Busca do autoconhecimento

Se o car�ter � revelado por meio do formato e de express�es do corpo humano, como explica a an�lise bioenerg�tica, teria como esconder algum tra�o ou mesmo control�-lo? A neuropsic�loga Leninha Wagner afirma que “com a identifica��o dos tra�os de car�ter, tra�amos o perfil psicol�gico em suas manifesta��es, deixando a pessoa cada vez mais apropriada de si e de sua apari��o no mundo. N�o podemos mexer ou controlar aquilo que � desconhecido. Ao se tornar conhecido para si pr�prio, o paciente passa a reconhecer as repeti��es e o padr�o operacional. Esse padr�o enraizado e introjetado de forma inconsciente, portanto � 'meu, mas eu n�o o conhe�o'. Quando a pessoa se v�, ela consegue operar e gerenciar sobre suas a��es. Somos movidos pela emo��o primordial, mas podemos colocar sobre esta a raz�o”.

A an�lise bioenerg�tica n�o v� o paciente como um indiv�duo dicot�mico, mas em sua integralidade: “Ela tem o objetivo de ajudar cada um a reencontrar-se com seu corpo e a tirar o mais alto grau de proveito poss�vel da vida que h� nele, com o intuito de resgatar o seu potencial energ�tico e se abrir �s rela��es humanas, com maior seguran�a de saber quem �. A configura��o f�sica n�o � alterada, mas pode ser aceita, compreendida e utilizada em benef�cio do desenvolvimento do potencial de acordo com seus talentos e habilidades inatos. � cr�vel enriquecer as experi�ncias, humanizar as singularidades, apropriar-se de si e construir hist�rias por meio de boas mem�rias que todos arquivam durante a passagem do ciclo vital”, garante a especialista.

Leninha Wagner enfatiza que cada um dos tra�os de car�ter guarda caracter�sticas que s�o usadas como defesa. “Quando identificamos e revelamos isso aos pacientes, o objetivo � que ele use as defesas em seu favor. Como, quando e onde precisar. Mas, quando conhecidas e reconhecidas, podem us�-las como prote��o e n�o mais como defesa, que de forma descuidada pode virar ataque.”

1 – Esquizoide

Impress�o geral de desengon�ado. S�o pessoas magras, longil�neas, com a energia do corpo centrada na cabe�a, racionalizam sentimentos, optam na dor pelo isolamento. Exigem respeito pelo seu jeito racional de ser, necessitam de um n�vel l�gico de comunica��o, s�o cerebrais e racionais.

2 – Oral

Impress�o geral de fraco e precisando de apoio. S�o pessoas “arredondadas”, que carregam uma falta, um vazio, uma sensa��o de abandono. Querem sensibilidade e afeto nos contatos. S�o emotivas, choram f�cil, querem um “ouvido” que as escute para que elas possam falar (sem parar), ou comida por perto, para que possam preencher esse vazio comendo (sem parar).

3 – Masoquista

Impress�o geral de atarracado, carregando um grande peso. S�o pessoas de composi��o quadrada, com apar�ncia forte, atarracadas. Exigem seguran�a para si. Entendem os outros, com extrema empatia. A ponto de trazer para si o problema e o erro do outro, se responsabilizando por tudo. N�o dividem nem delegam. Guardam tudo dentro de si. S�o desconfiadas, demoram para formar v�nculo e partilhar seus problemas. N�o aceitam trai��es.

4 – R�gido

Impress�o geral de prontid�o e agressividade. Pessoas que aparentam muita energia, for�a e disposi��o f�sica por todo o corpo. S�o belos, com curvas nos lugares certos, com forte capital est�tico, m�sculos r�gidos. Exigem perfei��o de si, do outro e da vida. Nada � bom o suficiente para eles. S�o a figura da exig�ncia e da busca da perfei��o. Vivem “rela��es triangulares”, competitivos ao extremo, est�o sempre buscando um advers�rio � altura.

5 – Psicop�tico (psicopata)

Impress�o geral, no homem, de orgulho, raiva e, �s vezes, amea�ador. Na mulher, de infantilidade, meninice de extrema sensualidade. Pessoas com formato de corpo triangular, o corpo superior � inflado, com ombros largos, tensos e quadris estreitos, enquanto o corpo inferior � fraco e n�o aterrado. Esperam resultados, s�o articuladoras, a vida para eles � um “balc�o” de neg�cios, sempre atentas ao lucros e ganhos. S�o envolventes, sedutoras e manipuladoras. Est�o atentos a barganhas, trocas, compensa��es.