A��o on-line discute diagn�stico e tratamentos para o c�ncer de mama

Outubro rosa � conhecido como o m�s de conscientiza��o para preven��o ao c�ncer de mama. Com o objetivo de alertar sobre a doen�a, a Personal Oncologia desenvolve algumas a��es ao longo deste m�s. 

Uma delas � a Roda de Conversa C�ncer de Mama: uma pauta sempre em dia, que ser� realizado on-line pelo Facebook no dia 26 de outubro, para chamar a aten��o da popula��o em geral, e das mulheres em particular, sobre a import�ncia de manter os cuidados de rastreamento da doen�a durante todo o ano.

O evento contar� com a participa��o de profissionais de diferentes �reas e uma paciente em tratamento.  Andr� Murad, oncologista, oncogeneticista e diretor executivo da Personal Oncologia, vai abordar os avan�os nas tecnologias para diagn�stico e tratamento do c�ncer de mama. “Hoje, sabemos que at� 15% dos casos de c�ncer de mama s�o causados por s�ndromes de predisposi��o gen�tica, que s�o precisamente diagnosticadas pelos testes gen�ticos dispon�veis”, explica.

O paciente tamb�m conta  com avan�os no tratamento medicamentoso. “Novos quimioter�picos e novos agentes hormonais, como os taxanes, a capecitabina, a gencitabina, a eribulina, os inibidores de aromatase, o fulvestranto e a combina��o de inibidores de aromatase ou fulvestranto  e inibidores de c�clicas (CDK4/6) trouxeram grandes avan�os e melhoria nos resultados do tratamento do c�ncer de mama. Al�m das drogas quimioter�picas e hormonais, que se modernizaram, tornando-se mais eficientes e menos t�xicas”, diz.

Outro importante tema que ser� tratado durante a Roda de Conversa � a cobertura jornal�stica acerca da doen�a, e para falar sobre o assunto a convidada � a jornalista e pesquisadora Alessandra Ribeiro.Para ela, o volume de divulga��o de fake news dificulta na circula��o de informa��o.  “H� muita coisa sobre sa�de circulando nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp, por exemplo. E a origem dessas informa��es acaba se perdendo, poucas pessoas t�m o cuidado de checar antes de compartilhar informa��es”, conta. 

Como mulher, o desafio de cobrir pautas sobre o c�ncer de mama � desafiador. “H� dois anos, descobri um n�dulo no seio, fiz uma pun��o, que � um exame desconfort�vel. Mais recentemente descobri outro n�dulo, ambos benignos, felizmente, e comecei a fazer acompanhamento de seis em seis meses. Tenho 36 anos, mas o mastologista recomendou que eu comece a fazer mamografia mais cedo. Acho que passar por essa experi�ncia, encontrar com mulheres em tratamento nas cl�nicas, ajuda a ter mais sensibilidade para abordar o tema. � aquela hist�ria: falar de mulher para mulher, com algum conhecimento de causa, ajuda a falar sobre o tema com mais naturalidade, a mostrar que o c�ncer n�o � uma senten�a de morte, como se pensava antigamente, que a medicina est� em constante evolu��o e que a preven��o e o diagn�stico precoce s�o fundamentais para o sucesso do tratamento”, completa.

 

O terceiro tema a ser abordado � a import�ncia do acompanhamento psicol�gico, e a respons�vel por esclarecer o tema � a psic�loga Jordana Fantini. “O papel do psic�logo frente ao paciente oncol�gico � dar voz a esse paciente compreendendo seus medos e ang�stia, facilitando a compreens�o do tratamento, a aceita��o da doen�a e preparando para essa nova etapa da vida”, conta. 

 

Segundo a psic�loga, o diagn�stico pode vir acompanhado de ansiedade, medo, p�nico, isolamento social, altera��es de humor, entre outros. “Para recuperar a autoestima e a autoconfian�a, o psic�logo deve ajudar a paciente a se ver como um todo cheio de possibilidades e n�o apenas como um diagn�stico oncol�gico, cuidando dessa paciente em todo o seu contexto, procurando novas atividades poss�veis e prazerosas e lembrando que existe vida durante e ap�s o tratamento, ressignificando os valores pessoais”, finaliza.

 

Por fim, o evento tamb�m contar� com a presen�a de uma mulher em tratamento de c�ncer: Mariana Moura vai relatar como � seu cotidiano e como enfrenta as dificuldades. “Tive uma ferida no seio que n�o melhorou. Como estava inchado e vermelho a ginecologista ainda chegou a diagnosticar como mastite, mesmo eu nunca tendo amamentado. Tentei tratar com antibi�tico e pomada e n�o tive melhora, ent�o fui ao mastologista que pediu exames de imagem e a bi�psia”, recorda.

 

Em setembro do ano passado, Mariana foi diagnosticada com met�stase na coluna tor�cica e no sistema linf�tico (c�ncer de mama avan�ado, est�gio IV), e, desde ent�o, retomou o tratamento medicamentoso. “Agora � terminal. Esta foi, sem d�vidas, a pior not�cia da minha vida. Ningu�m espera ter uma expectativa de sobrevida t�o reduzida aos 33 anos, e uma perspectiva de vida t�o limitada. Fui obrigada a recalcular toda a minha rota: mudar objetivos, prioridades, planejamentos, sonhos. Acredito que o importante nesta fase � buscar dar novos significados a tudo isso e aprender a viver de um outro jeito”, afirma.

 

Mariana aproveita e deixa um convite para o evento. “Para mim, o Outubro Rosa � sobre preven��o. Sobre levantar do sof� e marcar a mamografia, pedir para o ginecologista ajudar com o exame de toque, marcar com o mastologista se sentir qualquer coisinha diferente. Uma ida ao m�dico cedo pode deixar todo o processo de um poss�vel c�ncer mais suave e tranquilo, e isso n�o tem pre�o. Fora isso, aconselho todas as mulheres a conversarem muito entre si. Sobre o corpo, sobre medos, sobre expectativas. Para as mulheres que passam, passaram ou amam algu�m que trata um c�ncer, conversar com outras mulheres em situa��o semelhante considero fundamental’, finaliza.