
Nesta quarta-feira (7), data destinada � comemora��o do Dia Mundial da Sa�de, o Conselho Federal de Medicina (CFM) lan�ou uma nova campanha, a fim de chamar aten��o da popula��o brasileira e das autoridades p�blicas para a alta carga de press�o e estresse a qual os m�dicos est�o sendo submetidos desde o in�cio da pandemia de COVID-19 no Brasil, em mar�o do ano passado.
“A pandemia deixar� para o Brasil uma li��o inquestion�vel: precisamos estar preparados. Investir mais no Sistema �nico de Sa�de (SUS), ampliar a capacidade de produ��o nacional de medicamentos e equipamentos, fortalecer o conhecimento cient�fico e, sobretudo, valorizar a for�a de trabalho que tanto se dedica a oferecer atendimento de qualidade aos brasileiros”, ressaltou Mauro Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina.
A iniciativa partiu ap�s um levantamento do pr�prio Conselho Federal de Medicina (CFM), que revelou que, no decorrer da pandemia, houve um aumento do estresse de m�dicos, bem como uma diminui��o nas horas de sono e tempo dedicado a refei��es e fam�lia. Os dados apontam que 96% dos 1.600 m�dicos brasileiros que participaram da pesquisa relaram ter sofrido impacto da pandemia em suas vidas.
Destes, 22,9% relataram aumento no n�vel de estresse, 14,6% destacaram o sentimento de medo e p�nico, 14,5% afirmaram ter reduzido o tempo dedicado � fam�lia, refei��es e lazer e 7,6% destacaram a diminui��o do tempo e da qualidade do sono como o grande impacto de um dos momentos mais cr�ticos para a sa�de p�blica brasileira e mundial.
E os impactos n�o param por a�. Ao mesmo tempo em que aumentou a carga de trabalho nos prontos-socorros, a COVID-19 causou uma diminui��o dos atendimentos eletivos, com redu��o das consultas no setor privado e p�blico.
"Essa diminui��o resultou em perdas de v�nculos de trabalho para 11,8% dos profissionais que responderam � pesquisa, bem como o fechamento de consult�rios ou demiss�o de funcion�rios administrativos.”
"Essa diminui��o resultou em perdas de v�nculos de trabalho para 11,8% dos profissionais que responderam � pesquisa, bem como o fechamento de consult�rios ou demiss�o de funcion�rios administrativos.”
“Por outro lado, se a pandemia sobrecarregou o m�dico, ela tamb�m refor�ou o compromisso do profissional com a medicina e com a sa�de da popula��o, fortaleceu a imagem do m�dico diante da comunidade e melhorou sua rela��o com os pacientes e outros profissionais de sa�de”, afirma o CFM.
Para isso, a entidade sugere melhorar e investir na medicina, a fim de evitar sobrecargas e, tamb�m, otimizar o enfrentamento de situa��es de sa�de p�blica – 88% dos participantes da pesquisa apontam que novas epidemias poder�o surgir nos pr�ximos anos.
“Para enfrent�-las, sugere-se investimentos na valoriza��o dos profissionais de sa�de (15%) e em pesquisas cient�ficas (15%). Tamb�m � importante apostar em melhorias no saneamento b�sico (15%) e sa�de (11,4%), fortalecimento da Aten��o B�sica (13%) e refor�o no sistema de vigil�ncia sanit�ria (12,3%). A amplia��o de leitos de interna��o e de UTI foi indicada por 10,6% e 8,6% dos entrevistados, respectivamente”, informa.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram