
A pandemia de COVID-19 e o consequente isolamento social impuseram muitas mudan�as na rotina de pessoas do mundo todo. Com a necessidade de passar mais tempo em casa e, muitas vezes, com mais tempo livre, atividades que antes eram quase imposs�veis de serem realizadas, em raz�o da correria do dia a dia, puderam ser incorporadas na lista de afazeres e, tamb�m, colocadas como um hobby. Cozinhar, por exemplo, com certeza, virou uma parte especial do dia de muitas pessoas.
E isso tem um reflexo importante na mudan�a de h�bitos neste per�odo, principalmente no que se refere ao consumo de alimentos mais saud�veis. A maior preocupa��o com a sa�de, haja vista o poss�vel colapso da sa�de p�blica em raz�o da pandemia e dos riscos de infec��o e �bitos, tamb�m fizeram com que muitas coisas fossem reconsideradas.
Esse contexto de quarentena pode ter estimulado o h�bito de cozinhar, consumindo mais refei��es dentro de casa. Al�m disso, com a pandemia, muitos estabelecimentos fecharam, a maior parte das pessoas come�ou a trabalhar de casa e, consequentemente, cozinhar se tornou parte da rotina que muitos n�o tinham.
"Ainda, tem-se a preocupa��o em melhorar a alimenta��o como forma de obter um aumento das defesas imunol�gicas do organismo e, ao buscar uma melhor resist�ncia contra esse inimigo invis�vel, voltou-se a aten��o por alimentos mais frescos e ricos em nutrientes.” � o que explica Cyntia Maurreen, nutricionista da Superbom.
"Ainda, tem-se a preocupa��o em melhorar a alimenta��o como forma de obter um aumento das defesas imunol�gicas do organismo e, ao buscar uma melhor resist�ncia contra esse inimigo invis�vel, voltou-se a aten��o por alimentos mais frescos e ricos em nutrientes.” � o que explica Cyntia Maurreen, nutricionista da Superbom.
N�o � toa, segundo dados divulgados pelo NutriNet Brasil, o consumo de hortali�as, frutas e feij�o subiu de 40,2% para 44,6% em 2020 – ano em que o novo coronav�rus come�ou a circular pelo pa�s. Um outro estudo, realizado pelo Hypeness em parceria com a MindMiners, aponta que, entre os entrevistados, 30% diminuiu o consumo de a��cares e doces, 25%, de carnes vermelhas, 36% de refrigerantes e 35% de sucos artificiais. Em contrapartida, 57% deles aumentou a ingest�o de verduras, legumes e frutas, e 48% de sucos naturais.
Na pr�pria Superbom, Cyntia Maurren revela ter percebido essa mudan�a. “Registramos aumento de 45% nas vendas de mel durante este per�odo. A pandemia da COVID-19 destacou a import�ncia da dieta equilibrada na manuten��o de um sistema imunol�gico saud�vel, incentivando nossos consumidores a procurar alimentos que lhes proporcionem um impulso nutricional significativo. Tivemos, tamb�m, um grande aumento pela procura de produtos ben�ficos que potencializem o aumento da imunidade, como � o caso de sucos com vitamina C”, exemplifica.
BENEF�CIOS
O consumo de alimentos naturais � fundamental para o bom funcionamento do corpo. Com alto valor nutricional, ricos em vitaminas e minerais e fun��es antioxidantes e anti-inflamat�rias, eles s�o ben�ficos � sa�de, e consequentemente, melhoram o sistema imunol�gico. Justamente por isso, cada vez mais as pessoas t�m buscado incluir alimentos saud�veis na rotina.
E isso � uma premissa que vem de anos. A pandemia apenas evidenciou a necessidade de manter o corpo saud�vel para responder bem a poss�veis infec��es ou mesmo se manter bem durante o per�odo de isolamento social e falta de contato com o “mundo externo”.

Por�m, para ela, essa mudan�a de h�bitos alimentares pode ser muito dif�cil, principalmente se feita de uma hora para outra.
“A motiva��o, cultura, mem�ria afetiva e outros fatores podem afetar muito na mudan�a de h�bitos. Por isso, conhecer-se � fundamental para entender os primeiros passos. Tem gente que muda radicalmente e fica bem. Outros n�o funcionam assim. Por isso: fa�a uma autoavalia��o e se conhe�a. A partir da� comece as mudan�as no seu ritmo, degrau a degrau, assim, os benef�cios ser�o sentidos e h�bitos ser�o assimilados sem sofrimento.”
P�S-PANDEMIA
Mas e depois? Passou a pandemia e tudo volta a ser como antes? N�o. Segundo a nutricionista, h�bitos, quando bem estabelecidos, s�o levados para sempre. “Acredito que, durante a pandemia, muitos bons h�bitos j� foram assimilados em v�rias casas, o que poder� favorecer a continuidade mesmo ap�s a pandemia. Deixar as m�scaras e o �lcool em gel para traz parece uma realidade distante, esperamos que tudo logo se resolva.”
“Mas a forma de ver a sa�de e bem-estar marcaram esse per�odo de forma positiva e ficar� de heran�a para os pr�ximos anos. Nunca a vida foi t�o valorizada pela maior parte da popula��o. E � um engano pensar que acabando a pandemia, podemos voltar aos h�bitos antigos que tudo ficar� bem. Cuidar do nosso corpo, de nossa sa�de � relevante n�o s� para a preven��o e prote��o contra doen�as, mas tamb�m para o bom humor e rendimento cerebral. S� temos bons frutos a colher dessa decis�o de virar a chave e viver, n�o sobreviver”, diz.
DICAS
Para manter uma alimenta��o balanceada, ter em mente alimentos capazes de fazer bem ao organismo � muito importante. Confira algumas dicas dadas pelo Minist�rio da Sa�de:
Fa�a dos alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimenta��o: Inclui variedades de todos os tipos de gr�os, ra�zes, tub�rculos, farinhas, legumes, verduras, frutas, castanhas, leite, ovos e carnes. Tamb�m inclui variedades dentro de cada tipo de feij�o, arroz, milho, batata, mandioca, tomate, ab�bora, laranja, banana, frango, peixes etc.
Utilize �leos, gorduras, sal e a��car em pequenas quantidades: Utilizados com modera��o ao temperar e cozinhar alimentos in natura ou minimamente processados, esses ingredientes contribuem para tornar a alimenta��o mais saborosa sem torn�-la desbalanceada.
Limite o consumo de processados: Ingredientes e m�todos usados na fabrica��o de alimentos como conservas de legumes, compota de frutas, p�es e queijos alteram de modo desfavor�vel a composi��o nutricional dos alimentos dos quais derivam.
Evite o consumo de ultraprocessados: O consumo de ultraprocessados � desencorajado por diversos motivos: s�o nutricionalmente desbalanceados, favorecem o consumo excessivo de calorias, cont�m aditivos industriais e excesso de gordura, a��car, s�dio, entre outras subst�ncias nocivas � sa�de. S�o produtos como biscoitos doces e salgados, sucos em p�, refrigerantes, temperos prontos, embutidos, salgadinhos de pacote e guloseimas.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram