
“Era uma pinta que s� crescia. E isso foi reflexo da minha inf�ncia, pois, quando eu era bem menina, ajudava meus pais na ro�a e ficava exposta ao sol sem conhecimento de todo o mal que isso fazia. E ao longo dos anos segui com o h�bito de n�o usar protetor solar”, conta.
Essa exposi��o cr�nica lesa o DNA das c�lulas da pele, gerando muta��es que favorecem o surgimento desses tumores. Por isso, a import�ncia de que a preven��o tenha in�cio ainda na inf�ncia.
“Quando a pessoa for se expor, � muito importante que ela se atente aos cuidados b�sicos, os quais podem salvar a pele de um futuro c�ncer de pele. S�o eles, o uso do filtro solar e de barreiras f�sicas, como bon�s, chap�us e malhas de prote��o”, informa o dermatologista Lucas Miranda.
“Quando a pessoa for se expor, � muito importante que ela se atente aos cuidados b�sicos, os quais podem salvar a pele de um futuro c�ncer de pele. S�o eles, o uso do filtro solar e de barreiras f�sicas, como bon�s, chap�us e malhas de prote��o”, informa o dermatologista Lucas Miranda.
Ele destaca, ainda, que o filtro solar, por exemplo, n�o deve ser passado no corpo e no rosto apenas nos fins de semana de sol na piscina ou na praia, devendo ser usado todos os dias, antes de sair de casa e reaplicado em boa quantidade a cada duas horas, independentemente do dia estar ensolarado, nublado ou frio.
Se houver transpira��o, esse retoque deve ser feito mais vezes. “O fator m�nimo de prote��o deve ser 30 e o produto utilizado deve ser testado dermatologicamente”, recomenda.
Se houver transpira��o, esse retoque deve ser feito mais vezes. “O fator m�nimo de prote��o deve ser 30 e o produto utilizado deve ser testado dermatologicamente”, recomenda.
Segundo o oncologista do Hospital Fel�cio Rocho Oct�vio de Castro, o uso de �culos escuros com prote��o UV e a n�o exposi��o exagerada ao sol, principalmente entre 9h e 15h – per�odo de pico da radia��o prejudicial ao corpo e pele –, tamb�m s�o �timos aliados na busca pela preven��o aos tumores de pele.
Al�m do sol, os fatores gen�ticos tamb�m podem provocar o aparecimento da doen�a. Assim sendo, os pacientes que tenham casos de c�ncer de pele na fam�lia, sobretudo em parentes de primeiro grau, devem redobrar a aten��o.
Al�m do sol, os fatores gen�ticos tamb�m podem provocar o aparecimento da doen�a. Assim sendo, os pacientes que tenham casos de c�ncer de pele na fam�lia, sobretudo em parentes de primeiro grau, devem redobrar a aten��o.
Idosos, pessoas de pele clara, com sardas, de cabelo ruivo ou louro e de olhos claros fazem parte do grupo de risco ao acometimento pela patologia e, por isso, devem redobrar os cuidados. Pessoas sem hist�rico familiar ou fatores de risco para o desenvolvimento do c�ncer de pele tamb�m devem manter a assist�ncia m�dica com um especialista em dermatologia.
SINAIS
Diferentemente de outros c�nceres, como o de pulm�o ou o de f�gado, por exemplo, que n�o est�o expostos no dia a dia e, por isso, necessitam de exames de imagem para serem detectados, o c�ncer de pele � vis�vel.
Justamente por isso, para chegar ao diagn�stico de tumor na pele, basta que uma aten��o maior seja destinada ao cuidado da epiderme. Nesse cen�rio, conhecer o corpo � muito importante.
Justamente por isso, para chegar ao diagn�stico de tumor na pele, basta que uma aten��o maior seja destinada ao cuidado da epiderme. Nesse cen�rio, conhecer o corpo � muito importante.
“Os melanomas costumam se iniciar como uma pinta bem escura. Frequentemente, � poss�vel perceber que ela est� crescendo em um ritmo mais acelerado do que as outras pintas do corpo. Por vezes, se espalha em formas irregulares e as pintas t�m �reas de diferente tonalidade de marrom”, explica Oct�vio de Castro, que destaca, ainda, que, no caso dos tumores n�o melanoma, as les�es apresentam um crescimento mais lento.
“Eventualmente, essas manchas ulceradas – feridas – se formam na face, narinas, orelhas, cabe�a e tronco. Ou seja, os locais que mais recebem sol ao longo da vida”, completa o oncologista do Hospital Fel�cio Rocho.
Al�m disso, o dermatologista Lucas Miranda pontua que os pacientes precisam ficar em alerta caso reconhe�am les�es na pele com apar�ncia elevada e brilhante, transl�cida, avermelhada, castanha, r�sea ou multicolorida, com crosta central e que sangre facilmente.
Al�m disso, o dermatologista Lucas Miranda pontua que os pacientes precisam ficar em alerta caso reconhe�am les�es na pele com apar�ncia elevada e brilhante, transl�cida, avermelhada, castanha, r�sea ou multicolorida, com crosta central e que sangre facilmente.
Pintas pretas ou castanhas, que mudam de cor, apresentem bordas irregulares e/ou aumentem de tamanho tamb�m podem ser ind�cios de que algo n�o est� correto com a sa�de da pele, podendo indicar, inclusive, a incid�ncia de c�ncer. “Machucados que n�o cicatrizam tamb�m s�o pontos de aten��o.”
TRATAMENTO
Se a pessoa n�o se cuida, ou n�o valoriza uma les�o suspeita, o c�ncer de pele pode crescer e acometer outros tecidos. Os tumores n�o melanoma costumam crescer localmente, invadindo a pele, cartilagens e ossos ao redor e tem um menor potencial de se disseminar para outros �rg�os.
Por�m, os melanomas s�o tumores de comportamento muito mais agressivos e, se permitidos crescerem, com frequ�ncia invadem vasos sangu�neos e linf�ticos, por onde trafegam at� se instalarem em outros �rg�os como f�gado, pulm�o, ossos ou c�rebro, tornando a situa��o do paciente muito mais complexa.
Por�m, os melanomas s�o tumores de comportamento muito mais agressivos e, se permitidos crescerem, com frequ�ncia invadem vasos sangu�neos e linf�ticos, por onde trafegam at� se instalarem em outros �rg�os como f�gado, pulm�o, ossos ou c�rebro, tornando a situa��o do paciente muito mais complexa.
Justamente por isso, o oncologista Oct�vio de Castro destaca a import�ncia de que, quando diagnosticado, os pacientes com c�ncer de pele se submetam a tratamentos eficazes, sempre mantendo a prote��o contra os raios ultravioletas (UV).
“Pode-se minimizar o risco de desenvolver novas les�es seguindo as recomenda��es de prote��o solar. No entanto, � importante frisar que esses indiv�duos t�m uma chance maior de desenvolver novas les�es devido ao dano j� sofrido previamente.”
“Pode-se minimizar o risco de desenvolver novas les�es seguindo as recomenda��es de prote��o solar. No entanto, � importante frisar que esses indiv�duos t�m uma chance maior de desenvolver novas les�es devido ao dano j� sofrido previamente.”
Segundo o oncologista, se diagnosticada ainda bem pequena e inicial, as chances de cura da doen�a se aproximam de 100%. Al�m disso, a terapia deve ser iniciada imediatamente, seja por meio de cirurgia, ou r�dio/quimioterapia.
OSSOS
Haja vista a import�ncia da vitamina D para o fortalecimento �sseo e muscular, bem como para bom funcionamento do sistema imunol�gico e a necessidade de se evitar a exposi��o solar em raz�o do c�ncer de pele, a dermatologista Michelle Diniz destaca que h� outras formas de o organismo n�o sofrer com a defici�ncia da vitamina.
“N�o recomendamos que o paciente se exponha ao sol, pois ele pode at� aumentar a vitamina D no corpo, mas isso vai impulsionar as chances de c�ncer de pele.”
“N�o recomendamos que o paciente se exponha ao sol, pois ele pode at� aumentar a vitamina D no corpo, mas isso vai impulsionar as chances de c�ncer de pele.”
� importante que a reposi��o ocorra de forma a n�o prejudicar a sa�de, at� mesmo com a administra��o de doses di�rias. “Por�m, � essencial que haja um acompanhamento m�dico com dosagem correta dos n�veis de vitamina D no corpo, isso porque a autoavalia��o pode resultar no excesso e ter um aumento excessivo de c�lcio no corpo e no rim, favorecendo o aparecimento de c�lculo renal e, em alguns casos, podendo haver quadros cl�nicos de insufici�ncia renal por intoxica��o”, diz Michelle Diniz.
* Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram
Previna-se do c�ncer de pele
» Evite o sol entre 9h e 15h
» Use camiseta, chap�u de abas largas, sombrinha e guarda-sol
» Lembre-se dos �culos escuros com prote��o UV
» Aplique o protetor solar diariamente (fator de prote��o de no m�nimo 30) e repita a aplica��o a cada duas horas
Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)