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Vamos todos cirandar

Nesse encontro de almas e cora��es, a pandemia ter� chegado ao fim. Assim seja. Assim ser�


18/04/2021 04:00 - atualizado 15/04/2021 11:05


Hoje, vamos direto ao centro do nosso cora��o. Venham, venham todos. Vamos brincar de roda? Pode ser de viol�o ou de samba, voc� decide. Ciranda, cirandinha ou, quem sabe, roda s� de conversa. Tem tamb�m os c�rculos de mulheres, de pensadores ou as rodas vivas de jornalistas. 

Tanto faz a op��o escolhida. O importante � reviver a sensa��o de pertencer a uma mandala humana. Por que as forma��es em roda s�o t�o m�gicas? 

Juntos, de m�os dadas com a mem�ria, vamos todos cirandar, vamos dar a meia volta ou volta e meia. Vamos l�! Rodopiar por tempo indefinido, at� ficar tontos. Cantar as mesmas melodias, dan�ar os mesmos passos, sem ensaios ou combinados.

Basta parar de pensar, soltar o corpo e se entregar � energia coletiva. Exorcizar os medos de o cravo brigar com a rosa, de algu�m atirar o pau no gato ou de samba lel� ficar doente, com a cabe�a quebrada.

Nas cantigas de roda, os integrantes t�m a mesma import�ncia, sejam medrosos ou valentes, fracos ou fortes, vassalos ou reis. Se um deles trope�ar, os outros s�o obrigados a apoiar o colega para retomar o equil�brio. Caso contr�rio, todos caem. Se o outro tentar ser mais r�pido, por vaidade ou orgulho, a roda amea�a parar de girar. � preciso sincronizar o passo para manter o movimento. N�o h� lugar reservado na cabeceira, assim como na t�vola redonda do Rei Arthur.

Nas rodas de fogueira, surgem certos encantamentos. Nas festas juninas, os grupos de quadrilha dan�am em torno de falsas labaredas, feitas de celofane vermelho e amarelo. Tamb�m s�o de mentira a cobra, as marias-chiquinhas do chap�u e os remendos no vestido. Os meninos d�o as m�os �s garotas na contradan�a, e depois, desaparecem nas barracas de pescaria e boca de palha�o. Em compensa��o, sobram canjica, fogos de artif�cio e bandeirolas.

Roda de viola, fogueira e barracas de camping. Essa foi a base da ocupa��o da reitoria da UFMG, na minha �poca de faculdade. A causa do protesto apagou, mas resta viva a emo��o de ter feito parte do movimento estudantil. “Mas eis que chega a roda viva...”, cant�vamos as letras de Chico e Caetano, enquanto grit�vamos contra injusti�as sociais e um poeta rabiscava versos para  “A mo�a na fogueira”.

Nos tempos antigos, as mulheres tinham o costume de se reunir em torno do elemento fogo. Dan�avam e trocavam segredos de sobreviv�ncia: ervas curadoras, palavrinhas boas e simpatias. Tachadas de bruxas, por�m, foram obrigadas a sair de cena. Pouco a pouco, os c�rculos femininos est�o voltando a existir, por enquanto virtuais. Representantes de todo o mundo s�o chamadas a participar de dan�as circulares, campos de amor, c�rculos de medita��o.

Posso provar. Participo do C�rculo do Poder Feminino, oferecendo medita��es on-line, nas noites de segunda-feira, gratuitas. Nosso grupo de amigas mentaliza um campo de amor ao redor da Terra, irradiando energias positivas para as nossas fam�lias, para a linhagem, para todo o planeta.

Rogamos para que, em breve, possamos nos sentar juntas, sentindo a mesma textura do ch�o, o calor das m�os umas das outras, a troca simult�nea de olhares e sorrisos. Nesse encontro de almas e cora��es, a pandemia ter� chegado ao fim. Assim seja. Assim ser�.

Saiba mais sobre xamanismo no canal Ch� Com Leveza (https://youtu.be/-Rr0i8i8_KM)

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