
Sempre ou�o muitas reclama��es de empres�rios sobre as dificuldades para manterem os seus neg�cios. Falam das mudan�as constantes do mercado, dos fatos que os pegam de surpresa e os deixam aflitos e at� sem um caminho firme a seguir. Eu sempre respondo que o planejamento e a flexibilidade s�o duas coisas fundamentais na gest�o de qualquer organiza��o.
Tudo muda o tempo todo e � fundamental que a empresa tenha a capacidade de se flexibilizar, de mudar totalmente a sua forma de atua��o nesses novos cen�rios. A vis�o da dire��o precisa ao mesmo tempo ser hol�stica e reducionista. Na mesma hora em que ele precisa pensar num futuro de forma ampla, necessita tamb�m ter a capacidade de perceber o que � preciso fazer para resolver alguma coisa, aqui � agora.
Por mais dif�cil que sejam as perspectivas de curto prazo, deve-se ter a capacidade de tomar decis�es r�pidas, na medida certa e com resultados positivos. � nesse momento que se cobra dos gestores a sua expertise em resolver problemas.
A empresa e os seus clientes n�o podem esperar. H� situa��es em que o fator camale�o deve ser acionado. Muito me agrada ver organiza��es de todos os segmentos serem capazes se se adaptar �s imposi��es, �s determina��es inesperadas do mercado e continuar cumprindo o seu papel, perante os seus clientes. A intelig�ncia estrat�gica, a capacidade de marketing precisa incluir a��es de emerg�ncia em sua estrutura.
Mudan�as radicais de comportamento de compras, mudan�as econ�micas, fatores estranhos aos negociosos, podem exigir tomadas de decis�es aqui e agora, e � nestas horas que se v� a capacidade do marketing cumprir um dos seus principais papeis, que � adaptar a empresa e seus produtos �s necessidades de seus clientes.
Em um momento de dificuldades tal como uma crise econ�mica, ou mesmo uma pandemia, n�o � hora de desproteger os clientes. � ocasi�o, sim, de buscar novas alternativas, outras compet�ncias de atendimento, modernos formatos de relacionamento e tamb�m formatos de cr�dito ainda n�o praticados. � neste momento que se tem que tomar decis�es r�pidas, mas, pensando num futuro de m�dio e logo prazo.
H� algumas empresas que, na primeira dificuldade, abandonam os seus clientes, deixando de disponibilizar produtos, dificultando o sistema de entrega, reduzindo a sua capacidade de atendimento pessoal, ou digital, esquecendo-se que em breve, precisar�o investir novamente na atra��o de seus p�blicos de interesse.
A empresa que planeja com compet�ncia, pensa nas mais diversas situa��es de dificuldades. Avalia os mais diferentes cen�rios, trabalha com as diversas hip�teses, e de alguma forma se coloca preparada para as mais distintas posturas que precise adotar.
Em situa��es insuport�veis economicamente, ou em �poca de forte crise em qualquer �rea que afete a empresa, ou os seus p�blicos, deve-se fazer uma escala de clientes e no m�nimo dar atendimento garantido aos clientes mais fi�is. Tem clientes que s�o praticamente parceiros da empresa e jamais podem entrar num grupo comum e por isto devem ter atendimento garantido.
Outros n�veis de clientes tamb�m merecem aten��o especial, que s�o os associados, os defensores e o que n�s chamamos de clientes regulares. Cabe aos gestores gerais e especialistas em marketing, saberem a quem dar prioridade em �pocas dif�ceis, e n�o podem abandonar aqueles que sempre lhe serviram de sustenta��o.
Fortalecer a proposta de valor da empresa na mente dos clientes � uma t�tica que sempre deve estar em utiliza��o. Seja qual for a proposta de valor das organiza��es, como exemplo, enfatizar a qualidade, ou o melhor desempenho, a confiabilidade, a seguran�a, a maior conveni�ncia, ou mesmo o pre�o menor, ela deve buscar mant�-la, mesmo em situa��es complexas.
Nenhuma empresa deveria abrir m�o da sua proposta de valor, porque tentar reconstru�-la ser� muito mais dif�cil e exigir� vultosos investimento.
Transforma��o na forma de atua��o por parte das empresas, em �pocas de mudan�as � fundamental. Fazer isto sem perder o valor que j� havia criado na mente de seus clientes � determinante para a sua ess�ncia no mercado.