(none) || (none)
Publicidade

Estado de Minas TECNOLOGIA NO COMBATE A PANDEMIA

COVID-19: UFMG desenvolve tecnologia que protege superf�cies contra o v�rus

Uma parceria com empresa t�xtil viabilizou a produ��o de um composto qu�mico que preserva grandes ambientes do coronav�rus por at� 28 dias


23/02/2021 19:17 - atualizado 23/02/2021 20:15

Balcão de atendimento no aeroporto de Viracopos revestido com a fita adesiva(foto: Erhena/Divulgação )
Balc�o de atendimento no aeroporto de Viracopos revestido com a fita adesiva (foto: Erhena/Divulga��o )
Uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e uma empresa t�xtil de Jundia�, interior de S�o Paulo, desenvolveu um composto qu�mico que protege grandes ambientes do Sars-CoV-2, v�rus que provoca a COVID-19, por at� 28 dias. 
 

A UFMG � detentora da patente desenvolvida por pesquisadores dos departamentos de Qu�mica, do Instituto de Ci�ncias Exatas (ICEx), e de Odontologia Restauradora, da Faculdade de Odontologia. J� a empresa Erhena, da ind�stria t�xtil, estava em busca de inova��es para o setor, com o objetivo de combater a pandemia. 

O encontro ocorreu em abril do ano passado e o fruto desta parceria � o composto qu�mico Nanoativ. O produto se revelou um potente antiviral, capaz de proteger grandes ambientes do coronav�rus por at� 28 dias.

Tecnologia desenvolvida em tempo recorde


O desenvolvimento da tecnologia, os testes, a aprova��o e o dep�sito da nova patente ocorreram em oito meses, tempo considerado recorde para os padr�es no campo da inova��o. E s� foi poss�vel em raz�o do aproveitamento de estudos anteriores, conforme explica o coordenador da pesquisa e chefe do Departamento de Qu�mica da UFMG, professor Rub�n Dario Sinisterra. 

Segundo ele, a professora Maria Esperanza Cort�s e dois ex-p�s-graduandos da Faculdade de Odontologia, Andr� Pataro e Michel Furtado Ara�jo, j� haviam gerado uma patente concedida � UFMG pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em 2017, para ser usada em enxaguantes bucais e em doen�as periodontais.

O professor conta que o Departamento de Qu�mica estava fazendo pesquisas de car�ter emergencial para o combate ao coronav�rus quando recebeu a demanda da empresa Erhena, por um composto antiviral que pudesse ser aplicado em tecidos. “Imediatamente, propus que o potencial antiviral do composto patenteado fosse avaliado", comenta.

Confiante na capacidade antiviral da subst�ncia, Rub�n Dario e os p�s-graduandos Alfonso Martinez e Daniel Grajales, do Programa de Inova��o Tecnol�gica e Biofarmac�utica da UFMG, desenvolveram novas pesquisas tendo essa patente como refer�ncia.

Tamb�m foram feitas adequa��es para possibilitar a absor��o da tecnologia em tecidos encaminhados pela empresa t�xtil. “Os testes antivirais realizados no laborat�rio da Unicamp pela professora Clarice Weins Arns, j� em julho, apresentaram excelentes resultados, o que trouxe �timas expectativas”, afirma o professor.

Testes in loco


Ap�s os ensaios em laborat�rio, a tecnologia precisava ser testada em diferentes ambientes para comprovar a sua efic�cia. Isso foi poss�vel com a intermedia��o da empres�ria e empreendedora Renata Iwamizu, que envolveu a Ehrena e uma produtora brasileira de fitas adesivas, a Adelbras. Usando a tecnologia da UFMG, as empresas desenvolveram uma fita adesiva experimental com o Nanoativ em sua composi��o, inserido j� no processo de fabrica��o.

Com o produto piloto pronto, os testes de efic�cia foram realizados em uma �rea de 300 metros quadrados em diferentes ambientes no aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de S�o Paulo. A fita adesiva, vis�vel, foi afixada em �reas com grande movimento de pessoas, sujeitas a toques frequentes de m�os, como balc�es de atendimento, ma�anetas de portas e corrim�es de escadas.

Entre o fim de novembro e o fim de dezembro do ano passado, foram realizadas an�lises microbiol�gicas semanais, a cargo dos laborat�rios da UFMG, que comprovaram a efic�cia da tecnologia aplicada. “Os testes demostraram a capacidade antiviral e tamb�m antibacteriana da fita, que preservou o ambiente livre de v�rus como o novo coronav�rus e de diferentes bact�rias por at� 28 dias”, explica Rub�n Dario.

O composto dispensa o uso de solventes e �lcool e utiliza encapsulante de origem renov�vel. Entre as vantagens da tecnologia, est� a sua n�o volatilidade, o que prolonga sua a��o antiviral e antibacteriana.

Novas aplica��es


A UFMG e a Ehrena est�o estudando novas aplica��es para a tecnologia por meio de testes com cosm�ticos, produtos hospitalares, saneantes e veterin�rios. 

“A tecnologia mostrou-se muito promissora ap�s diversos testes de aplica��o que desenvolvemos, conferindo caracter�sticas antivirais por tempo prolongado em diferentes produtos, e n�o apenas do setor t�xtil”, diz Renata Iwamizu, fundadora da Ehrena. H� 20 anos atuando na ind�stria t�xtil, Iwamizu � detentora de patentes nacionais e internacionais que envolvem produtos nanotecnol�gicos e a funcionaliza��o de tecidos.

J� a UFMG � uma das institui��es de pesquisa que lideram o registro de patentes e a transfer�ncia de tecnologia no Brasil, com mais de 1.100 dep�sitos. 
 
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Jo�o Renato Faria


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)