
Artista pl�stico e cineasta, Ernani Alves, de 44 anos, com autismo leve, um dos organizadores do evento que acontece on-line neste ano, diz que ser� uma cerim�nia de premia��o aos sete indicados por destaques no ano passado, entre cantores , pintores e desenhistas. "A ideia � incentivar a promo��o da causa autista."
Ser�o contempladas com medalhas, crian�as que participaram de um concurso de reda��o na internet sobre o tema "Porque eu mere�o ser destaque no Orgulho Autista" .
A data foi institu�da em 2005 para esclarecer a sociedade sobre as caracter�sticas �nicas das pessoas diagnosticadas TEA. A inten��o � demonstrar que o autista n�o tem uma doen�a, mas apenas apresenta condi��es e caracter�sticas especiais que trazem desafios e tamb�m recompensas aos seus familiares e � comunidade.
A Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS) estima que h� 70 milh�es de pessoas com autismo em todo o mundo, sendo 2 milh�es somente no Brasil. Pessoas com TEA podem ter dificuldades de se expressar, principalmente quando n�o falam de maneira efetiva, comunicando uma ideia ou um sentimento.
O transtorno foi identificado pela primeira vez em 1943. Desde ent�o houve literaturas que come�aram a abordar o tema. No Brasil, a partir de 1980 as comunidades acad�micas passaram a investigar e identificar que n�o havia no mundo um �nico autismo cl�ssico, que se tratava de um espectro com variantes entre leve e severa. S�o pessoas que convivem socialmente mas com limita��es nas carater�sticas na intera��o social.

Maristela � m�e de Clarice, de 35 anos, com autismo em grau severo. N�o verbaliza e forma de comunica��o prec�ria. Ela adquiriu outras comorbidades, como retardomental, adquirido por falta de est�mulos na fase precoce.
"Naquela �poca tinha pouca informa��o, a pr�pria medicina tinha poucos acessos. Eu tinha v�rios sobrinhos e comecei a comparar o desenvolvimento da minha filha, com os sobrinhos que passaram pela faixa et�ria. J� tinha ouvido falar e procurei psic�loga." Maristela conta que acreditou que seria uma consulta, e um breve tratamento. "E assim se passaram mais de 30 anos caminhando e buscando respostas."
Ela diz aque at� hoje n�o tem todas as respostas. "S�o v�rias informa��es, mesmo assim h� algumas d�vidas a respeito do que venha a ser. J� se sabe que s�o influ�ncias gen�ticas e ambientais, ainda no desenvolvimento do beb� desde o �tero. No caso de n�o ter tido est�mulo na fase precoce compromete muito o cognitivo."
A filha de Maristela requer cuidados permantentes. "Mas temos toda uma rela��o de respeitar o r�tmo dela. A pessoa com transotrono tem sua pr�pria forma de perceber as coisas diferente dos neurot�picos, como n�s, essa pessoa faz a mesma coisa que n�s fazemos, mas de outra maneira o que dificulta a conviv�ncia com demais pessoas, uma luta de se impor para que a sociedade respeite as limita��es e contemple as habilidades que muitas vezes n�o conseguimos desenvolver. Quando recebem est�mulo nos marcos do desenvolvimento humano desencadeiam uma confian�a natural e passam a devolver isso pra sociedade", explica.