Nos tr�s primeiros meses de circula��o do v�rus Sars-CoV-2, 17 cidades brasileiras correspondiam quase todos os casos no Brasil. Naquela fase, era momento de controlar a circula��o de pessoas para restringir o avan�o do v�rus. N�o foi o que aconteceu.
De acordo com a Fiocruz, a introdu��o da COVID-19 em regi�es com grande alcance de cont�gio, a livre circula��o em estradas que conectam metr�poles com cidades do interior e a desigual distribui��o geogr�fica de UTIs levou � explos�o de casos.
Os cientistas mostram que, com a aus�ncia de leitos de UTI, ocorreu o “efeito bumerangue”.
"Se um lockdown em capitais com potencial de dissemina��o tivesse sido implementado cedo, restri��es obrigat�rias de tr�fego rodovi�rio fossem aplicadas e uma distribui��o geogr�fica mais equitativa de leitos de UTI existisse, o impacto da COVID-19 no Brasil teria sido significativamente menor”, afirmam os pesquisadores no artigo.
Para alguns epidemiologistas e infectologistas, o pa�s est� perto de ter uma terceira onda da doen�a, pois nos primeiros meses de 2021, o Brasil registrou mais de 200 mil mortes, sendo que em todo o ano de 2020, foram 194.949 �bitos informados oficialmente.
Capitais
Ao analisarem o fluxo de pacientes portadores do coronav�rus, os pesquisadores constataram que a capital de S�o Paulo recebeu residentes de 464 munic�pios, Belo Horizonte de 351, Salvador de 332, Goi�nia de 258, Recife de 255 e Teresina de 255.
“Pessoas de munic�pios do interior passaram a corresponder a uma grande porcentagem de admiss�es em hospitais p�blicos e privados nas capitais. Depois disso, diversos desses hospitais ficaram sobrecarregados”, apontam os autores.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina