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Estado de Minas OPINI�O SEM MEDO

Com voto irretoc�vel, ministro "humilha" bolsonaristas no TSE

Bolsonaro pode acreditar no que quiser e falar o que quiser, mas n�o como Presidente da Rep�blica, dentro do Pal�cio do Planalto, diante de convidados de Estado


29/06/2023 14:20 - atualizado 29/06/2023 15:51
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Bolsonaro discursa
Reuni�o com embaixadores em julho de 2022: crime em andamento (foto: Reprodu��o/Twitter)
Floriano Marques, ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), durante o julgamento da a��o que dever� tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro ineleg�vel, proferiu uma voto que, certamente e com a m�xima justi�a, entrar� para o MQVD (Manual do Quero Ver Desmentir), uma estrovenga fict�cia que acabei de inventar.

Muita gente, por incapacidade cognitiva e intelectual, e mais gente ainda, por pura desonestidade e falta de car�ter, repete o mantra mentiroso de que o patriarca do cl� das rachadinhas e das mans�es milion�rias, compradas com panetones de chocolate e muito dinheiro vivo, n�o cometeu crime algum; apenas expressou uma opini�o.

Para quem n�o est� familiarizado com o assunto, eu explico: o ex-verdugo do Planalto, Jair Bolsonaro, est� sendo acusado de crime eleitoral, especificamente, de abuso de poder pol�tico - e eu incluiria abuso de poder econ�mico - ao realizar um mega encontro com embaixadores, no Pal�cio do Planalto, com finalidade eleitoreira, em julho de 2022.

O devoto da cloroquina, em pleno exerc�cio do mandato, n�o apenas usou o Pal�cio como deu ampla publicidade de suas falas mentirosas atrav�s da comunica��o oficial da Presid�ncia. No referido encontro, custeado com dinheiro p�blico, o “mito” acusou o sistema eleitoral brasileiro de ser falho e, pior, de ter sido fraudado anteriormente.

Bolsonaro prometeu apresentar provas de que as urnas eletr�nicas eram inseguras, mas nunca o fez. Falou que o sistema de apura��o do TSE fora invadido por hackers, o que nunca aconteceu. Insinuou que as elei��es que iriam ocorrer seriam manipuladas, e que o processo seria ileg�timo caso fosse derrotado, e por a� vai.

Aten��o: quem convocou a reuni�o n�o foi o Jair Bolsonaro, mas a Presid�ncia da Rep�blica. Quem mentiu deliberada e descaradamente n�o foi o marid�o da “Micheque” (e os 90 mil reais do Queiroz, hein?), mas o Presidente da Rep�blica. Os embaixadores presentes ouviram, n�o o pai dos bolsokids, mas o chefe do executivo do Brasil.

2030 � LOGO ALI
 
O abuso do poder pol�tico e econ�mico, que ensejou a a��o por crime eleitoral, se configura pelo claro objetivo eleitoreiro do ato, j� que Bolsonaro n�o tratou de assuntos diplom�ticos, o que esperaria-se com representantes de outros pa�ses, mas de campanha eleitoral e elei��es. E ainda que n�o tivesse propagado suas mentiras, continuaria sendo crime.

Agora que falei como papagaio, como de costume, voltemos ao voto do ministro: “algu�m pode acreditar que a Terra � plana, mesmo contra todas as evid�ncias cient�ficas. Esse sujeito pode integrar um grupo de terraplanistas ou uma confraria da borda infinita e dedicar seus dias a imaginar como um avi�o d� a volta no plano para chegar ao outro extremo”. 

E continuou o “capa-preta” do TSE: “por�m, se � um professor da rede p�blica, n�o lhe � permitido ficar a lecionar inverdades cient�ficas aos seus alunos, pois isso seria desviar as finalidades educacionais que correspondem a sua compet�ncia de servidor docente”. Entenderam, caros bolsominions, ou ser� preciso desenhar ainda mais detalhadamente?

Bolsonaro pode acreditar no que quiser e falar o que quiser, mas n�o como Presidente da Rep�blica, dentro do Pal�cio do Planalto, diante de convidados de Estado, tudo regiamente financiado com dinheiro p�blico, com car�ter eleitoral, e ainda veicular suas mentiras em canais oficiais de comunica��o. Quem disse? A lei, u�. Portanto, tchau, querido! At� 2030. Parab�ns, Ministro Marques.
 

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