
O percentual faz parte do estudo Pandemia na Linha de Frente que ouviu 4.398 profissionais da sa�de de todo o Brasil, sendo que 2.239 afirmaram atuar na linha de frente. Destes �ltimos, 1.013 s�o m�dicos, 668 s�o enfermeiros e 558 s�o t�cnicos de enfermagem.
O levantamento tamb�m mostra que os profissionais de linha de frente t�m enfrentado dificuldades com disponibilidade de equipamentos, insumos e m�o de obra. Dos profissionais ouvidos pela pesquisa, 70,8% relataram falta de leitos de UTI, 56,6% afirmam que, em algum grau, faltam respiradores mec�nicos e 67,5% relatam que faltam profissionais suficientes para atender � demanda.
A pesquisa foi conduzida pela PEBMED, healthtech de conte�do para m�dicos da Afya Educacional.
Desgaste f�sico e psicol�gico
Segundo Eduardo Moura, co-fundador da empresa, muitos profissionais t�m se sentido esgotados tanto mental como fisicamente.
"Os dados levantados nessa pesquisa mostram como os profissionais da sa�de t�m se sacrificado para atender pacientes com COVID-19, atuando de forma heroica em situa��es em que faltam leitos de UTI, equipamentos e m�o de obra. Esse sacrif�cio tem resultado em uma situa��o de extremo desgaste psicol�gico e f�sico para os profissionais da linha de frente.”
A pesquisa avaliou ainda o medo dos profissionais da linha de frente com a infec��o e transmiss�o do coronav�rus.
O levantamento aponta que, dos profissionais da linha de frente que j� foram diagnosticados com a COVID-19 (41,7%), 87,9% t�m medo de se reinfectar.
Entre os que ainda n�o tiveram diagn�stico confirmado para o coronav�rus (58,3%), 86,1% t�m medo de se infectar. O medo de levar o v�rus para dentro de casa � alto: 97,2% dos entrevistados afirmam que temem infectar familiares com a doen�a.
Em julho de 2020, a empresa divulgou a pesquisa Burnout durante a pandemia. O levantamento avaliou a ocorr�ncia do problema entre os profissionais de sa�de e identificou fatores que contribuem ou atenuam a situa��o, mostrando a exaust�o dos trabalhadores de sa�de durante a pandemia.
Ap�s 9 meses dessa primeira pesquisa, os profissionais continuam se sentindo desamparados psicologicamente.
"Uma das perguntas que fizemos na pesquisa sobre a Pandemia na Linha de Frente, aponta que 53,7% dos profissionais discordam que se sentem amparados psicologicamente em seus ambientes de trabalho, se comparado com o ano passado", ressalta Moura.
Perfil dos profissionais da linha de frente ouvidos pela pesquisa
Foram entrevistados 2.239 profissionais:
- Homens: 30,6%
- Mulheres: 69,4%
- M�dia de idade: 37,5 anos
Atua��o:
- 44,4% em emerg�ncia ou pronto atendimento
- 26,5% em ambulat�rio (atendimento eletivo)
- 23,1% em unidade de interna��o/enfermaria
- 23,1% em unidade de terapia intensiva (UTI/CTI)
- 6% em transporte de pacientes (ambul�ncia)
- 4,9% em servi�os de apoio (imagem, diagn�stico etc.)
- 70,7% atuam no sistema p�blico de sa�de
- 29,3% atuam no sistema privado de sa�de
Distribui��o geogr�fica:
- Sul: 15,3%
- Sudeste: 50,5%
- Centro-Oeste: 8%
- Norte: 7,1%
- Nordeste: 19,5%
Metodologia
A pesquisa Pandemia na Linha de Frente foi conduzida por meio de um estudo transversal, com autoavalia��o dos profissionais de sa�de e avalia��o de seus respectivos ambientes de trabalho.
A coleta de informa��es ocorreu por meio de um question�rio on-line entre os dias 29 de mar�o de 2021 e 05 de abril de 2021. No total, 4.398 profissionais de sa�de aceitaram participar, sendo que 2.239 afirmaram atuar na linha de frente do combate � COVID-19.
Entre esse grupo, 1.013 s�o m�dicos, 668 s�o enfermeiros e 558 s�o t�cnicos de enfermagem. Os dados levantados a partir das respostas dos profissionais que atuam na linha de frente, tendo como base os 2.239 profissionais, t�m grau de confian�a de 95% e erro amostral de 2 pontos percentuais.
*Estagi�ria sob supervis�o do subeditor Eduardo Oliveira