A Funda��o Ezequiel Dias (Funed), por meio do Laborat�rio Central de Sa�de P�blica (Lacen), apresentou os resultados iniciais do estudo feito em parceria com o Minist�rio da Sa�de (MS) e a Organiza��o Pan-Americana de Sa�de (OPAS), para reduzir os n�veis de a��cares em alimentos.
O trabalho faz parte do Plano de Redu��o de A��cares em Alimentos Industrializados, assinado pelas institui��es do setor produtivo de alimentos em agosto do ano passado. O objetivo � avaliar o perfil nutricional e o cumprimento de regras de redu��o dos teores de a��cares nas principais categorias de alimentos do plano, por meio de an�lise qu�mica e de r�tulo.
Al�m disso, o estudo visa aprimorar as metodologias que determinam a quantidade de a��car nos alimentos em laborat�rios oficiais. O trabalho � executado na Divis�o de Vigil�ncia Sanit�ria e Ambiental (Divisa), pelos servi�os de An�lise de Rotulagem (Sarot), F�sico – Qu�mica de Produtos (SFQP) e Qu�mica Especializada (SQE) do Lacen/Funed.
As primeiras an�lises dos r�tulos dos produtos revelaram que, em alguns alimentos, h� diversas composi��es nutricionais dentro da mesma categoria alimentar. A bebida l�ctea, por exemplo, tem um teor de at� 400% do conte�do de a��cares. Por outro lado, o conhecido biscoito waffer, tem valores variados at� 300%.
“Isso significa que um fabricante utiliza, de maneira geral, cerca de tr�s ou quatro vezes mais a��car do que outro”, explica Cristiane Goddard, uma das coordenadoras do trabalho na Funed.
A coordenadora tamb�m explica que, entre as atividades realizadas, est�o a an�lise de rotulagem, valida��o de metodologias e a determina��o de a��cares totais nos produtos, como: bebidas ado�adas (refrigerantes, n�ctares e refrescos), biscoitos (waffers ou doces, com e sem recheio), bolos e misturas, l�cteos (bebidas l�cteas, iogurtes, leites fermentados e Petit Suisse) e achocolatados em p�.
“No que diz respeito �s an�lises f�sico-qu�micas, testes de refratometria e polarimetria foram realizados em bebidas ado�adas e achocolatadas”, disse Cristiane.
A refratometria e a polarimetria s�o recursos utilizados em laborat�rio de an�lises. A primeira usa �ndices de refra��o de l�quidos para determinar o a��car nos alimentos. J� a segunda, usa o polar�metro para auxiliar na distin��o de diferentes solu��es de a��car.
Alto consumo
Segundo Val�ria Martins, chefe do Servi�o de An�lise de Rotulagem do Lacen/Funed e tamb�m coordenadora do projeto, esses alimentos com alto teor de a��car s�o os mais consumidos pelos brasileiros.
“O consumo exacerbado desses alimentos pode tamb�m contribuir para o aumento de doen�as cr�nicas n�o transmiss�veis, a exemplo da diabetes e da obesidade”, alerta.
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), orienta que o consumo de a��cares deve ser baixo. De acordo com dados do Minist�rio da Sa�de, a popula��o brasileira consome 50% a mais de a��car do que o recomendado pela OMS. Isso quer dizer que, diariamente, cada cidad�o ingere em m�dia 18 colheres de ch� de a��car.
Os dados mostraram, ainda, que 64% dos brasileiros adicionam a��car nos alimentos e o restante do consumo total � o a��car que j� est� presente nos produtos industrializados.
* Estagi�rio sob supervis�o da subeditora Ellen Cristie.