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Estado de Minas

Conhe�a cinco perguntas comuns sobre o coronav�rus

Especialista em microbiologia cl�nica compartilha questionamentos que tem respondido de jornalistas e autoridades de sa�de dos Estados Unidos


postado em 11/03/2020 10:00 / atualizado em 11/03/2020 10:25

(foto: Pixabay)
(foto: Pixabay)

A busca por informa��es sobre o novo coronav�rus avan�a na medida em que a doen�a alcan�a diferentes territ�rios e irradia para cada vez mais locais pelo planeta. Rodney Rohde, professor da Faculdade de Sa�de da Universidade do Estado do Texas, nos Estados Unidos, e especialista em doen�as infecciosas e microbiologia cl�nica, � um dos estudiosos em sa�de que t�m sido bastante procurado para falar sobre o assunto e esclarecer d�vidas.

Todos os dias, recebe liga��es de canais de m�dia, funcion�rios p�blicos e de universidades, organiza��es de sa�de p�blica, organiza��es profissionais e o p�blico em geral, todos preocupados e atentos quanto ao surto. Entre as perguntas mais rotineiras que recebe, suas orienta��es podem ser preciosas para auxiliar na compreens�o e combate em rela��o ao Covid-19.

Tudo sobre o coronav�rus - Covid-19: da origem � chegada ao Brasil


A seguir, ele aponta os questionamentos mais comuns que chegam at� seu conhecimento, e os esclarecimentos s�o informa��es importantes para direcionar a postura mais adequada a adotar no contexto da epidemia.

Conhe�a cinco perguntas mais comuns sobre coronav�rus feitas pela m�dia:

1) Considerando que os coronav�rus podem tecnicamente se referir a doen�as que variam do resfriado comum a algo t�o grave quanto a SARS, o que faz com que esse estiramento espec�fico de coronav�rus seja significativamente preocupante?

Este � o nome de uma fam�lia de v�rus caracterizados principalmente por um genoma de RNA de cadeia positiva e que est� ligada em um envelope membranoso. Na hist�ria recente, essa fam�lia de v�rus tem sido extensivamente estudada, pois foi respons�vel pelos surtos de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave (SARS) e S�ndrome Respirat�ria no Oriente M�dio (MERS) em 2003 e 2012, respectivamente.

Curiosamente, os coronav�rus s�o respons�veis por cerca de um ter�o de todos os casos de resfriados comuns (rinov�rus, adenov�rus e outros). Este v�rus, Covid-19, n�o � semelhante aos coronav�rus mais corriqueiros. No entanto, an�lises gen�ticas sugerem que esse v�rus surgiu de um v�rus relacionado � SARS. Existem investiga��es em andamento para saber mais.

Novos surtos de qualquer micr�bio devem sempre ser um problema de sa�de p�blica. O risco desses surtos depende das caracter�sticas do v�rus, incluindo como ele se espalha entre as pessoas, a gravidade da doen�a resultante e as medidas m�dicas ou outras dispon�veis para controlar o impacto do v�rus (por exemplo, medicamentos para vacinas ou tratamentos).



O novo coronav�rus � uma s�ria amea�a � sa�de p�blica. O fato de ter causado doen�as graves e dissemina��o cont�nua de pessoa para pessoa na China � preocupante, mas n�o est� claro como a situa��o em outras partes do mundo se desenvolver�. Nos EUA, as autoridades continuar�o monitorando os surtos e os dados recebidos de laborat�rio, assist�ncia m�dica e sa�de p�blica para produzir os melhores planos e precau��es poss�veis.

O risco de adquirir infec��o depende da exposi��o. Fora da regi�o epid�mica, algumas pessoas ter�o um risco aumentado de infec��o - por exemplo, profissionais de sa�de que cuidam de pacientes com Covid-19 e outros contatos pr�ximos. Da mesma forma, os imunocomprometidos devem ser cautelosos com a exposi��o a qualquer novo micr�bio. No entanto, para a maioria do p�blico em geral que dificilmente ser� exposto a esse v�rus, o risco imediato para a sa�de � considerado baixo.

2) O que sabemos atualmente sobre a transmiss�o humano a humano desse novo coronav�rus? Mais especificamente, uma vez que uma pessoa � infectada, o coronav�rus parece ser significativamente contagioso no contexto humano-humano?

Os modos de transmiss�o humano a humano do v�rus ainda est�o sendo determinados, mas, dadas as evid�ncias atuais, � prov�vel que ele se espalhe pela seguinte forma, de acordo com o Centros de Controle e Preven��o de Doen�as (CDC):

- Atrav�s do ar, por tosse e espirro

- Contato pessoal pr�ximo, como tocar ou apertar as m�os

- Tocar um objeto ou superf�cie com o v�rus e tocar sua boca, nariz ou olhos antes de lavar as m�os

- Em casos raros, contamina��o fecal



Com os dados atuais dispon�veis e minha experi�ncia profissional, n�o acredito que esse novo v�rus seja mais contagioso que o v�rus Influenza. Nesse momento, ambos parecem ter taxas de transmiss�o semelhantes e taxas de fatalidade de casos (atualmente mantendo-se est�veis em cerca de 2%). Obviamente, isso pode mudar e � por isso que devemos monitorar o surto de perto e confiar em resultados de testes de laborat�rio "confirmados e precisos".

3) Quais s�o os principais sintomas associados a esse novo coronav�rus?

Os sintomas variam em gravidade. Os sintomas gerais atuais incluem febre, dificuldade em respirar e tosse. Todos ou quase todos os casos diagnosticados t�m pneumonia, alguns desenvolvem insufici�ncia renal ou disfun��o de outros �rg�os.

4) Como os sintomas desse novo coronav�rus s�o diferentes daqueles que associamos a um resfriado comum e a uma gripe sazonal?

Sabe-se que tanto MERS quanto SARS (coronav�rus anteriores) causam doen�as graves em pessoas (35% e 10%, respectivamente). O quadro cl�nico completo em rela��o ao Covid-19 ainda n�o est� totalmente claro. As doen�as relatadas variaram de pessoas infectadas com pouco ou nenhum sintoma a pessoas gravemente doentes e moribundas. Atualmente, o CDC acredita que os sintomas do Covid-19 podem aparecer entre dois a 14 dias ap�s a exposi��o. Existem investiga��es em andamento para saber mais. Esta � uma situa��o em r�pida evolu��o e as informa��es ser�o atualizadas � medida que estiverem dispon�veis.

5) Em termos de triagem/teste para o coronav�rus e se manter consciente do surto, � medida que continua a se desenvolver, o que as pessoas precisam saber para se proteger e evitar adoecer? Em outras palavras: precisamos fazer muito mais fora das nossas estrat�gias habituais de preven��o de gripes e resfriados (lavagem regular das m�os, descanso, l�quidos suficientes, ficar em casa quando estiver doente, etc.) para nos mantermos seguros durante esse surto?

Os dados no momento nos dizem para tratar esse surto de v�rus da mesma forma que tratar�amos outros agentes respirat�rios, como o resfriado ou gripe comum. Certamente os cidad�os devem prestar aten��o a fontes respeit�veis %u200B%u200Be seguir os conselhos do governo e especialistas em sa�de p�blica. A perspectiva adequada � cr�tica. N�o h� necessidade de p�nico. Todos devemos fazer nossa parte para n�o nos tornarmos parte do problema como um “super espalhador” de informa��es imprecisas ou n�o verificadas em torno desse surto de v�rus. Lembre-se que, todos os anos, milhares de cidad�os lidam com o Influenza, resfriado comum e outros agentes respirat�rios.


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