
� sabido que em quadros cl�nicos de infec��o por COVID-19 � comum haver sintomas como febre, tosse, perda de paladar e olfato e dor de garganta, entre outros poss�veis sinais. Por�m, um artigo publicado na "Nature Reviews Gastroenterology and Hepatology", pelos professores Zhu Shu, da Universidade de Ci�ncia e Tecnologia da China (USTC), e Richard Flavell, da Universidade de Yale, traz uma nova perspectiva: sim, manifesta��es gastrointestinais tamb�m se fazem presentes nos pacientes com o v�rus Sars-Cov-2.
Os resultados? Cerca de 50% dos pacientes com positivos para a doen�a apresentaram RNA do v�rus detect�vel em amostras fecais. A evid�ncia de infec��o intestinal pelo novo coronav�rus tamb�m foi relatada em v�rios estudos in vitro e em animais.
“V�rios estudos relataram sintomas gastrointestinais em pacientes com COVID-19”, lembra o professor de gerontologia da Faculdade Evang�lica Mackenzie do Paran� Rubens de Fraga J�nior.
Segundo ele, diarreia, n�useas, v�mitos, anorexia e dor abdominal s�o descritos como os principais sintomas gastrointestinais na maioria dos estudos, embora outros sintomas gastrointestinais, como refluxo �cido, sangramento gastrointestinal superior, hematoquezia, constipa��o e melena, tamb�m tenham sido relatados em alguns casos.
Segundo ele, diarreia, n�useas, v�mitos, anorexia e dor abdominal s�o descritos como os principais sintomas gastrointestinais na maioria dos estudos, embora outros sintomas gastrointestinais, como refluxo �cido, sangramento gastrointestinal superior, hematoquezia, constipa��o e melena, tamb�m tenham sido relatados em alguns casos.
Entre eles, a diarreia � o sintoma mais comum nos casos de COVID-19. Por�m, o mecanismo desse sintoma ainda � amplamente desconhecido. “Estudos experimentais de outros v�rus indicam que v�rios fatores podem levar � diarreia, incluindo altera��es na microbiota intestinal, diarreia osm�tica devido � m� absor��o ou inflama��o que � secund�ria a danos de enter�citos, libera��o de prote�nas virulentas ou toxinas, e l�quido intestinal induzido por v�rus e secre��o de eletr�litos por ativa��o do sistema nervoso ent�rico”, explica.
O que muda, ent�o, na transmissibilidade da doen�a? De acordo com o estudo e com as conclus�es obtidas, tem-se, assim, um risco de transmiss�o fecal-oral da doen�a.
“Got�culas respirat�rias e contato pr�ximo mostraram ser as principais vias de transmiss�o do Sars-Cov-2. No entanto, em um estudo incluindo 96 pacientes na China, 59% dos pacientes eliminaram RNA viral nas fezes, o que levantou preocupa��es sobre uma poss�vel rota de transmiss�o fecal-oral para v�rus em humanos. Desse modo, tr�s quest�es devem ser discutidas para determinar se pode sim estabelecer a transmiss�o fecal-oral.”
“Em primeiro lugar, � preciso determinar se o novo coronav�rus pode tolerar a exposi��o ao �cido g�strico para posteriormente estabelecer uma infec��o intestinal. Em segundo lugar, se as part�culas infecciosas do v�rus podem tolerar o fluido intestinal e, ent�o, ser eliminadas pelas fezes. E, finalmente, se as part�culas de v�rus em f�mites t�m concentra��o e infectividade suficientes para a transmiss�o subsequente”, elucida Rubens de Fraga J�nior.
H�, ainda, um outro questionamento nesse cen�rio: o novo coronav�rus pode manter a concentra��o e infectividade em objetos inanimados ou subst�ncias fecais? “V�rios estudos investigaram a infecciosidade do v�rus em v�rias condi��es ambientais. Um estudo relatou que o Sars-Cov-2 foi capaz de manter a viabilidade por 3 ou 5 dias em superf�cies de vidro secas e por 7 em solu��o em temperatura ambiente.”
“Al�m disso, o RNA do v�rus foi detectado em esgotos na Austr�lia, EUA e Fran�a. Embora faltem estudos sobre o isolamento de v�rus infecciosos em esgotos, a capacidade de manter a infectividade em l�quidos torna poss�vel que o novo coronav�rus possa ser transmitido pelo esgoto. Al�m disso, ele pode sobreviver por mais tempo em baixas temperaturas. Portanto, a detec��o de RNA viral em frutos do mar embalados destacou o risco de transmiss�o fecal-oral”, afirma.
E AGORA?
Nesse cen�rio, mais estudos se fazem necess�rios para quantificar com precis�o a propor��o de pacientes que liberam RNA viral positivamente nas fezes e t�m replica��o viral ativa no intestino. Al�m disso, tamb�m permanece desconhecido por quanto tempo a infec��o intestinal ativa por COVID-19 pode persistir.
Ainda, segundo ele, � importante comparar a propor��o de sintomas gastrointestinais entre pacientes com ou sem infec��o intestinal medindo o RNA gen�mico viral, e os transcritos de RNA viral subgen�mico eliminados nas fezes pode ser informativo sobre a contribui��o da infec��o intestinal direta para esses sintomas gastrointestinais.
"Portanto, vale a pena examinar mais detalhadamente para determinar se a infiltra��o inflamat�ria intestinal elevada ou a disbiose mais grave da microbiota est�o correlacionadas com n�veis s�ricos mais elevados de citocinas e gravidade da doen�a em pacientes com COVID-19”, opina.
"Portanto, vale a pena examinar mais detalhadamente para determinar se a infiltra��o inflamat�ria intestinal elevada ou a disbiose mais grave da microbiota est�o correlacionadas com n�veis s�ricos mais elevados de citocinas e gravidade da doen�a em pacientes com COVID-19”, opina.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram
O que � um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferen�as entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restri��o de circula��o de pessoas adotadas no Brasil n�o podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo brit�nico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Ag�ncia Nacional de Vigil�ncia Sanit�ria (Anvisa). No pa�s ela � produzida pela Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmac�utica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a libera��o de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidi�ria da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do �nico no mercado que garante a prote��o em uma s� dose, o que pode acelerar a imuniza��o. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Minist�rio da Sa�de em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autoriza��o para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacina��o'?
Os chamados passaportes de vacina��o contra COVID-19 j� est�o em funcionamento em algumas regi�es do mundo e em estudo em v�rios pa�ses. Sistema de controel tem como objetivo garantir tr�nsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacina��o imp�em desafios �ticos e cient�ficos.
Quais os sintomas do coronav�rus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas g�stricos
- Diarreia
Em casos graves, as v�timas apresentam
- Pneumonia
- S�ndrome respirat�ria aguda severa
- Insufici�ncia renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avan�am na identifica��o do comportamento do v�rus.
Entenda as regras de prote��o contra as novas cepas
Mitos e verdades sobre o v�rus
Nas redes sociais, a propaga��o da COVID-19 espalhou tamb�m boatos sobre como o v�rus Sars-CoV-2 � transmitido. E outras d�vidas foram surgindo: O �lcool em gel � capaz de matar o v�rus? O coronav�rus � letal em um n�vel preocupante? Uma pessoa infectada pode contaminar v�rias outras? A epidemia vai matar milhares de brasileiros, pois o SUS n�o teria condi��es de atender a todos? Fizemos uma reportagem com um m�dico especialista em infectologia e ele explica todos os mitos e verdades sobre o coronav�rus.Para saber mais sobre o coronav�rus, leia tamb�m:
- Veja onde est�o concentrados os casos em BH
Coronav�rus: o que fazer com roupas, acess�rios e sapatos ao voltar para casa
Animais de estima��o no ambiente dom�stico precisam de aten��o especial
Coronav�rus x gripe espanhola em BH: erros (e solu��es) s�o os mesmos de 100 anos atr�s