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Estado de Minas

Fel�cio Rocho celebra, nesta sexta-feira, Dia Mundial de Doa��o de �rg�os

O hospital soltar� bal�es de diferentes cores para simbolizar cada �rg�o transplantado. O m�s de setembro � voltado para conscientiza��o da doa��o


postado em 23/09/2019 15:45 / atualizado em 23/09/2019 17:14


 
O mês de setembro é voltado para a conscientização da importância da doação de órgãos (foto: Divulgação/SES-MG)
O m�s de setembro � voltado para a conscientiza��o da import�ncia da doa��o de �rg�os (foto: Divulga��o/SES-MG)
 
 
A doa��o de  �rg�os e tecidos � um assunto que ainda causa certo receio em parte da popula��o, seja medo de que sejam removidos ainda estando vivas ou, simplesmente, por serem desfavor�veis. “No caso de doadores vivos, estes t�m medo da dor e de sequelas futuras, al�m de complica��es p�s-operat�rias. No caso de doadores com morte encef�lica, acredito que a fam�lia n�o doa por desconhecimento do processo de diagn�stico da morte e do processo de capta��o de �rg�os, cren�as pessoais ou falta de condi��es psicol�gicas pela perda s�bita de um parente querido”, explica Cristiano Xavier, cirurgi�o e coordenador da unidade de transplantes do Hospital Fel�cio Rocho.
 
Pensando nisso, nesta sexta-feira, 27, data em que se comemora o Dia Mundial de Doa��o de �rg�os, e para fazer jus � campanha Setembro Verde, o Fel�cio Rocho realiza evento, �s 10h, para conscientizar as pessoas sobre a import�ncia de doar �rg�os. “O Fel�cio Rocho � um hospital filantr�pico, com longa hist�ria na �rea de transplantes. Basta dizer que, neste ano, o hospital comemora o anivers�rio de 30 anos do primeiro transplante de f�gado de Minas Gerais. Nossa equipe de transplantes oferece aos pacientes do SUS de todo o Brasil um servi�o extremamente comprometido com o acolhimento dessas pessoas que buscam o transplante de �rg�os e tecidos”, conta Cristiano Xavier.
Segundo dados do Registro Brasileiro de Transplantes, divulgados em mar�o deste ano, pela Associa��o Brasileira de Transplantes de �rg�os, no primeiro trimestre foram doados 2.131 �rg�os, 3.400 tecidos e 742 medulas �sseas. Por�m, a quantidade de pessoas na fila � bem maior. No mesmo per�odo, 33.984 pessoas aguardavam por um �rg�o, sendo 660 crian�as. Para o cirurgi�o, a melhor forma de incentivar a doa��o � por meio de a��es. "Por meio da educa��o e da divulga��o da sua import�ncia para a vida dos receptores, da sensibiliza��o por meio de campanhas e da desmistifica��o do tema, com resposta a todas d�vidas. A maior for�a para que uma doa��o ocorra � o posicionamento da pr�pria pessoa de sua inten��o ainda em vida."

A campanha

Neste dia (27/9), a organiza��o tamb�m solta bal�es coloridos para simbolizar diferentes �rg�os, realiza entrega de panfletos e conta com o apoio da Banda do Ex�rcito. “No dia do evento, haver� uma intensa campanha de distribui��o de panfletos informativos sobre doa��o de �rg�os, testemunho de pacientes transplantados, apresenta��o de Banda do Ex�rcito e ser�o soltos bal�es infl�veis, representando os transplantes de �rg�os realizados em nossa institui��o”, refor�a o cirurgi�o. 

Para o m�dico, a data serve tamb�m para comemorar e agradecer o crescimento do n�mero de doadores. “Este trabalho de conscientiza��o, coordenado pelo MG Transplantes, � cont�nuo e, neste ano, comemoramos um aumento de 30% no n�mero de doadores em rela��o ao ano de 2018, sendo que foi poss�vel reduzir estatisticamente o n�mero de recusas de doa��o por motivos de negativa familiar, de 60% para 30%, quando comparamos 2019 com 2018.” 
 

Luz no fim do t�nel

 
Uma psic�loga, de 42 anos, que prefere n�o se identificar, foi diagnosticada, aos 13 anos, com problema renal. “Tinha nefrite (infec��o nos rins) e fiz acompanhamento com nefrologista por um per�odo de cinco anos, at� que, em dezembro de 1995, com 18 anos, iniciei o processo de hemodi�lise. Nessa �poca, soube que o transplante de rim era uma poss�vel solu��o para meu caso e meu pai se disp�s a fazer a doa��o do �rg�o para mim. Foi um transplante bem sucedido, que durou 18 anos, mas, infelizmente, o rim foi parando de funcionar gradativamente. Em dezembro de 2014, retornei para a hemodi�lise. Meu irm�o, que morava fora na �poca, voltou para BH com o intuito de doar um rim para mim. Iniciei o processo de exames para o novo transplante, com checapes com v�rios m�dicos. Mas, quando fui ao  ginecologista levar o resultado da mamografia (a primeira que tinha feito na vida) fui diagnosticada com c�ncer de mama. O tratamento durou aproximadamente nove meses", lembra. A libera��o para o novo transplante foi concedida em dezembro do ano passado. “Em janeiro, fui na primeira consulta no ambulat�rio e iniciei a maratona de exames, s� que, dessa veze, optei por entrar na fila do MG Transplantes. Em maio, terminei os �ltimos exames e, no dia 13/06, fui inclu�da na lista de receptores. Na minha cabe�a j� estava preparada para esperar um tempo at� conseguir o transplante, embora fosse muito desejado. Mas mais uma vez, fui surpreendida, e recebi a liga��o do Hospital Fel�cio Rocho em 18 de agosto, informando que tinha um rim compat�vel e que iriam me operar em algumas horas."

 
Para a psic�loga, campanhas como a realizada pelo Fel�cio Rocho precisam ocorrer para conscientizar a popula��o da import�ncia de se doar os �rg�os. “Acredito muito nas campanhas. Acho que podem ajudar a informa��o chegar at� aqueles que ainda t�m d�vidas, medo, preconceito e outros sentimentos relacionados ao assunto.”
Ela tamb�m aproveitou para deixar um recado para quem ainda n�o � doador. “A mensagem que deixaria para as pessoas � que ven�am o medo, o preconceito, acreditem na �tica m�dica, na seriedade do trabalho dos hospitais, das equipes de abordagem de doa��es e que, acima de tudo, acreditem que a doa��o pode salvar e mudar vidas! Receptores de �rg�os, como eu fui, tem uma gratid�o imensa por todos, mas especialmente �s fam�lias dos doadores e pelo doador, que nos deram a oportunidade de ter uma vida melhor e mais saud�vel.“
 
 
 

Saiba mais: 

 
Quem pode doar?
Qualquer pessoa saud�vel, acima de 18 anos, pode doar um rim ou parte de seu f�gado para um parente de at� segundo-grau ou c�njuge 

Quem n�o pode doar?
No caso de doadores com morte encef�lica n�o pode ser doador aquele que tem a identidade desconhecida, morte de causa desconhecida, por v�rias condi��es cl�nicas que comprometam de forma significativa a fun��o do �rg�o doado, algumas doen�as infecciosas e no caso da n�o autoriza��o pelo familiar.

Como ser doador?
Para ser um doador basta conversar com sua fam�lia sobre o seu desejo e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doa��o de �rg�os. No Brasil, a doa��o s� ser� feita ap�s a autoriza��o familiar. Pela legisla��o brasileira, n�o h� como garantir efetivamente a vontade do doador. No entanto, observa-se que, na grande maioria dos casos, quando a fam�lia tem conhecimento do desejo de doar do parente falecido, esse desejo � respeitado. Por isso, a informa��o e o di�logo s�o absolutamente fundamentais.

Mais informa��es sobre doa��es de �rg�os:
 MG transplantes (31) 3219-9200
 
* Estagi�ria sob a supervis�o da subeditora Elizabeth Colares 



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