
“Os antibi�ticos s�o uma arma poderosa no combate de infec��es por bact�rias. Justamente por isso, eles s�o muito importantes e, inclusive, salvam vidas”, afirma a alergista, imunologista e m�dica assistente do Instituto da Crian�a do Hospital das Cl�nicas (HC) de S�o Paulo Ana Paula Castro.
No entanto, ela alerta que os antibi�ticos s�o capazes de provocar efeitos colaterais no organismo, como o desequil�brio da flora intestinal, tamb�m conhecida como microbiota.”
Assim, tendo em vista o importante papel dessas bact�rias no organismo – equil�brio, funcionamento do intestino e do sistema imunol�gico, entre outros –, o corpo tende a sofrer as consequ�ncias do per�odo, em alguns casos, longo de ingest�o de antibi�ticos.
“Alguns dos sintomas que tendem a surgir s�o a diarreia, intoler�ncia, dor de barriga e de est�mago e v�mitos”, cita Ana Paula Castro. Outros sinais poss�veis do aparecimento e/ou agravamento do desequil�brio intestinal s�o manifesta��es al�rgicas, como urtic�ria, e quadro anafil�tico grave, em casos mais fortes da doen�a.
Al�m do uso prolongado de antibi�ticos, a disbiose – desequil�brio da flora intestinal – pode ter como causa o estresse, o alcoolismo, a baixa imunidade e a alimenta��o desregulada, com poucas fibras, excesso de alimentos industrializados e a��car.
Desse modo, a alergista destaca que o acompanhamento m�dico ou nutricional � de suma import�ncia durante o diagn�stico e consequente tratamento de infec��es, bem como ter cautela com a prescri��o do medicamento, n�o fazendo uso indiscriminado e sem receita.
Desse modo, a alergista destaca que o acompanhamento m�dico ou nutricional � de suma import�ncia durante o diagn�stico e consequente tratamento de infec��es, bem como ter cautela com a prescri��o do medicamento, n�o fazendo uso indiscriminado e sem receita.
E, isso porque, conforme elucidado por Ana Paula Castro, qualquer pessoa pode estar suscet�vel a sofrer com as fragilidades impostas pelo uso de antibi�ticos. Ou seja, independentemente de um intestino saud�vel, as consequ�ncias do medicamento podem ser percebidas, uma vez que ela sempre ser� afetada.
“Pessoas que t�m o intestino mais fr�gil tem maiores chances de ter sintomas piores. E, �s vezes, mesmo com o desequil�brio, os sinais podem ser pouco percept�veis. Mas isso varia muito.”
“Pessoas que t�m o intestino mais fr�gil tem maiores chances de ter sintomas piores. E, �s vezes, mesmo com o desequil�brio, os sinais podem ser pouco percept�veis. Mas isso varia muito.”
Nesse cen�rio, a especialista recomenda o uso de probi�ticos para repor a flora intestinal e minimizar os estragos feitos pelo antibi�tico. “As pessoas, ao perceberem os sintomas, costumam paralisar o tratamento medicamentoso. Por�m, isso atrapalha a recupera��o do paciente, bem como a resolu��o da infec��o. Por isso, n�o se pode simplesmente interromper o uso, basta recorrer aos probi�ticos e eles propiciam um tratamento sem muitos efeitos colaterais e recomp�em a sa�de da microbiota.”
O presidente eleito da Federa��o Brasileira de Gastroenterologia, D�cio Chinzon, recomenda que o uso do probi�tico seja feito em conjunto com o antibi�tico, de prefer�ncia assim que o medicamento for incorporado como tratamento de infec��es.
Segundo ele, o uso pode at� mesmo ser incorporado antes do in�cio da administra��o dos rem�dios, a fim de evitar que os sinais apare�am e manter a flora intestinal saud�vel.
Segundo ele, o uso pode at� mesmo ser incorporado antes do in�cio da administra��o dos rem�dios, a fim de evitar que os sinais apare�am e manter a flora intestinal saud�vel.
“� importante lembrar que � necess�rio ter um intervalo de pelo menos tr�s horas entre a ingest�o do antibi�tico e a do probi�tico. Al�m disso, e importante manter o uso do probi�tico mesmo depois de finalizado o tratamento para, assim, manter a microbiota em equil�brio”, ressalta.
Ana Paula Costa alerta, ainda, para a necessidade de ingerir, via oral, o probi�tico sem o acompanhamento de alimentos quentes. “Eles podem inativ�-los”, diz.
Mais aliados
Para al�m do uso concomitante do antibi�tico e do probi�tico, D�cio Chinzon salienta que a alimenta��o � fundamental para recompor a microbiota intestinal. “Uma alimenta��o leve, que n�o estimule o funcionamento do intestino e que seja baseada em carboidratos, fundamentalmente com pouco teor de prote�na, � a ideal. O consumo de fibras, alimentos de dif�cil digest�o e aqueles os quais o paciente pode ser intolerante devem ser evitados.”
Ainda, D�cio Chinzon destaca ser importante que o alerta esteja ligado quanto a administra��o de antibi�ticos por tempo prolongado, em raz�o da possibilidade de haver o desenvolvimento de outras patologias.
“Quanto maior for o espectro do medicamento para atingir v�rios tipos de bact�rias, maior � a probabilidade de o indiv�duo desenvolver outra doen�a, uma infec��o por Closteridium, por exemplo. Essa � uma infec��o grave, dif�cil de tratar e recorrente, que pode at� gerar risco de morte”, pontua.
“Quanto maior for o espectro do medicamento para atingir v�rios tipos de bact�rias, maior � a probabilidade de o indiv�duo desenvolver outra doen�a, uma infec��o por Closteridium, por exemplo. Essa � uma infec��o grave, dif�cil de tratar e recorrente, que pode at� gerar risco de morte”, pontua.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram