Evitar amarel�o � grande desafio

A pesquisadora Ester Alice Ferreira, da Empresa de Pesquisa Agropecu�ria de Minas Gerais (Epamig) explica que as caracter�sticas favor�veis ao plantio e a estrutura log�stica tornam Belo Vale respons�vel por mais de 50% das tangerinas vendidas no entreposto de Contagem da Ceasa Minas. A fruta � tamb�m comercializada em outros estados, incluindo mercados do Norte e Nordeste.

Um grande alerta, no entanto, tem sido feito pela pesquisadora, que consiste no perigo de uma doen�a que j� produtores de pequenas e m�dias propriedades rurais desistirem da citricultura em S�o Paulo e chega aos poucos a Minas Gerais: o greening, HBL ou amarel�o. A doen�a destrutiva � causada por bact�ria e transmitida por um inseto.

“O desafio � n�o deixar que ela se alastre. A Epamig, em parceria com o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura, entidade privada) e Embrapa, est� desenvolvendo projetos de manejo para que os produtores possam conviver bem com o problema e n�o deixar que ele traga preju�zos”, afirma.

O primeiro relato de amarel�o em solo mineiro foi registrado em 2004 no Sul. Os sintomas, segundo a pesquisadora, s�o o amarelecimento desuniforme das folhas e a redu��o acentuada do tamanho dos frutos. Se confirmada a ocorr�ncia, as plantas devem ser erradicadas. Assim como ocorre no caso do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, � necess�ria uma a��o sincronizada para controlar a dissemina��o da doen�a.

Ester Ferreira observa que se um produtor adotar medidas de controle na planta��o e seu vizinho n�o fizer o mesmo “haver� fonte de in�culo e a doen�a continuar� a se espalhar”. Embora n�o haja dados oficiais sobre a ocorr�ncia da doen�a em Belo Vale, � muito prov�vel que ela esteja presente nos pomares da regi�o, de acordo com a pesquisadora da Epamig. Desde 2013, o munic�pio promove o festival da tangerina Ponkan. Neste ano, o evento ser� realizado de 19 a 21 de agosto, com a participa��o de artistas de renome nacional.