia, � claro!, tem de ser tomada imediatamente. Qual? Bem, a� � com os universit�rios. Estou h� anos-luz de ser capaz de opinar corretamente a respeito.

Se decidirem seguir no sentido da manuten��o do aeroporto, que medidas adicionais de seguran�a sejam implementadas o quanto antes. Se a decis�o for a transfer�ncia para a Pampulha, ou qualquer outra solu��o de mudan�a, que a viabilidade econ�mica e de opera��o seja garantida. E que o destino da �rea desocupada seja muito bem pensado, pois ideias ex�ticas � que n�o faltam, ao contr�rio, abundam � exaust�o.

Em princ�pio, salvo melhor entendimento futuro, a ideia do prefeito Fuad Noman de edificar um conjunto habitacional n�o me parece a melhor sa�da. A regi�o n�o tem infraestrutura urbana para mais moradias. N�o h� �gua, esgoto, ruas, avenidas etc. Repito: n�o h� solu��o f�cil para problema dif�cil. Que os respons�veis pensem muito bem - e estudem tecnicamente o bastante - antes de produzirem efeitos irrevers�veis.

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