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Estado de Minas CORONAV�RUS

Obesidade: risco de infec��o por COVID-19 � at� 86% maior

Quanto maior o �ndice de massa corporal (IMC) da pessoa, maior a probabilidade de testar positivo para COVID-19, segundo estudo israelense. Com sobrepeso, 22%


11/05/2021 11:35 - atualizado 11/05/2021 11:47

Pesquisa mostra ainda que, a cada ponto a mais no IMC, há um acréscimo de 2% na possibilidade de o teste para COVID-19 dar positivo
Pesquisa mostra ainda que, a cada ponto a mais no IMC, h� um acr�scimo de 2% na possibilidade de o teste para COVID-19 dar positivo (foto: Michal Jarmoluk/Pixabay )


Pesquisas e observa��es cl�nicas t�m mostrado que o excesso de peso deixa um paciente com COVID-19 mais vulner�vel ao agravamento da doen�a. Um estudo apresentado na edi��o deste ano do Congresso Europeu sobre Obesidade — que acontece, de forma remota, at� esta quinta-feira — mostra que a obesidade e o sobrepeso tamb�m podem aumentar o risco de um indiv�duo ser infectado pelo novo coronav�rus.

Em m�dia, a cada ponto a mais no �ndice de massa corporal, o IMC, h� um acr�scimo de cerca de 2% na possibilidade de se testar positivo para infec��o pelo Sars-CoV-2.

A equipe de cientistas, liderada por Hadar Milloh-Raz, do Centro M�dico Chaim Sheba, em Israel, alerta que pessoas acima do peso e com outras comorbidades, como hipertens�o ou diabetes, est�o em uma situa��o ainda mais delicada.

“� medida que o IMC sobe acima do normal, a probabilidade de um resultado positivo do teste aumenta, mesmo quando ajustado para uma s�rie de vari�veis do paciente. Al�m disso, algumas das comorbidades associadas � obesidade parecem estar associadas a um risco aumentado de infec��o”, escrevem, em comunicado.

O estudo foi conduzido no maior complexo hospitalar do Oriente M�dio. No in�cio da pandemia, o Centro M�dico Chaim Sheba adotou a pol�tica de que todos os pacientes internados fossem testados para COVID-19 independentemente dos sintomas apresentados ou do motivo da admiss�o.

Entre 16 de mar�o de 2020 e 31 de dezembro de 2020, 26.030 pessoas foram testadas, sendo que 1.178 apresentaram um resultado positivo para a infec��o pelo novo coronav�rus, o equivalente a 4,5% dos pacientes.

A equipe tamb�m mediu o IMC de todos hospitalizados e considerou outras informa��es que poderiam interferir no quadro de vulnerabilidade. S�o elas: idade, sexo e presen�a de comorbidades, incluindo insufici�ncia card�aca congestiva, diabetes mellitus, hipertens�o, doen�a isqu�mica do cora��o, acidente vascular cerebral e doen�a renal cr�nica.

As an�lises mostram que, considerando indiv�duos sem problemas com a balan�a, o risco de infec��o entre obesos n�o s� aumenta como fica maior conforme a gravidade do excesso de peso . Pacientes classificados com sobrepeso (IMC entre 25 e 29,9) apresentaram risco 22% maior de testar positivo.

Naqueles com obesidade grau 1 (IMC de 30 a 34,9), a taxa subiu para 27%, com grau 2 (IMC de 35 a 39,9), para 38%, e com grau 3 (IMC igual ou maior que 40), para 86%.

A equipe tamb�m encontrou associa��es positivas e negativas entre a probabilidade de testar positivo para o Sars-CoV-2 e a presen�a de comorbidades ligadas � obesidade. Em hipertensos, por exemplo, o risco � seis vezes maior. O diabetes, por sua vez, foi associado a um aumento de 30%. 

Por outro lado, a ocorr�ncia de AVC, doen�a isqu�mica do cora��o e doen�a renal cr�nica parece reduzir o risco: em 39%, 55% e 45%, respectivamente. Os autores n�o explicam, no estudo, as raz�es ligadas �s quedas.

Gordura abdominal


Tamb�m apresentado no congresso europeu, um estudo mostra que a gordura abdominal pode ser melhor que o IMC para avaliar a necessidade de uma pessoa com COVID-19 precisar de interna��o hospitalar.

Os cientistas, do Policlinico San Donato, na It�lia, chegaram � conclus�o analisando ambos os m�todos de mensura��o com o escore de gravidade da radiografia de t�rax (CXR), que avalia o desempenho pulmonar de um indiv�duo. O CXR pode ter um m�ximo de 18 pontos, sendo, nesse estudo, um escore alto definido como oito ou mais pontos.

A equipe avaliou dados de 215 pacientes internados no hospital italiano. Aqueles com obesidade abdominal apresentaram escores de gravidade CXR significativamente maiores (mediana 9), em compara��o ao sem obesidade abdominal (mediana 6).

De uma forma geral, pacientes com obesidade abdominal tinham risco 75% maior de um escore de gravidade CXR mais alto — e, portanto, um pior resultado relacionado � covid-19, quando comparados aos sem esse tipo de complica��o na barriga.

Ao olhar para o m�todo tradicionalmente usado, o IMC, os cientistas n�o perceberam diferen�as estatisticamente significativas nas pontua��es entre aqueles com peso normal, sobrepeso ou obesidade geral.

“A obesidade abdominal pode predizer um escore alto de gravidade na radiografia de t�rax melhor do que a obesidade geral em pacientes hospitalizados com COVID-19. Portanto, no hospital, a circunfer�ncia da cintura deve ser medida, e os pacientes com obesidade abdominal devem ser monitorados de perto”, defendem.


90% das mortes


Um estudo divulgado, neste m�s, pela Federa��o Mundial de Obesidade mostra que 90% dos �bitos por COVID-19 ocorreram em pa�ses com altas taxas de obesidade. Ou seja, das 2,5 milh�es de mortes pelo Sars-CoV-2, 2,2 milh�es foram registradas em na��es com altos n�veis de obesidade.

Em m�dia, a taxa de mortalidade pela doen�a desencadeada pelo novo coronav�rus � 10 vezes maior nos locais em que mais da metade da popula��o est� acima do peso.

O estudo � resultado de um cruzamento de dados da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, e do Observat�rio de Obesidade, ligado � Organiza��o Mundial da Sa�de. Os autores defendem que pessoas com obesidade fa�am parte dos grupos priorit�rios de vacina.



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