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Estado de Minas Vacina

Estudo brasileiro aponta 78% de efic�cia da Coronavac para evitar COVID-19

Imunizante desenvolvido pelo Instituto Butantan com a chinesa Sinovac tamb�m tem efic�cia de 100% para pacientes com quadros moderados e graves da doen�a


07/01/2021 13:00 - atualizado 07/01/2021 13:55

(foto: Nelson Almeida/AFP)
(foto: Nelson Almeida/AFP)

Desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a empresa farmac�utica chinesa Sinovac, a vacina Coronavac tem 78% de efic�cia contra a infec��o pelo coronav�rus (principalmente em casos de atendimento ambulatorial), conforme conclus�o dos estudos cl�nicos de fase 3 realizados no Brasil pelo instituto. O �ndice se aplica � preven��o de quadros leves da doen�a. Para casos graves e moderados da COVID-19, conforme o governo, a vacina em quest�o alcan�a 100% de efic�cia, o mesmo que acontece em situa��es de interna��o hospitalar.

O diferencial da Coronavac � a tecnologia mais comum de partir do v�rus inativado para induzir a rea��o do sistema imunol�gico, com demanda de armazenamento mais simples, ainda com custo menor se comparada �s demais que v�m sendo apresentadas por outros laborat�rios em diferentes pa�ses. Todo detalhamento da pesquisa ser� divulgado em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (7/1).  No Brasil, 7,8 milh�es de pessoas j� foram infectadas pelo coronav�rus, e s�o quase 200 mil mortos no balan�o recente.

A disponibiliza��o p�blica dos dados acontece depois de dois adiamentos e confus�o sobre os n�meros. Sobre essa mudan�a nas datas de divulga��o dos resultados do estudo sobre a Coronavac, o virologista da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e do CT Vacinas, Fl�vio da Fonseca, pontua que a expectativa era mesmo de que a efic�cia do imunizante n�o seria t�o elevada, no paralelo, por exemplo, �s vacinas da americano-alem� Pfizer/BioNTech (95% de efic�cia) e da americana Moderna (94,5%), o que teria motivado os adiamentos. A quest�o � que, se consideradas outras vacinas que j� s�o aplicadas em outros pa�ses, o "sarrafo" aumentou, como avalia o especialista.

"Efic�cia de 78% � relativamente baixa, mas acima dos limites preconizados pela Organiza��o Mundial da Sa�de e Food and Drugs Administration (FDA), nos EUA, que pedem um n�vel m�nimo de 50%. O resultado da Coronavac n�o � fant�stico, mas n�o diria que � um fracasso, principalmente diante da situa��o de emerg�ncia e crise. � uma ferramenta importante", opina o virologista.

Sob seu ponto vista, Fl�vio da Fonseca diz que � poss�vel a aplica��o da Coronavac, principalmente se levado em conta que o Brasil ainda n�o conta com um programa correto e s�rio de imuniza��o, em suas palavras. "N�o temos nada at� agora. A vacina � uma demanda global gigantesca. Nenhum laborat�rio vai conseguir sozinho disponibilizar vacinas para o mundo inteiro, ainda mais considerando pa�ses mais populosos, como o Brasil. Teremos que trabalhar com a oferta e associa��o entre diferentes vacinas, para diferentes grupos", diz.

Ele explica: a vacina da Pfizer, por exemplo, ainda sem indica��o de chegada ao Brasil, se isso acontecesse poderia ser usada para grupos de maior risco, o que poderia ser associado � Coronavac, com efic�cia menor, para grupos de menor risco. Se avaliadas as outras vacinas dispon�veis para doen�as j� tratadas e conhecidas, Fl�vio da Fonseca lembra que o Programa Nacional de Imuniza��o (PNI) no Brasil disponibiliza vacinas entre 85% e 95% de efic�cia (como para gripe, febre amarela, vacinas para infec��es virais e bacterianas). E todas s�o importantes, com indica��o vari�vel conforme o perfil espec�fico da popula��o alvo.

Em rela��o � COVID-19, o especialista lembra que as vacinas disponibilizadas em menos de um ano j� s�o um avan�o diante de uma emerg�ncia sanit�ria desse porte - tempo que seria bem maior em situa��es normais. "Agora a efic�cia pode n�o ser t�o elevada, mas os laborat�rios v�o continuar trabalhando para obter vers�es melhores e mais eficientes dos imunog�nicos", pondera. Sobre a Coronavac, por enquanto, o Butantan confia no pedido de uso emergencial, e a Anvisa pode se manifestar no prazo m�ximo de 10 dias ap�s a solicita��o.

Em Belo Horizonte, o prefeito Alexandre Kalil (PSB) formalizou em dezembro, junto ao governador de S�o Paulo, Jo�o Doria (PSDB), a aquisi��o de doses da Coronavac, a fim de imunizar profissionais da sa�de na cidade, p�blicos e privados. Essa seria uma alternativa, caso o Minist�rio da Sa�de n�o libere o acesso a imunizantes sem a necessidade de interven��o dos executivos municipais. A PBH tamb�m manifestou interesse na vacina da Pfizer/BioNtech, com a��o conjunta com a UFMG para armazenamento da vacina, que precisa ser colocada a 70ºC negativos.

Em procunciamento, nessa quarta-feira (6/1), o ministro da Sa�de, Eduardo Pazuello, divulgou a disponibiliza��o de 100 milh�es de doses da Coronavac no pa�s em 2021. No total, ele afirmou que o Brasil conta com 354 milh�es de doses de vacina garantida para 2021, dentre outras 254 milh�es vindas da parceria da AstraZeneca/Oxford com a Fiocruz.

Os estudos de fase 3 da Coronavac tamb�m s�o conduzidos na Turquia, na Indon�sia, no Chile e em Bangladesh. Na China, onde quase 700 mil pessoas receberam a vacina, o imunizante est� entre os tr�s liberados para uso emergencial desde julho do ano passado. Os indon�sios aprovaram a aplica��o a partir do dia 13.


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