O v�rus ainda permanece surpreendendo m�dicos e cientistas e provocando muitas d�vidas quanto ao seu comportamento e caracter�sticas. Uma prova disso, � a nova variante que levou ao decreto de outro lockdown na Inglaterra.
V�rias perguntas continuam sem respostas, mas algumas delas j� est�o sendo esclarecidas. � o caso das varia��es de manifesta��o da doen�a em cada paciente.
O cl�nico geral e CEO da Cl�nica Penchel, Lucas Penchel, explica que as taxas de muta��o e recombina��o gen�tica do Sars-Cov-2 – v�rus respons�vel pela COVID-19 – s�o muito altas e isso faz com que a infec��o produza diferentes efeitos nos pacientes, at� mesmo em um sistema imunol�gico j� adaptado.
Segundo o m�dico, a imunidade de cada pessoa tamb�m deve ser levada em considera��o. “Alguns pacientes podem apresentar apenas sintomas de um resfriado, outros podem evoluir para um quadro mais grave e serem hospitalizados. Em determinadas situa��es, o v�rus pode at� levar ao �bito”, ressalta.
Sistema Imunol�gico
Ainda de acordo com Penchel, “o sistema imunol�gico possui um importante papel para definir a capacidade de recupera��o ou o n�vel de gravidade de cada caso. Uma grande parcela das mortes ocasionadas pelo novo coronav�rus, se deve a exist�ncia de sistemas imunol�gicos fragilizados. Uma pessoa nestas condi��es possui um mecanismo de defesa ineficiente e com dificuldades em oferecer a correta resposta de prote��o contra os danos causados pelo v�rus. Por isso, os chamados grupos de riscos necessitam de maior aten��o”, aponta.
Para o m�dico, a COVID-19 pode se desenvolver de forma semelhante ao c�ncer e ao Alzheimer. “Em ambos os casos, essas patologias podem estar instaladas no organismo, mas permanecerem impercept�veis por um per�odo de tempo. Estes eventos est�o atrelados diretamente a carga gen�tica do paciente”, afirma.
H�bitos de vida e caracter�sticas
“Algumas pessoas possuem altera��es em seus genomas que podem impulsionar modifica��es no sequenciamento gen�tico do DNA. Estas ocorr�ncias acabam acarretando defici�ncias na produ��o de prote�nas e, consequentemente, podem estimular o surgimento de doen�as”, explica Penchel.
Alguns pacientes, no entanto, podem carregar tais muta��es e mesmo assim, n�o apresentar nenhum sintoma das poss�veis enfermidades favorecidas por seus atributos gen�ticos. Segundo o m�dico, o aparecimento ou n�o dos sinais dessas doen�as at� ent�o assintom�ticas, depender� dos h�bitos de vida e caracter�sticas do paciente, como por exemplo, a rotina alimentar, o consumo ou n�o de cigarros e bebidas alco�licas, o sedentarismo, a faixa et�ria, o peso e o n�vel de exposi��o � polui��o.
“Um sistema imunol�gico em condi��es mais favor�veis, pode evitar que alguns pacientes desenvolvam infec��es”, afirma.
Assim, na pandemia do novo coronav�rus, cada caso � espec�fico. “At� mesmo o n�vel de contato com o v�rus pode influenciar no surgimento ou n�o de sintomas. Quanto menor o contato com o Sars-Cov-2, menor ser� a gravidade no organismo humano”, destaca.
“Isso explica a recomenda��o dos �rg�os de sa�de para a utiliza��o das m�scaras, especialmente, as feitas de algod�o em dupla camada e o uso do �lcool em gel, pois eles previnem a propaga��o do v�rus e impedem o surgimento de casos de reinfec��o. At� a chegada da vacina, eles s�o as �nicas armas que temos contra a COVID-19”, completa.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Jociane Morais