
Hoje, o Atl�tico completa 115 anos - e, quem diria, quem poderia ao menos imaginar? -, promovendo um culto ecum�nico em sua casa pr�pria, a primeira da sua vida, a Arena MRV. Aqueles vinte e poucos garotos, no Parque Municipal, em 25 de mar�o de 1908, mudaram (para melhor ou pior eu n�o saberia dizer, hehe) para sempre a vida de dezenas de milh�es de pessoas e o futebol mundial.
Rascunho essa coluna sentado no carro, defronte � essa Primeira Maravilha do Mundo (quem s�o as Pir�mides, a Grande Muralha, o Coliseu, o nosso Cristo Redentor… Machu Picchu? Bobagem. Coisa de amadores), olhando o sol brilhar sobre nosso futuro gramado, campo de batalhas �picas e palco de gl�rias mil que vir�o pela frente, enquanto espero o port�o do estacionamento abrir.
Se comecei l� fora, continuo c� dentro (de casa), minha casa, nossa casa, t�o sonhada casa. N�o tenho palavras para agradecer a todos os envolvidos nessa obra, dos 4 Rs aos oper�rios e funcion�rios da Arena MRV, � essa diretoria espetacular que carrega todo o peso do universo (do mundo � pouco; acreditem!) sobre as costas e a cada irm�o atleticano que jamais, em tempo algum, abandonou nosso Clube.
Encerro agora dentro de casa, uma outra casa, que j� nem sei mais se a primeira ou a segunda, pensando justamente nisso: uma casa. Conversando essa semana com um novo amigo, t�o querido quanto os mais antigos, refletimos sobre a dor de quem n�o tem um lar, ou perde um lar. Trocamos experi�ncias dos nossos passados sobre o tema e constatamos as fraturas emocionais que a inseguran�a da falta de moradia promove nas pessoas.

Ele escolheu como profiss�o construir casas. Escolheu amenizar a dor de quem n�o tem um lar. Por este trabalho ele � muito bem recompensado, � um homem riqu�ssimo. Ao mesmo tempo, seguindo sua voca��o, resolveu abrigar 9 milh�es de almas preto e brancas sem cobrar nada em troca, monetariamente falando. Seu pagamento vir� atrav�s de cada sorriso e cada l�grima de emo��o de cada atleticano vivo - hoje e sempre - que um dia ter� orgulho de pisar na Arena MRV e, mais do que dizer, sentir: eu tenho um lar.
Chamem como quiser a Arena MRV. Eu chamarei de Est�dio Rubens Menin. Sem palavras pra te agradecer, V�!