
A hist�ria da assistente de educa��o S�nia Sueli Silva Diamante, de 60 anos, perpassa por momentos dif�ceis. Perdeu o primeiro marido em 2004 e passou por situa��es complicadas com a cria��o das filhas, o que a fez se fechar para o mundo. “Esses anos todos, entrei como se fosse na Idade M�dia da escurid�o e nunca pensei em formar uma nova fam�lia com algu�m por conta desses processos”, relembra. A morte da filha mais nova tamb�m foi uma situa��o a ser enfrentada, j� que ela deixou tr�s filhos, sendo o mais novo sob a responsabilidade da av�. “Come�ou tudo de novo, os cuidados com um beb�. Ent�o, arranjar uma pessoa ficou mais dif�cil com uma crian�a dentro de casa”, salienta.
VIRTUAL

S�nia e o marido se conheceram no aplicativo CoroaMetade, plataforma de encontros exclusiva para pessoas maduras. O jornalista Airton Gontow � o desenvolvedor do site. Com a plataforma, ele percebeu que cada pessoa tem um pensamento diferente e �nico, mas de modo geral percebeu que o p�blico maduro procura n�o s� uma companhia, mas um companheiro ou uma companheira. “No in�cio do site, costumava dizer que as pessoas maduras sabem o que querem. Hoje, ap�s tantos anos � frente do site e falando cotidianamente com os usu�rios, posso dizer, com certeza, que quase ningu�m sabe o que quer. Nem os mais jovens, nem os mais velhos”, afirma.
O jornalista conta que se separou aos 43 e, por dois anos, mesmo n�o sendo t�mido, vivenciou as diversas dificuldades que um homem mais velho passa para encontrar uma nova companheira. Apesar disso, casou-se novamente aos 45. “H� cerca de sete anos, fui a uma festa de amigos que se formaram juntos na antiga oitava s�rie e que n�o se encontravam h� 30 anos. No encontro, vi que 60% dos antigos colegas eram solteiros, vi�vos ou divorciados. E nas conversas ouvi muitas queixas do tipo: “P�, cara, companhia para uma noite eu encontro f�cil. Mas uma companheira para a vida toda � t�o dif�cil”. Voltei para casa pensando em criar alguma coisa para esse p�blico. A� surgiu a ideia de criar um site de relacionamento espec�fico para o p�blico maduro”, relembra.
