Diversas empresas americanas, inglesas e outras pelo mundo, ainda preservam a ess�ncia do marketing e o que ele realmente representa de bom para as empresas e para a economia dos pa�ses.
� impressionante, e totalmente absurdo, ver os diversos eventos que est�o sendo definidos como sendo uma pr�tica de marketing, notadamente na pol�tica, nos esportes, nas lives e em muitas outras �reas de atua��o.
Sei que a palavra marketing � bonita, f�cil de expressar, mas sua utiliza��o inadequada atrav�s das m�dias, principalmente dando a ela uma conota��o negativa e folgazona, transmite informa��es erradas e inconvenientes, e exp�e de forma negativa quem a utiliza.
Se h� uma coisa que torna essa quest�o ainda mais decepcionante � chamarem os profissionais da �rea de marketing de “marqueteiros”. Uma palavra infeliz, depreciativa, visto que nasceu basicamente no ambiente pol�tico, e que v�rias pessoas que a utilizaram n�o cumpriam possivelmente as quest�es �ticas e n�o tinham a devida forma��o.
Com a digitaliza��o dos processos, a pr�tica mais acentuada da intelig�ncia artificial, e outros processos, mais pessoas come�aram a utilizar o termo marketing erroneamente. Est� ficando comum o uso de termos tais como: “ele s� faz marketing”; “isso � marketing puro”; “essa a��o n�o passa de marketing”, “aquele indiv�duo � um marqueteiro”, e outras formas de significa��es. Com a repeti��o do termo marketing de forma negativa, o verdadeiro marketing vai perdendo a sua ess�ncia para muitos p�blicos.
Muitos profissionais continuam confundindo marketing com publiciza��o. Eles n�o sabem que isto qualquer pessoa pode praticar, especialmente atrav�s das m�dias sociais.
A publiciza��o � fazer publicidade, ou seja, tornar p�blico um fato, uma ou mais ideias, e isso por si s� n�o � marketing, mas, apenas o uso de uma das suas ferramentas. � preciso ter a vis�o exata de que o marketing funciona atrav�s da utiliza��o de um conjunto de instrumentos, que devem funcionar de forma integrada, abordando quest�es estrat�gicas, t�ticas e operacionais.
Outro exemplo que gera julgamentos errados � o profissional de vendas. Ao realizar o seu trabalho isoladamente, sem o conhecimento e o apoio de outras ferramentas do marketing, por melhor que seja a sua t�cnica e arte de vender, ele n�o est� praticando marketing, mas empregando um de seus diferentes instrumentos.
� importante prevenir os utilizadores dos conceitos inadequados de que a ci�ncia e arte do marketing deve ser praticada sob um princ�pio �tico e s�lido, com princ�pios cont�nuos e din�micos como sua causa-raiz, observando a caracteriza��o de todas as suas t�cnicas.
O fato de as empresas empregarem ferramentas de marketing, tais como A propaganda, mas utilizando ofertas de produtos de m� qualidade como sendo de categoria superior, disponibilizando produtos que prejudiquem a natureza, ou perigosos para a sa�de dos clientes, faz com que essas empresas deixem de praticar o verdadeiro marketing.
A oferta de produtos, as pol�ticas de pre�os, as formas de distribui��o e os tipos de comunica��o com o mercado devem estar protegidos pela �tica e por uma prepara��o intensa, o que n�o se consegue em curto prazo.
A��es isoladas, feitas por pessoas, ou organiza��es despreparadas, n�o fazem delas profissionais de marketing, mas, sim, aventureiras que se afoitam a utilizar as ferramentas dessa ci�ncia sem a devida capacita��o, e provavelmente, sem �tica, que � quest�o sine qua non em qualquer metodologia.
O Professor Ph.D. Dhruv Grewal apresenta em seu livro o seguinte pensamento: “N�o podemos esperar que todos os membros de uma empresa sempre ajam eticamente, no entanto, uma estrutura para a tomada de decis�es de forma �tica ajuda as pessoas a trabalhar com metas comuns”.
Uma atividade cient�fica t�o estruturante para as empresas n�o deve ser confundida com as diversas esparrelas que se cometem no mercado e que est�o chamando de marketing. Afinal, o marketing � um gerador de resultados de curto, m�dio e longo prazos. � efetivamente, uma ci�ncia e arte capaz de antecipar tend�ncias.