
Eu j� falei aqui que empate em torneio de pontos corridos n�o faz tanta fartura. Mesmo assim, � preciso olhar a circunst�ncia e o panorama geral. O Am�rica ficou muito pr�ximo de ganhar do Atl�tico-GO no domingo e isso talvez traga um gosto amargo. Mas, no final das contas, mais um empate fora de casa indica que a engrenagem da m�quina do time est� se ajustando.
Patric estreou bem, mostrou que � jogador de grupo, se apresentou para o jogo e somou. E, no final, quase deixou o dele! Fabr�cio Daniel est� cada vez mais adaptado ao sistema do Mancini e joga com personalidade. Deixem o homem quieto ali. A lateral esquerda, com Alan Ruschel, segue naquele morno feij�o com arroz, �s vezes, s� o feij�o, e frio, a bem da verdade, com algumas defici�ncias na marca��o, cruzamentos medianos e pouco combate na zaga.
Ademir, que agora completou seu s�timo jogo pelo Coelho no Brasileir�o e ficar� ainda neste ano no Am�rica (Galo s� 2022), segue como aquela pimenta necess�ria, o tempero fora da curva. � s� entrar que a fuma�a � garantida. Perigoso no ataque e, quando acionado, fazendo o servi�o dele. Jogador para ser titular at� o fim da temporada, sem inven��o de moda.
Sinto grande falta de Z� Ricardo, como motorzinho do meio de campo, e defensor da zaga – e olha que estamos precisando muito dessa cobertura. Juninho, o guerreiro vers�til, entrou no final com muito mais movimenta��o do que Al�, que, embora tenha habilidade, costuma travar demais nosso jogo.
E j� que estamos fazendo uma avalia��o mais pontual desta vez, precisamos reconhecer que o Felipe Azevedo cumpre bem sua fun��o t�tica. Jogador disciplinado e agudo. Em um time organizado, tem sempre muito a contribuir.
Ainda com rela��o ao ataque, Rodolfo segue devendo e se mostra ainda “mordido” com as atua��es anteriores que n�o est�o � altura do futebol dele. Aqueles p�naltis perdidos em momentos cruciais na final do Mineiro e na Copa do Brasil persistem assombrando o cascudo atacante americano, que ainda vai matar essa sede de gols, espero.
Enquanto isso, a gente re�ne todas as for�as agora para finalmente ganhar um jogo em casa, contra o Fluminense, no pr�ximo domingo. Mais uma semana cheia para corrigir os erros e seguir no paciente e desafiador processo de criar um time que tenha uma cara definida, uma equipe da qual podemos esperar um futebol com padr�o e coer�ncia, sem bizarrices.
O resultado de domingo n�o foi ruim, mas, se pensarmos em termos de Z-4, ainda seguimos por l�, rodada a rodada, calv�rio dif�cil de engolir. A diferen�a para os outros anos em que ca�mos, imagino, � que estamos desta vez construindo uma perspectiva para, na hora certa, ascender e deixar a zona para nunca mais voltar, at� o fim da competi��o. Melhor assim. Sauda��es americanas!