vermes encaracolados

A ten�ase, que viralizou nas redes sociais, pode estar presente no alimento que as pessoas ingerem ou simplesmente, quando deixam de higienizar as m�os

Marc Pascual/Pixabay
Voc� sabe o que � um quadro de cisticercose? Um raio x de t�rax, que viralizou nos �ltimos dias nas redes sociais, mostrou a doen�a parasit�ria provocada pela ingest�o dos ovos de Taenia solium, que provocaram o aparecimento de cisticercos, pequenos n�dulos, que atingem o tecido do paciente. O caso refor�a a import�ncia de fazer exames parasitol�gicos sempre que o paciente apresentar sintomas gastrointestinais ou periodicamente nos checape.
 
Para a m�dica patologista cl�nica, prof. dra. Vera Castilho, do Laborat�rio de Parasitologia Cl�nica da Divis�o de Laborat�rios do Hospital das Cl�nicas-FMUSP e associada � Sociedade Brasileira de Patologia Cl�nica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML) � preciso acrescentar os exames parasitol�gicos nas visitas de rotina ao m�dico. “Elas devem ser anuais para todos, ou sempre que viajar para regi�es end�micas onde ocorre transmiss�o de parasitas”, esclarece a m�dica patologista cl�nica.

A cisticercose � uma infec��o mais frequente nos indiv�duos imunodeprimidos, como transplantados, autoimunes, oncol�gicos ou que convivam com o HIV. � uma parasitose cujo ciclo tem in�cio a partir da ingest�o de alimentos ou �gua contaminados por ovos da Taenia solium. Os porcos e vacas s�o considerados hospedeiros intermedi�rios e o paciente infectado, hospedeiro definitivo, nos casos da ten�ase. Nos casos mais graves, a infec��o pela cisticercose � mais direcionada para o sistema nervoso central.

Al�m da alimenta��o, alguns fatores socioambientais devem ser considerados na infec��o por parasitas intestinais, como a aus�ncia de saneamento b�sico, educa��o e tipo de moradia da popula��o. “A infec��o mais comum, a ten�ase - ou solit�ria, como � dita popularmente - provocada pela presen�a do parasita no intestino delgado”, explica Vera Castilho, que indica formas simples de prevenir o cont�gio:

  • Lavar bem os alimentos;

  • Cozinhar ou assar bem alimentos;

  • Ferver e filtrar a �gua;

  • Lavar bem as m�os com sabonete antes de comer;

  • Andar sempre cal�ado(a);

  • Evitar o contato com terra ou lama.

Diagn�stico e tratamento

A forma mais comum de diagnosticar uma parasitose intestinal � atrav�s de sintomas gastrointestinais, e exames parasitol�gicos - a presen�a de ovos, cistos ou larvas - nas fezes. “O exame parasitol�gico deve ser em tr�s amostras de fezes coletadas em dias diferentes, preferencialmente dias alternados ou numa sequ�ncia de tr�s dias. Entretanto, um exame negativo n�o afasta a hip�tese de infec��o. Caso haja sintomas, � adequado repetir os exames parasitol�gicos dentro de 20 dias e fazer exames mais detalhados”, explica a m�dica associada da SBPC/ML.
 
A automedica��o n�o deve ser considerada. “H� pessoas que tomam verm�fugos preventivamente. Mas rem�dios s�o prescritos apenas quando n�o houver possibilidade do exame parasitol�gico e do diagn�stico da parasitose. Outro ponto importante � ser detectado com os exames os parasitas que est�o presentes. Os medicamentos antiparasit�rios ministrados preventivamente n�o conseguem atingir todos os tipos de parasitas, que s�o muitos. O m�dico � quem vai definir o medicamento necess�rio, se for o caso”, finaliza a m�dica patologista cl�nica Vera Castilho.