
De acordo com a portaria 467, publicada no Di�rio Oficial da Uni�o pelo Minist�rio da Sa�de, atendimentos m�dicos � dist�ncia poder�o ser feitos, no Brasil, at� o fim da pandemia. Mesmo com prazo determinado para o fim da regulamenta��o, na opini�o de especialistas, esse m�todo deixar� um legado � �rea m�dica.
A medida, que tem como intuito reduzir o contato humano e, consequentemente, a propaga��o do novo coronav�rus, ocorre por meio de plataformas on-line. A do iMedicina � uma delas. De forma gratuita, consultas em mais de 30 especialidades diferentes s�o oferecidas pelo portal, que conta com cerca de 10 mil profissionais da sa�de registrados, em 22 estados brasileiros.
O m�dico psiquiatra Conrado Pires, um dos especialistas que utilizam a plataforma do iMedicina, afirma que o atendimento remoto surgiu como um facilitador no contato m�dico-paciente, bem como um otimizador de rela��es j� pr�-existentes. “Esse instrumento nos possibilitou manter um contato mais pr�ximo com os pacientes, garantindo agilidade no aux�lio. Al�m disso, conseguimos passar tranquilidade e confian�a a eles, nos colocando � disposi��o sempre que necess�rio.”
Do ponto de vista m�dico, Pires ressalta que as consultas � dist�ncia se tornam essenciais neste per�odo para a continuidade de tratamentos e acompanhamentos regulares.
Segundo ele, com o atendimento via plataforma digital, nenhuma assist�ncia precisa ser interrompida, permitindo ao paciente que continue recebendo aux�lio cl�nico mesmo de longe, no conforto e seguran�a de sua casa, cumprindo o isolamento social e evitando futuros problemas ou patologias que impossibilitem o prosseguimento terap�utico.
Segundo ele, com o atendimento via plataforma digital, nenhuma assist�ncia precisa ser interrompida, permitindo ao paciente que continue recebendo aux�lio cl�nico mesmo de longe, no conforto e seguran�a de sua casa, cumprindo o isolamento social e evitando futuros problemas ou patologias que impossibilitem o prosseguimento terap�utico.
“Comecei a utilizar a telemedicina assim que os conselhos reguladores autorizaram o uso deste m�todo. E, durante o isolamento social, a fermenta me permitiu continuar a acompanhar meus pacientes, evitando que eles se sintam desamparados em um momento cheio de incertezas.”
Pires destaca alguns pontos positivos em rela��o a esse novo tipo de atendimento m�dico, como a praticidade de realizar o atendimento, a possibilidade de o paciente escolher onde se sente mais confort�vel de ser atendido e a agilidade da plataforma, principalmente em momentos que se � necess�rio resolver quest�es urgentes.
No entanto, Pires acredita que alguns aspectos precisam ser ajustados, a fim de otimizar o atendimento. “A curto e a m�dio prazo, acho importante que seja de conhecimento das farm�cias esse novo m�todo, visto que a partir disso receitas digitais ser�o disponibilizadas. At� o momento, tenho encontrado dificuldades em utilizar este recurso com meus pacientes.”
Gabriela Pimentel, m�dica neurologista, tamb�m adotou o m�todo de atendimento � dist�ncia pela iMedicina durante a pandemia. Este foi um meio que a especialista encontrou de manter o contato e acompanhamento de seus pacientes, j� que o consult�rio onde atendia foi fechado temporariamente, em uma decis�o conjunta da m�dica e seus s�cios.
“Dessa forma, posso ajustar medicamentos e dar suporte terap�utico neste momento de crise, em que h� fases de ansiedade, depress�o ou at� enxaqueca devido ao aspecto emocional do paciente”, relata.
Segundo Gabriela, o contato, mesmo de forma digital, n�o tem dificultado a percep��o comportamental em torno de seus pacientes. “Eles j� s�o meus pacientes e eu j� os conhe�o. Ent�o, olho no olho deles e consigo perceber. Como primeira consulta, em que o contato presencial � bem mais importante, tive at� o momento apenas uma paciente, mas foi um quadro de ansiedade, mais f�cil para tratar.”
A engenheira Adriana Milagres, de 40 anos, uma das pacientes de Gabriela, conta sua experi�ncia em torno do atendimento digital e o denota como “�timo”.
“Essas consultas on-line s�o superpr�ticas, principalmente agora, momento em que precisamos evitar sair de casa. A �nica diferen�a � que voc� n�o est� frente a frente com o seu m�dico e ele n�o pode te examinar. Por isso, acredito ser importante que o m�dico j� conhe�a o paciente. Iniciei o acompanhamento por causa da pandemia, pois estou sendo acompanhada pela minha m�dica. Ent�o, assim ela p�de fazer a consulta comigo, olhando para mim, e saber como estou. S� tenho elogios, pelo menos, para consultas rotineiras”, conta.
Legado
Mesmo com o uso da telemedicina restringido pelo Minist�rio da Sa�de ao per�odo de isolamento social, durante a pandemia, especialistas acreditam que aspectos utilizados neste m�todo podem ser herdados. Para o m�dico oftalmologista e CEO do iMedicina, Raphael Trotta, certamente p�s pandemia, esse m�todo surgir� de forma mais forte e poder�, inclusive, ser homologado para uso cont�nuo.
No entanto, o especialista ressalta que ser� necess�rio um melhor desenvolvimento da classe m�dica, para que uma regulamenta��o adequada seja feita, a fim de evitar futuros preju�zos.
No entanto, o especialista ressalta que ser� necess�rio um melhor desenvolvimento da classe m�dica, para que uma regulamenta��o adequada seja feita, a fim de evitar futuros preju�zos.
Trotta pontua, ainda, que a telemedicina pode ser positiva e gerar resultados ben�ficos, mas que precisa de aten��o para que n�o se transforme em um problema, tanto para o m�dico, quando para o paciente. “Se n�o houver uma discuss�o profunda sobre o tema, no �mbito m�dico, certamente poder� haver malef�cios. Ent�o, � importante haver um debate entre os m�dicos e o Minist�rio da Sa�de para que decis�es possam ser tomadas.”
O oftalmologista ressalta que a tecnologia sim, deve ser o maior legado deste m�todo p�s pandemia. “Os m�dicos est�o se atentando muito para este ponto e temos visto uma crescente demanda neste quesito em geral. O que nos coloca em uma �tica interessante. P�s pandemia, acredito que que a �rea m�dica vai estar bem mais preparada no que diz respeito a tecnologia. Acho, tamb�m, que o legado principal que esse per�odo est� trazendo para os m�dicos � a ci�ncia tecnol�gica e a sua utilidade como aliada e n�o somente como algo bom, mas n�o necess�rio. A tecnologia ser� vista como uma solu��o m�dica.”
Seguran�a
Para a cria��o do m�dulo de telemedicina, o iMedicina reuniu mais de 70 desenvolvedores que elaboraram, de forma solid�ria, a plataforma, incluindo pr�ticas de mercado como certifica��o digital e criptografia de dados. O CEO da plataforma destaca que, al�m de seguro, o portal atua em conformidade com a lei e oferece, de forma gratuita, o espa�o digital para todos os m�dicos do Brasil.
“A plataforma � segura e criptografada. Al�m disso, seu acesso facilita o contato m�dico-paciente, visto que o atendimento pode criar e ser feito em um ambiente prop�cio para a consulta e o conforto de ambos.”
Para ter acesso e oferecer atendimento on-line a seus pacientes, o m�dico precisa apenas se cadastrar na plataforma do iMedicina.
* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram