
Na vida real, esta ato de amor s� � poss�vel se a gesta��o for de um parente, conforme resolu��o do Conselho Federal de Medicina (CFM) no qual a paciente que ser� barriga solid�ria deve pertencer � fam�lia de um dos parceiros, em parentesco consangu�neo at� o quarto grau (m�e, filha, av�, irm�, tia, sobrinha ou prima). O procedimento � �tico desde que n�o haja transa��o comercial ou lucrativa. Esta doa��o aconteceu entre as irm�s Solana Guimar�es Henrique do Amaral Ferreira e Anaterra Guimar�es.
Depois que Solana passou por nove fertiliza��es in vitro e perdeu todas as seis gesta��es, inclusive uma de g�meos, Anaterra se ofereceu para gerar o beb� t�o desejado pela irm� e o marido, Daniel Fl�vio Mendes Ferreira. Ap�s algumas recusas, enfim Solana aceitou o ato da irm� e neste s�bado (20/02), ela e Daniel deixaram a Maternidade Otaviano Neves com Dante nos bra�os, um beb� de 3,6 quilos e medindo 49 cent�metros. Anaterra, que j� tem uma filha de 6 anos, a Cec�lia, disse que se sente realizada por ter concretizado o sonho da irm�.
O casal de m�dicos ginecologistas e obstetras, Mariza Chagas Sales e Walter Tavares Sales, fez o parto de Dante. Com 38 e 40 anos de profiss�o respectivamente, foi a primeira vez que os doutores fizeram um parto de uma barriga solid�ria. Procedimento que ocorreu pela fertiliza��o in vitro no qual o �vulo de Solana e o espermatozoide de Daniel deram origem ao �vulo que foi implantado no ventre de Anaterra. “Foi lindo. Um ato de amor. Uma experi�ncia inovadora dentro de todos os crit�rios estabelecidos pelo CFM e tudo seguiu os passos da evolu��o da ci�ncia. A Anaterra teve um pr�-natal com muita tranquilidade e se comportou como tia o tempo todo”, destaca a m�dica.

A m�dica enfatiza o lado humano, doador e tamb�m de sacr�fico da irm�, Anaterra. Principalmente neste momento, no qual o mundo vive uma pandemia de COVID-19, o que aumentaria os riscos. Mas todos os cuidados foram tomados e tudo correu bem: “Um pr�-natal n�o � f�cil, foi mesmo uma doa��o. E ela n�o teve nenhuma intercorr�ncia. Um apoio muito bonito, de toda a fam�lia”.
CORD�O UMBILICAL E AMAMENTA��O
A sexta-feira, no momento da alta, foi outro dia de muita emo��o conforme a ginecologista. “A cena da m�e saindo com o nen�m no colo e a tia e o marido tranquilos, foi espetacular”.
A ginecologista conta que a m�e assistiu ao parto e foi quem 'cortou o cord�o umbilical e j� amamentou seu filho dentro da sala de parto. Com medicamento, n�s preparamos seus seios para que pudesse amamentar (indu��o da prolactina, horm�nio secretado pela adenoip�fise e tem como principal fun��o estimular a produ��o de leite pelas gl�ndulas mam�rias e o aumento das mamas). A Solana tem muito leite, a pediatra j� falou que nem vai precisar de complemento. E o Dante sugou muito'.
A ginecologista conta que a m�e assistiu ao parto e foi quem 'cortou o cord�o umbilical e j� amamentou seu filho dentro da sala de parto. Com medicamento, n�s preparamos seus seios para que pudesse amamentar (indu��o da prolactina, horm�nio secretado pela adenoip�fise e tem como principal fun��o estimular a produ��o de leite pelas gl�ndulas mam�rias e o aumento das mamas). A Solana tem muito leite, a pediatra j� falou que nem vai precisar de complemento. E o Dante sugou muito'.