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Estado de Minas

Canaviais em Minas investem em renova��o e efici�ncia

A despeito da queda estimada da produ��o de cana-de-a��car de 4% na safra 2016/17, usinas de Minas investem na substitui��o da planta para garantir mais produtividade


postado em 08/05/2017 06:00 / atualizado em 08/05/2017 18:29

Colheita de cana no interior de Minas: setor já participa com 17% a 18% do PIB do estado e prevê aumento da demanda(foto: Siamig/Divulgação)
Colheita de cana no interior de Minas: setor j� participa com 17% a 18% do PIB do estado e prev� aumento da demanda (foto: Siamig/Divulga��o)

Segundo estado no ranking dos produtores de cana-de-a��car no Brasil, Minas Gerais perde apenas para S�o Paulo, segundo dados disponibilizados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), apurados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Os paulistas respondem, sozinhos, por 54,5% do mercado nacional, enquanto a participa��o mineira � 10,2%. A despeito da perspectiva de queda da produ��o de Minas neste ano, o setor se anima com a possibilidade de consolida��o de sua import�ncia na economia estadual. Investimentos v�m sendo feitos na qualidade do produto e tamb�m na renova��o do canavial, o que garantir� aumento da produtividade.

As expectativas animadoras para a safra de cana-de-a��car 2017/18 deixam no passado os efeitos da crise vivida pela ind�stria sucroenerg�tica por volta de 2014, quando as usinas de a��car e �lcool enfrentaram um rastro de preju�zos. Recuperado, o setor det�m agora 17% a 18% do Produto Interno Bruto (PIB, o conjunto da produ��o de bens e servi�os) do agroneg�cio em Minas, segundo M�rio Campos, presidente da Associa��o das Ind�strias Sucroenerg�ticas de Minas Gerais (SIAMIG). “Nos pr�ximos anos, a perspectativa � de que tenhamos mais cana e os combust�veis renov�veis sejam mais demandados. A gente est� trabalhando de forma muito forte o aumento da produtividade agr�cola”, afirma.

O destaque da pr�xima safra mineira ser� o aumento na produ��o de a��car de 3%, passando para 4,1 milh�es de toneladas frente as 3,9 milh�es toneladas da safra 2016/2017, de acordo com  estimativa da Siamig. Apesar disso, a produ��o da cana-de-a��car no estado ter� redu��o de 4% quando comparada com a safra de 2016/17, totalizando 61 milh�es de toneladas. O mesmo movimento deve ocorrer com a produ��o do etanol, que tende a registrar queda de 12%, alcan�ando 2,33 bilh�es de litros, ante 2,64 bilh�es de litros na safra anterior.

Apesar de os n�meros indicarem perda, com o recuo na produ��o de cana e de etanol, h� explica��o para isso, e o motivo se sustenta exatamente na boa fase do setor, na avalia��o do presidente da Siamig. “Neste ano, teremos redu��o na moagem porque uma grande �rea est� sendo renovada. Isso garante que ano que vem a gente tenha ganhos produtivos”, destaca M�rio Campos.

A explica��o t�cnica � que, com o per�odo de crise dos anos anteriores, os percentuais de renova��o do canavial recomendados – de aproximadamente 20% -, acabaram n�o sendo feitos. Agora, com o horizonte prop�cio essa renova��o est� sendo superada. “Canavial velho � sinal de baixa produtividade”, diz Campos.

ETANOL COMO APOSTA Se o destaque para esta safra � o a��car, para as pr�ximas o etanol � a aposta. Apesar da baixa da produ��o do combust�vel limpo, neste momento a produ��o no estado est� no seu ponto de equil�brio entre oferta e demanda. Durante certo tempo, essa rela��o esteve desequilibrada, primeiramente diante do pouco volume de carros com motor flex – que permite ao ve�culo ser abastecido com gasolina e etanol, por exemplo -, e depois com o crescimento da frota ocorreu o cen�rio inverso.

Nas usinas, o atual mix de produ��o previsto � de 52% da mat�ria-prima destinada � fabrica��o do a��car e 48% para etanol. O principal empecilho para que a produ��o nacional seja ainda mais demandada e possa expandir sua participa��o, � a concorr�ncia com o etanol importado dos Estados Unidos (EUA). O produto norte-americano chega ao Brasil cotado a pre�os mais competitivos.

No entanto, para o presidente da Siamig, M�rio Campos, essa situa��o, al�m de prejudicar a ind�stria nacional, n�o oferece os mesmos ganhos ambientais dos concorrentes no pa�s, j� que o combust�vel � feito a base de milho, “que n�o � t�o ecologicamente correto”. “A importa��o � uma amea�a ao setor e ao parque produtivo, al�m de representar uma esp�cie de desincentivo a produ��o nacional”, afirma o presidente do Siamig.

Campos aponta o programa Renovabio, do governo federal, como “essencial” para a retomada do crescimento. O Brasil � atualmente o segundo maior produtor e consumidor mundial de biodiesel, com um volume atual de aproximadamente 4 bilh�es de litros anuais. Segundo o Minist�rio do Minas e Energia, o percentual de biodiesel na mistura com o diesel ser� de 8% (biodiesel B8), aumento de 14% em rela��o � mistura B7 em vig�ncia.

A inten��o � que o Brasil passe a tributar o etanol vindo dos EUA. “Este � um problema que temos que resolver e j� fizemos mobiliza��es junto ao Minist�rio da Agricultura, que encaminhou � Camex (C�mara de Com�rcio Exterior, da Presid�ncia da Rep�blica) um pedido de taxa��o do produto”, afirma Campos.

Boa fase para negociar

A onda mais positiva do mercado tamb�m � uma oportunidade para que todos os elos da cadeia produtiva sejam valorizados. Para Jo�o Ricardo Albanez, superintendente de Abastecimento e Economia Agr�cola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecu�ria e Abastecimento de Minas Gerais, com o Brasil ocupando o lugar de principal exportador de cana-de-a��car do mundo, e a commodity  em alta, pode ser momento para que os produtores negociem com as ind�strias. “Esse � o momento, os produtores t�m o ambiente favor�vel para discutir os pre�os com os compradores de cana. O mercado mais favor�vel � o momento de os produtores discutirem com o setor as margens de pre�o”, analisa.

Ainda segundo Albanez, a an�lise do comportamento do mercado mostra que a tend�ncia � de que a boa fase vivenciada pelo setor sucroenerg�tico dure ainda mais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), al�m da participa��o de Minas Gerais ter crescido em rela��o a de outros estados, a �rea total destinada tamb�m vem sendo ampliada. Avan�ou de 8,95% em 2014 para 9,81% neste ano.

Em rela��o � produ��o, o Tri�ngulo mineiro � a regi�o que tem o maior volume de cana-de-a��car na �ltima safra, segundo o IBGE. Foram 48.465.637 toneladas, equivalente a 66,36%. Na sequ�ncia, vem a Regi�o Noroeste com 4.923.228 toneladas (6,74%), e o Alto Parana�ba, 4.562.968 (6,25%). Ainda no Tri�ngulo, Uberaba � o maior munic�pio produtor. Foram 6.389.960 toneladas. Logo depois, est�o Frutal (5.017.792 t), Santa Vit�ria (3.500.000 t) e Concei��o das Alagoas (3.440.000 t). Por fim, Campo Florido colheu 2.322.000 toneladas. (ME)

 


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