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Estado de Minas SA�DE

O que a morte de Roberto Leal ensina sobre o c�ncer de pele?

Melanoma que vitimou o cantor portugu�s � raro, por�m agressivo pois evolui para met�stase. Saiba como prevenir a doen�a, fazer o autoexame e ficar atento aos sinais de perigo


postado em 16/09/2019 11:52 / atualizado em 16/09/2019 12:41

Roberto Leal teve câncer no olho(foto: Arquivo pessoal)
Roberto Leal teve c�ncer no olho (foto: Arquivo pessoal)
A not�cia da morte de Roberto Leal aos 67 anos, v�tima de um melanoma que evoluiu para o f�gado, causando s�ndrome de insufici�ncia hepato-renal, entristeceu o domingo dos brasileiros. 

E leva a uma quest�o sempre em alta entre a comunidade m�dica e nas campanhas de alerta contra o c�ncer de pele: a preven��o e o diagn�stico precoce s�o fundamentais no combate � doen�a.  

Segundo dermatologistas, observar o corpo regularmente ajuda a detectar les�es ou �reas anormais. Pessoas diagnosticadas com o c�ncer de pele e m�dicos lembram que quanto mais cedo a doen�a � descoberta, melhores s�o as possibilidades de cura.  
 
Tipo raro 

Roberto Leal havia sido diagnosticado com um melanoma raro, no olho, h� dois anos. "Ele foi v�tima de um melanoma ocular, tumor maligno que pode atingir diferentes estruturas dos olhos, desde as p�lpebras at� estruturas internas, como a �ris. Entre os tipos mais devastadores est� o c�ncer ocular, principalmente quando diagnosticado em fases avan�adas. Por isso, estar atento aos sintomas e detectar a doen�a precocemente pode salvar a vida”, diz o oftalmologista Hilton Medeiros, da Cl�nica de Olhos Dr. Jo�o Eugenio.

Segundo o m�dico, quanto antes detectar a doen�a, maiores ser�o as chances de cura e menor o risco de met�stase. No caso do melanoma de coroide, por exemplo, 25% dos pacientes desenvolvem met�stase e, destes, quase 100% n�o sobrevivem.

Os sintomas mais comuns s�o dor nos olhos, sombras na vista, pintas pretas na conjuntiva e na �ris, flashes luminosos, redu��o da capacidade visual e pupila branca nas fotos.

O melanoma � mais frequente em adultos e ocorre tanto na �vea, por��o interna do globo ocular que se comp�e da �ris, do corpo ciliar e da coroide, como na conjuntiva, membrana que recobre a parte branca do olho e a superf�cie interna das p�lpebras. O diagn�stico � feito por exames que fazem o mapeamento da retina e ultrassonografia.

O tratamento mais utilizado quando o tumor � pequeno ou m�dio � o laser ou a braquiterapia, que consiste em aplicar radia��o apenas no local do tumor. “O problema � que a radia��o prejudica os vasos sangu�neos e os nervos na parte de tr�s do olho, muitas vezes afetando a vis�o”, explica Hilton Medeiros. Para tumores grandes, geralmente � preciso remover o olho afetado e colocar uma pr�tese.

Nas crian�as � mais comum o retinoblastoma, tumor origin�rio das c�lulas da retina, que � a membrana do olho sens�vel � luz. Na maioria dos casos, acomete crian�as de at� cinco anos de idade. Se for heredit�rio, a crian�a corre o risco de desenvolver o tumor nos dois olhos. O n�o heredit�rio costuma ser causado pelo desenvolvimento anormal da retina na inf�ncia e, em geral, acomete apenas um olho.
 

Manifesta��o na pele 

 
O melanoma � tipo mais raro de c�ncer de pele, como explica a m�dica dermatologista Ana Cl�udia de Brito Soares. “O melanoma � o c�ncer da pele menos frequente, por�m o mais grave porque tende a dar met�stases, isto �, se espalhar para outras partes do corpo.” 
 
Exemplo de melanoma (foto: National Câncer Institute/reprodução)
Exemplo de melanoma (foto: National C�ncer Institute/reprodu��o)
 
 
A m�dica refor�a ainda que pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se exp�em ao sol t�m mais risco de desenvolver a doen�a, mas afirma que o melanoma, mais raramente, pode se manifestar mesmo em indiv�duos negros ou em pessoas que bronzeiam mais do que se queimam quando expostas ao sol. A herediatriedade tamb�m configura fator de risco. “Al�m da exposi��o a radia��o ultravioleta, a hereditariedade desempenha um papel central no desenvolvimento do melanoma. Por isso, familiares de pacientes diagnosticados com a doen�a devem se submeter a exames preventivos regularmente. O risco aumenta quando h� casos registrados em familiares de primeiro grau”, lembra. 

Como ningu�m est� livre da doen�a, a m�dica atesta que a observa��o da pele constantemente � crucial para a detec��o precoce do c�ncer de pele (aprenda a fazer o autoexame na p�gina). “Caso detecte qualquer les�o suspeita, a pessoa deve procurar o m�dico imediatamente. Aparelhos chamados dermatosc�pios auxiliam os dermatologistas no diagn�stico entre pintas suspeitas ou n�o. J� a confirma��o do diagn�stico de melanoma � feito por bi�psia, a retirada de uma amostra de tecido que vai ser analisada ao microsc�pio. Existem v�rios tipos de bi�psia e a mais indicada vai depender do tamanho da les�o e de sua localiza��o no corpo.” Ela afirma ainda que, em est�gios mais avan�ados, cuja les�o � mais profunda e espessa, h� riscos de a doen�a se espalhar para outros �rg�os (met�stase), o que diminui as possibilidades de cura. Por isso, o diagn�stico precoce � fundamental.

Tratamento 


Dermatologista Ana Cláudia de Brito Soares(foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Dermatologista Ana Cl�udia de Brito Soares (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
Segundo a dermatologista, uma vez diagnosticado o tratamento para o melanoma maligno varia conforme a extens�o, agressividade e localiza��o do tumor, bem como a idade e o estado geral de sa�de do paciente. “Embora apresente o pior progn�stico entre os c�nceres de pele, avan�os na medicina e o recente entendimento das muta��es gen�ticas, que levam ao desenvolvimento dos melanomas, possibilitaram que mesmo pessoas com um quadro avan�ado da doen�a tenham aumento na sobrevida e na qualidade de vida.”
 
Entre os principais avan�os de tratamento, ela destaca testes gen�ticos capazes de determinar quais muta��es o c�ncer apresenta. “Nomeados BRAF, cKIT, NRAS, CDKN2A e CDK4, possibilitam a escolha dos tratamentos que podem trazer melhores resultados em cada caso da doen�a. Mais de 90% dos pacientes com a altera��o gen�tica BRAF, por exemplo, podem se beneficiar do tratamento com terapia-alvo oral, capaz de retardar a progress�o do melanoma e melhorar a qualidade a vida. Outros tratamentos podem ser recomendados, isoladamente ou em combina��o, para o tratamento dos melanomas avan�ados, incluindo quimioterapia, radioterapia e imunoterapia”, avisa. 

Para finalizar, Ana Cl�udia de Brito Soares confirma que o diagn�stico de melanoma ainda traz muita apreens�o aos pacientes. Mas lembra: “As chances de cura superam os 90% quando h� detec��o precoce da doen�a e j� � poss�vel viver com qualidade, controlando o melanoma metast�tico por longo prazo”. 
 

Saiba mais e previna-se!

melanoma ï¿½ o c�ncer da pele menos frequente, por�m o mais grave “porque tende a dar met�stases, isto �, se espalhar para outras partes do corpo”. 

O que �: Desenvolve a partir dos melan�citos, que s�o as c�lulas produtoras de melanina.

Aspecto: O melanoma, em geral, tem a apar�ncia de uma pinta ou de um sinal na pele, em tons acastanhados ou enegrecidos. Por�m, pode mudar de cor, de formato ou de tamanho, e causar sangramento. 

Onde: Normalmente, surgem nas �reas do corpo mais expostas � radia��o solar.. Em mulheres, s�o mais comuns nas pernas e, em homens, nos troncos. Podem surgir tamb�m no pesco�o, rosto e em �reas dif�ceis de serem visualizadas pelo paciente, como o couro cabeludo.

Preven��oEvitar a exposi��o excessiva ao sol e proteger a pele dos efeitos da radia��o UV, usando chap�us, camisetas, �culos escuros e protetores solares s�o as melhores estrat�gias para prevenir o melanoma e outros tipos de tumores cut�neos.

Outras medidas preventivas: Observar regularmente a pr�pria pele, � procura de pintas ou manchas suspeitas e consultar um dermatologista uma vez ao ano, no m�nimo, para um exame completo.

Aten��o! O n�mero de casos de melanoma ainda tem aumentado nos �ltimos anos. Uma das poss�veis justificativas � mais casos diagnosticados, inclusive precocemente, mas outra vem do fato de que, apesar de toda a informa��o dispon�vel nos dias atuais, as pessoas ainda n�o se protegem da radia��o ultravioleta de forma adequada. Fique atento!

Fonte: Instituto Oncoguia 


Autoexame 

Entre muitas outras informa��es, o site do Instituto Oncoguia traz o passo a passo do autoexame preventivo contra o c�ncer de pele. Al�m das medidas de praxe, m�dicos indicam a observa��o minuciosa do pr�prio corpo, um cuidado que ajuda a detectar quaisquer novas les�es ou �reas anormais que merecem ser observadas de perto por um profissional. Saiba mais a seguir. 

Recomenda��es: 

No primeiro exame de sua pele, tome seu tempo e observe cuidadosamente toda a superf�cie. Aprenda o padr�o de pintas, manchas, sardas e outras marcas que voc� tem na sua pele para que voc� compare com exames futuros. 

Certifique-se de mostrar ao seu m�dico quaisquer �reas que tenham apresentado alguma mudan�a ou lhe est�o preocupando.

� importante observar a sua pele, de prefer�ncia, uma vez por m�s. 

O melhor momento para fazer isso � ap�s o banho em um local bem iluminado na frente de um espelho.

O que procurar: Ferida aberta com sangramento, que permanece sem cicatriza��o durante v�rias semanas; �rea avermelhada, em relevo ou irritada, que pode descascar ou co�ar; protuber�ncia de cor r�sea brilhante, avermelhada, branco perolado ou transparente; les�o r�sea com borda elevada e parte central encrostada; cicatriz com �rea branca, amarela ou cerosa, e bordas mal definidas; verruga em crescimento; mancha persistente, escamosa, vermelha, com bordas irregulares, que sangram facilmente; les�o sens�vel ao toque


Passo 1: Diante do espelho, observe seu rosto, orelhas, pesco�o, peito e barriga. As mulheres devem levantar os seios para verificar a pele sob os mesmos.

Passo 2: Ainda frente ao espelho, observe os dois lados dos bra�os, axilas e antebra�os. Posteriormente, observe o dorso e as palmas das m�os, entre os dedos e as unhas.

Passo 3: Sentado, observe a parte anterior de suas coxas, canelas e dorso dos p�s, entre os dedos e as unhas dos p�s.

Passo 4: Ainda sentado, use um espelho de m�o para ver as plantas dos seus p�s, a parte posterior das panturrilhas e a parte posterior das suas coxas iniciando numa perna e posteriormente a outra.

Passo 5: De p�, use um espelho para observar a parte inferior das costas, as n�degas, a �rea genital e a parte de tr�s do pesco�o e orelhas.

Passo 6: Ainda de p�, pode ser mais f�cil ver suas costas usando um espelho de parede e um espelho de m�o. Use um pente ou um secador de cabelo para que possa observar o seu couro cabeludo.

Fonte: Instituto Oncoguia


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