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Estado de Minas Prote��o animal

Moradores de Mariana criam 'c�odom�nio' para c�es de rua

Com o apoio da ONG IDDA, moradores da cidade de Mariana desenvolvem um projeto de aux�lio e ajuda aos c�es de rua. O retorno: muito amor e afeto


11/08/2020 10:30 - atualizado 11/08/2020 10:38

Na foto, o 'cãodomínio', localizado na Arena Mariana, em Mariana, Minas Gerais, e alguns dos voluntários comunitários do projeto: Ricardo, Luciana, Cristiano e Camila
Na foto, o "c�odom�nio", localizado na Arena Mariana, em Mariana, Minas Gerais, e alguns dos volunt�rios comunit�rios do projeto: Ricardo, Luciana, Cristiano e Camila (foto: Ramon Mattos/Divulga��o)

Moradores da cidade de Mariana, em Minas Gerais, desenvolveram um projeto comunit�rio, de ajuda m�tua, chamado “c�odom�nio”, a fim de promover aux�lio e prote��o aos animais de rua. Com a ajuda da ONG IDDA e de demais doa��es, uma casinha foi constru�da no centro da cidade para que os c�es abandonados possam morar.

O intuito, segundo relatos dos volunt�rios, � de que o programa possa ser institu�do em diversos pontos da cidade para que, assim, mais animais sejam contemplados. 

“Inicialmente, a pioneira foi instalada na Arena Mariana, mas a ideia � expandir para outros locais, sempre mantendo o monitoramento de animais. J� estamos, inclusive, mapeando. E essa nova casinha j� est� at� pronta, agora, basta seguirmos os meios de organiza��o para que esta seja implantada em um local adequado e seguro”, conta a assistente social e presidente da ONG IDDA, Luciana Sales, de 28 anos. 

O projeto foi um sonho realizado para v�rias pessoas que, h� anos, lutam pela causa animal. “O c�odom�nio foi um sonho que tive a oportunidade de sonhar e realizar junto com pessoas que tamb�m amam os animais. E hoje posso ver esse projeto t�o sonhado de p�, abrigando e protegendo nossos amigos”, diz a t�cnica de enfermagem Walquiria Aparecida Rodrigues da Silva, de 44 anos. 

As casinhas constru�das para o “c�odom�nio”, nome dado ao projeto devido � rela��o da palavra em si com o que o programa, de fato, se comprometer: oferecer um lar seguro e aconchegante para esses animais, como um condom�nio destinado aos c�es, s�o feitas pelo empres�rio Ricardo Miranda, de 44 anos, um dos respons�veis por colocar em pr�tica essa atividade de prote��o animal

“Sempre amei os animais, mas tudo se intensificou devido a um c�ozinho que sofreu maus tratos na rua onde moro, bem ao lado de minha casa. A situa��o dele era muito grave e acabou n�o resistindo. Foi da� que surgiu a preocupa��o com os v�rios outros animais abandonados, e surgiu a ideia de construir um abrigo para eles. Com a uni�o e o mesmo objetivo, juntei-me a alguns amigos, tamb�m moradores de Mariana, e tonarmos o sonho do c�odom�nio real”, conta Miranda. 

Camila Nayara Costa, al�m de ajudar Miranda, tamb�m dividiu com ele o sonho do “c�odom�nio”. A engenheira ambiental, de 30 anos, conta que o sonho come�ou por meio da tristeza que sentia ao olhar ao seu redor e se deparar com in�meros animais abandonados nas ruas de Mariana, sem nenhum cuidado e, muitas vezes, desnutridos, em busca de alimento ou de um abrigo da chuva. 

“Os c�es passam fome, frio e sede, eles sentem tudo isso, como n�s. Foi a� que despertou, em meu cora��o, uma vontade enorme de poder fazer algo para mudar aquela situa��o, o inverno estava ‘apertando’ e n�o t�nhamos muito tempo. Foi ent�o que, juntamente com a Isabela, idealizamos o projeto e conseguimos ajuda do Ricardo Miranda, que foi um 'anjo' em nosso caminho, n�o hesitou em nos ajudar e se prontificou a construir o c�odominio.” 

A hist�ria n�o acaba na constru��o do “c�odom�nio” para os c�es de rua. Isso porque esses cachorros precisam ser castrados e monitorados, al�m de receber alimento e �gua. Dessa forma, a castra��o � feita pelo Centro de Acolhimento Tempor�rio de Animais (CAA) e as demais a��es realizadas pelos moradores que se disp�em a causa e se envolvem no projeto.  

“O monitoramento � feito diariamente, e nos fins de semana, por volunt�rios comunit�rios. E contamos com doa��es para que a alimenta��o seja mantida. Mas, o foco mesmo � que estes animais n�o dependem somente dessas pessoas j� ligadas � causa, mas, tamb�m, de toda comunidade local. Esperamos que essa a��o contagie mais pessoas a ajudar”, diz a presidente da ONG IDDA.  

O agradecimento pelo “c�odom�nio” vem em forma de carinho, amor e lambidas. E, por isso, o marceneiro Deivison Arlindo de Souza, de 41 anos, diz: “Eu s� tenho a agradecer a todos que ajudaram a tornar esse sonho realidade, esse sonho de ajudar nossos amigos de quatro patas a se protegerem do frio e a viverem melhor. Esses animais apresentam, cada um, seu encanto espec�fico e � gratificante cuidar deles.” 

Por isso, Luciana pontua que esse � um projeto que vale a pena ser replicado e mantido, em raz�o dos v�rios animais abandonados, que necessitam de ajuda, n�o s� em Mariana, mas em todo o pa�s. Mas, pondera que o lugar destes animais � em um lar, com uma fam�lia, e n�o nas ruas da cidade. 

“As pessoas precisam entender que n�o � porque temos essa estrutura que os animais nas ruas est�o seguros e bem. Muito pelo contr�rio, a a��o vem para minimizar os impactos, mas o lugar de um c�o ou gato � em um lar cheio de amor e real seguran�a. Portanto, todos os animais do c�odom�nio est�o para ado��o. A rua oferece s�rios riscos, como atropelamentos, envenenamento, doen�as e muitas outras coisas. E, por isso, se faz t�o importante a guarda respons�vel, o cumprimento das leis e principalmente a esteriliza��o de animais.” 

Prote��o animal 


“O bem-estar dos animais � responsabilidade de todos. � obriga��o do poder p�blico municipal, estadual e federal elaborar a realizar pol�ticas de educa��o ambiental, controle e manejo de animais de rua, e v�rias quest�es de sa�de animal que, no fim das contas, tamb�m s�o de sa�de humana. Mas o que as pessoas t�m dificuldade de perceber � que essa responsabilidade � de todos, de cada um de n�s”, afirma a estudante de direito e volunt�ria da ONG IDDA Isabela Rocha, de 30 anos, ao comentar a import�ncia da prote��o animal

Isabela destaca, ainda, que foi justamente por n�o conseguir “virar as costas” para essa responsabilidade, que o projeto "c�odom�nio" surgiu, em uma a��o de prote��o animal para ajudar c�es abandonados, que, muitas vezes, sofrem maus tratos nas ruas. A volunt�ria da ONG IDDA pontua, ainda, que muitas pessoas se incomodam com a situa��o desses animais, mas nada fazem, o que interfere no trabalho feito por aqueles que buscam ajudar os pets. 

“As pessoas ficam incomodadas ao ver, por exemplo, um animal doente definhando sozinho nas ruas, e acham que culpar o poder p�blico ou avisar uma ONG do ocorrido � suficiente – e n�o �. As ONGs est�o lotadas, atarefadas e marginalizadas, sem qualquer apoio p�blico ou privado. Infelizmente, n�o existem lares e fam�lias para todos os animais. E, apesar de n�o ser o ideal, cuidar de animais comunit�rios na rua, no trabalho ou na escola, faz toda a diferen�a para eles”, diz. 

Portanto, Isabela frisa: “Quem puder, fa�a algo, por menor ou mais insignificante que aquela a��o lhes pare�a. N�o s�o as cren�as que nos fazem pessoas melhores, s�o as nossas atitudes. O maior erro das pessoas � se omitir achando que n�o h� nada que se possa fazer – sempre h� algo a ser feito. Ningu�m precisa ser um super her�i, basta fazer tudo que for poss�vel, nem mais, nem menos.” 

Para saber mais sobre o c�odom�nio, acesse a rede social do projeto. 

* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram 


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