
Os shoppings Centers perderam bastante o seu encanto. Eles n�o apresentam a mesma criatividade e atra��o do passado. Tornaram-se mais uma entre as op��es de compra. Os clientes querem ser atendidos 24 horas por dia, n�o se sentem satisfeitos por encontrarem as mesmas propostas, e ainda, t�m limita��es de hor�rio de compras. Eles j� conhecem o que v�o encontrar e buscam outras op��es.
Os atuais modelos de shoppings passam por dificuldades para oferecerem novos encantos, e isto reduz o movimento do p�blico do seu segmento. � porque as gera��es mudaram e surgiram outras demandas. Os shoppings centers persistem sendo grandes vendedores, pois passaram a atuar em um sistema de conex�o com os meios digitais de com�rcio.
O varejo continua disputando uma guerra, onde todos os segmentos lutam por um mercado muito concorrido. Este cen�rio acontece em um momento de mudan�as e inova��es acelerado.
As chamadas lojas de rua sofrem perdas de vendas por quest�es econ�micas, pela diminui��o de circula��o de pessoas nas �reas centrais, particularmente nas capitais brasileiras, e al�m disso, apresentam graves problemas de seguran�a.
Os consumidores est�o buscando cada vez mais por conforto. Muitas est�o dispostas a pagar um pouco mais para escolher os produtos, ou receber os servi�os com maior qualidade, dentro de um ambiente caracterizado pela individualidade, seguran�a, sem a press�o exagerada do pessoal de vendas.
Escuto de muitos amigos e alunos reclama��es sobre lugares cujo ambiente � insuport�vel. Realmente muitos bares, restaurantes, lojas, minishoppings n�o oferecem um clima atrativo. Percebe-se a aus�ncia de merchandising, ou a sua aplica��o de forma competente.
Vale registrar as reivindica��es advindas dos usu�rios da avia��o comercial. S�o imensas as reclama��es dos passageiros sobre o a falta de espa�o de uma forma geral, a falta de comodidade nas poltronas, o baixo n�vel do lanche e das bebidas, a falta de gentileza dos comiss�rios de voo e outros fatores negativos.
Espera-se que, com o aumento da concorr�ncia neste setor e com a maior cobran�a dos �rg�os respons�veis pela avia��o, haja uma efetiva melhoria dos servi�os prestados. Vai ter maior sucesso a empresa que oferecer tamb�m, mais rapidamente, a facilidade para acesso nas salas VIPs, maior aconchego, conveni�ncia e serenidade em suas ofertas de voo.
No entanto, um exemplo que eu gosto de dar sempre nas palestras que envolvem os pontos de vendas e servi�os, � sobre o segmento de cafeterias.
� poss�vel que as cafeterias ofere�am um lugar para o cliente sossegar, ficar sereno, relaxar ap�s uma reuni�o chata, ou estressante. Elas podem oferecer m�sica, ambiente para se ler um livro, ou reflex�es, podendo o cliente entrar num clima de sonho.
Existe no Brasil muito espa�o e demanda para cafeterias do tipo Starbucks. Ela foi criada por Baldwin, Siegel e Bolker, que buscavam oferecer exatamente “um sentimento de conex�o, inspira��o e nutri��o do esp�rito humano”. Algo como “uma pessoa, uma x�cara de caf�...”
Muitos clientes querem isto. Um motivo para dar uma sa�da de casa e se elevar, ficar um pouco sozinho, ou conversar com algu�m em um ambiente agrad�vel. Em algumas lojas da rede h� um piano, tocado por longo tempo, aprimorando ainda mais o clima sugerido.
Voltando a comentar sobre os shoppings centers, o desafio dos gestores � fazer deles mais do que um corredor de compras; transform�-lo em um ambiente apraz�vel, onde as pessoas queiram ficar por mais e mais tempo e possam, em cada um de seus pontos de vendas, fazer as pessoas se sentirem confort�veis, como se estivessem em casa, comprar melhor, e indicar para os amigos. A velha proposta precisa ser adaptada para os novos p�blicos.
Estamos num mundo novo, em que o ser humano quer sonhar, seja onde ele estiver. Cabe ao varejo n�o se distanciar desse cen�rio, mas, pelo contr�rio, ser o primeiro a oferecer este ambiente de conforto e sonho.