Depois de muitos anos de esfor�os para implantar nas organiza��es brasileiras a filosofia e as metodologias do marketing, finalmente muitas delas j� o assumem como um instrumento fundamental no apoio � tomada de decis�o. Junto com o marketing, foi trabalhado tamb�m a metodologia do planejamento estrat�gico empresarial, e a administra��o estrat�gica.
A pr�tica do planejamento estrat�gico foi fundamental par tirar as empresas de um espa�o pequeno e confort�vel em que muitas delas viviam e gostavam de estar nele. Ser grande e poderosa era o sonho de muitas delas, e elas confiavam plenamente em suas equipes de vendas. Um produto forte, conhecido ou reconhecido no mercado, em outros tempos, era o que bastava para os CEO’s.
O Planejamento estrat�gico veio para quebrar este encanto e o sonho de que para se manter no mercado e crescer bastava a organiza��o ter um bom produto e mandar energia para as equipes de vendas. At� certo momento isto gerava sim resultados, mas, um mundo de concorrentes j� estava a tirar sono das diretorias.
Empresas concorrentes e �geis apresentavam novas propostas de atendimento aos clientes, tinham valores para investimentos, estavam acompanhados de novas tecnologias, e se apresentavam dispostas a roubar mercado de quem quer que fosse.
Eu mesmo vi empresas tradicionais, grandes e at� poderosas tremerem suas estruturas com o avan�o de um mundo novo a bater em suas portas, ou mesmo entrarem sem pedir licen�a.
Para mexer ainda mais com as estruturas tradicionais, os clientes passaram a perceber novas realidades com o acesso ao mundo digital, que os libertou das velhas amarras nos seus processos de compras e consumo de produtos. Eles ficaram exigentes, mais seletivos, mais bem informados e mais protegidos por c�digos de defesa, sites de reclama��es, e o mais efetivo deles, as trocas de informa��es entre as pessoas, atrav�s das redes sociais. Estes fatores levaram as empresas a mudan�as radicais, particularmente naquelas que queriam sobreviver e crescer.
Houve uma busca de solu��es para esta situa��o e a resposta veio com o planejamento estrat�gico empresarial e outras metodologias tantas, que tinham em comum a cria��o de uma vis�o mais aberta, que alcan�assem um horizonte mais longo, e uma percep��o de mercado de 360 graus.
A an�lise de cen�rio veio para levantar a cabe�a recostada de muitos executivos, e torn�-las altivas e ligadas a tudo o que cercava as empresas. Esta foi uma das grandes contribui��es na aplica��o do processo estrat�gico.
O marketing tomou uma dose gigantesca de energia, porque as mudan�as no mercado eram tantas que ele teve tamb�m que se reinventar e partir para a aplica��o de novas metodologias e novas capacita��es de seus executivos. Muito do que se praticava mudou ou perdeu o sentido. N�o conhe�o nada mais harmonioso e interdependente do que o planejamento estrat�gico e o marketing.
A quest�o � que as mudan�as n�o somente continuam como aceleram, tomam formas desconhecidas e impressionantes, exigindo cada vez mais um estudo detalhado e cont�nuo do mercado. O marketing por tudo isso n�o para de se transformar. Suas metodologias, sua forma de estrutura��o nas empresas e seus instrumentos de rela��o com o mercado t�m que ser reinventados a cada momento.
A estrutura org�nica do marketing precisa cada vez mais ser mais flex�vel, sem cargos ou fun��es definitivas. Suas estrat�gias devem ser l�quidas (claras e fluidas) para estarem em n�vel com o mercado e em busca constante de solu��es e conveni�ncia para os clientes.
Se uma empresa quer criar, conquistar e dominar mercados, ela precisa estar muito preparada, com lentes mais poderosas para v�-lo, entende-lo, e se antecipar a ele.
O futuro vai exigir metodologias inovadoras, um marketing cada vez mais eficaz, e a capacidade empresarial de se flexibilizar para deixar de ser uma seguidora das mudan�as e assumir o papel de provocadoras das mudan�as, pensando e agindo certo, quase que no mesmo segundo.