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Estado de Minas RICARDO KERTZMAN

Do Parque Municipal ao Bairro Calif�rnia: brilha, Galo, amor da minha vida!

Menin escolheu como profiss�o construir casas, amenizar a dor de quem n�o tem um lar. Por este trabalho ele � muito bem recompensado, � um homem riqu�ssimo


25/03/2023 13:07 - atualizado 25/03/2023 15:40
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logo 115 anos Atlético
Feliz anivers�rio, meu amor! (foto: Divulga��o / Atl�tico)
Juro que n�o � exagero. � que eu n�o sei mesmo separar a minha exist�ncia, como indiv�duo, da do Atl�tico. Se algum dia eu soube, j� n�o me lembro mais, e certamente foi bem antes de ser tocado n'alma pela magia do grito mais apaixonado e apaixonante do mundo: Galo! 

Hoje, o Atl�tico completa 115 anos - e, quem diria, quem poderia ao menos imaginar? -, promovendo um culto ecum�nico em sua casa pr�pria, a primeira da sua vida, a Arena MRV. Aqueles vinte e poucos garotos, no Parque Municipal, em 25 de mar�o de 1908, mudaram (para melhor ou pior eu n�o saberia dizer, hehe) para sempre a vida de dezenas de milh�es de pessoas e o futebol mundial.

Rascunho essa coluna sentado no carro, defronte � essa Primeira Maravilha do Mundo (quem s�o as Pir�mides, a Grande Muralha, o Coliseu, o nosso Cristo Redentor… Machu Picchu? Bobagem. Coisa de amadores), olhando o sol brilhar sobre nosso futuro gramado, campo de batalhas �picas e palco de gl�rias mil que vir�o pela frente, enquanto espero o port�o do estacionamento abrir. 

Se comecei l� fora, continuo c� dentro (de casa), minha casa, nossa casa, t�o sonhada casa. N�o tenho palavras para agradecer a todos os envolvidos nessa obra, dos 4 Rs aos oper�rios e funcion�rios da Arena MRV, � essa diretoria espetacular que carrega todo o peso do universo (do mundo � pouco; acreditem!) sobre as costas e a cada irm�o atleticano que jamais, em tempo algum, abandonou nosso Clube.

Encerro agora dentro de casa, uma outra casa, que j� nem sei mais se a primeira ou a segunda, pensando justamente nisso: uma casa. Conversando essa semana com um novo amigo, t�o querido quanto os mais antigos, refletimos sobre a dor de quem n�o tem um lar, ou perde um lar. Trocamos experi�ncias dos nossos passados sobre o tema e constatamos as fraturas emocionais que a inseguran�a da falta de moradia promove nas pessoas.

Público Arena MRV
Brilha, Galo! (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
H� quem seja m�dico e salve vidas. H� quem seja policial e nos proteja. H� quem seja professor e nos ensine. Profiss�es e atividades, quando exercidas de forma honesta e digna, s�o equivalentes em valia e respeito. Dinheiro � bom e todo mundo gosta, todo mundo precisa. Mas h� uma remunera��o intr�nseca, incalcul�vel, intang�vel que todos buscam. A Arena MRV � filha de muitos pais, mas de um, em especial, Rubens Menin. 

Ele escolheu como profiss�o construir casas. Escolheu amenizar a dor de quem n�o tem um lar. Por este trabalho ele � muito bem recompensado, � um homem riqu�ssimo. Ao mesmo tempo, seguindo sua voca��o, resolveu abrigar 9 milh�es de almas preto e brancas sem cobrar nada em troca, monetariamente falando. Seu pagamento vir� atrav�s de cada sorriso e cada l�grima de emo��o de cada atleticano vivo - hoje e sempre - que um dia ter� orgulho de pisar na Arena MRV e, mais do que dizer, sentir: eu tenho um lar. 

Chamem como quiser a Arena MRV. Eu chamarei de Est�dio Rubens Menin. Sem palavras pra te agradecer, V�!

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