
“Temos, ent�o, uma estase venosa (estagna��o do sangue) que, junto com o refluxo, predisp�e ao incha�o e � sensa��o de dor e peso nos membros inferiores, o que tende a progredir ao longo do dia, � medida que o paciente se mant�m longos per�odos com as pernas para baixo. Com o passar do tempo, essa sobrecarga, al�m de causar o escurecimento das pernas, pode aumentar o risco de �lcera e trombose. Al�m disso, as varizes podem sangrar, ocasionando um quadro de varicorragia, o que pode levar � perda de um elevado volume sangu�neo, que deve ser tratada de imediato”, destaca.
Por isso, a especialista destaca a import�ncia de que um diagn�stico correto seja feito, a fim de evitar danos mais graves e aumentar as chances de efic�cia do tratamento. A constata��o do problema, segundo Luisa, se d� por meio de uma avalia��o cl�nica minuciosa do hist�rico do paciente e de suas queixas, combinada com um exame f�sico.
“O m�todo de testagem mais utilizado � o doppler colorido vascular, ou duplex scan, que � um exame n�o invasivo e indolor. Ele permite avaliar a anatomia e a fun��o dos vasos estudados, mapeando o acometimento das varizes, o refluxo e a presen�a de trombose”, explica a m�dica.
A angiologista afirma que a constata��o da doen�a varicosa � essencial para que o tratamento adequado seja planejado, a partir da an�lise criteriosa de cada caso e suas particularidades. De acordo com Luisa, os m�todos mais eficazes de tratar a doen�a s�o por meio da escleroterapia, ou aplica��o, cirurgia cl�ssica ou abla��o (uma esp�cie de cauteriza��o por calor) por laser ou radiofrequ�ncia.
No entanto, a especialista esclarece que, apesar de poder eliminar as varizes completamente, o tratamento n�o impede que novas varizes apare�am com o passar do tempo, sendo capaz de somente desacelerar esse processo.
CUIDADOS
A angiologista explica que a doen�a varicosa � multifatorial, ou seja, sofre interfer�ncia de diversos fatores, todos eles capazes de influenciar e interferir no aparecimento de marcas na pele, em fun��o do dilatamento das veias. “Alguns desses aspectos s�o a hereditariedade, ou fator familiar, o sexo feminino, o n�mero de gesta��es ou o uso de horm�nios, o sobrepeso, o tabagismo e os h�bitos de vida sedent�rios ou que predisp�em a longos per�odos de p� ou sentado.”
Por isso, a m�dica destaca que � necess�rio repensar h�bitos que possam ser mudados e que s�o influenciadores no aparecimento das varizes. “A pr�tica de atividade f�sica regular � um dos aspectos que podem ser implementados na vida do paciente, a fim de melhorar essa condi��o. Al�m disso, manter o peso, parar de fumar, usar meias de compress�o, quando indicadas, n�o permanecer longos per�odos de tempo parado ou sentado e manter o acompanhamento m�dico com um especialista tamb�m podem contribuir para manter as veias saud�veis.”
O QUE S�O?
A especialista explica que a origem do nome varizes � grega e significa “semelhante a uvas”, em refer�ncia ao aspecto apresentado nas pernas. Ainda segundo ela, as veias varicosas ocorrem porque t�m o di�metro aumentado, s�o mais calibrosas, e suas v�lvulas s�o insuficientes, o que resulta no chamado refluxo, em que o sangue retorna em dire��o aos p�s em vez de seguir em dire��o ao cora��o.
“A dilata��o das veias pode ser classificada com base no calibre do vaso, que � apresentado desde pequenos traumas semelhantes a teias de aranha at� varizes calibrosas, que estufam nas pernas como ‘cachos de uva’. Os vasinhos mais fininhos e azulados ou avermelhados s�o chamados de telan-giectasias. Aqueles um pouco mais calibrosos, mais grossinhos e esverdeados, s�o chamados de vasos reticulares ou nutridores, e costumam estar pr�ximos �s telangiectasias, nutrindo-as. Por fim, as realmente nomeadas de varizes, que s�o as veias mais grossas, dilatadas e estufadas e que geralmente s�o operadas”, detalha.
A doen�a varicosa � multifatorial, ou seja, h� v�rios fatores que influenciam e contribuem para o seu aparecimento. Fique atento as atitudes que podem diminuir a chance de que essas indesejadas marcas apare�am:
» Praticar atividades f�sicas regulares;
» Manter o peso;
» Parar de fumar;
» Usar meias de compress�o, quando indicadas;
» N�o permanecer longos per�odos de tempo parado, de p� ou assentado;
» Manter o acompanhamento m�dico, com um angiologista e/ou cirurgi�o vascular em dia.
Fonte: Luisa Assis, angiologista da Cl�nica Mais Baleia, do Hospital da Baleia
*Estagi�ria sob supervis�o da editora Teresa Caram