Cada placa de exame cont�m 96 orif�cios, o que significa a testagem de 96 pessoas de uma s� vez (foto: Reprodu��o/ UFMG )
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) depositou a patente de um teste de baixo custo e alto desempenho para o diagn�stico da COVID-19. O exame custa menos de R$ 1 por paciente e pode contribuir para a realiza��o da testagem em massa no Sistema �nico de Sa�de (SUS).
O teste foi feito pelo Instituto de Ci�ncias Biol�gicas (ICB) da UFMG, sob a coordena��o do professor Rodolfo Cordeiro Giunchetti, do Departamento de Morfologia. Tamb�m foi co-coordenado do professor Alexsandro Galdino, da Universidade Federal de S�o Jo�o del-Rei (UFSJ), e contou com a parceria da Federal de Lavras (Ufla), da Federal da Integra��o Latino-americana (Unila) e da Funda��o de Ensino e Tecnologia de Alfenas (Unifenas).
Segundo Rodolfo Cordeiro, o teste � baseado na detec��o de anticorpos, ou seja, ap�s os 14 dias de sintomas.
“Como o teste � baseado na detec��o de anticorpos, na fase inicial da doen�a, n�o deu tempo de produzi-los. Nesse in�cio de sintomas, a melhor metodologia � o PCR. � medida que tempo vai passando, o organismo vai reagindo e produzindo anticorpos. E isso acaba por controlar o v�rus, que vai diminuindo enquanto o corpo aumenta a quantidade de anticorpos”, explica o professor.
O exame, que � feito com uma amostra de sangue, custa menos de R$ 1por paciente e o resultado fica pronto em tr�s horas.
As plaquinhas utilizadas no teste cont�m 96 orif�cios, que o significa poder realizar 96 exames diferentes ao mesmo tempo.
Essa possibilidade garante que, por dia, um laborat�rio preparado consiga testar mais de 100 plaquinhas, resultando em mais de 10 mil pessoas diagnosticadas.
“Come�amos a trabalhar com esse teste desde mar�o do ano passado e a ideia � fazer aplica��o em larga escala. Uma plaquinha de teste tem 96 orif�cios, isso quer dizer que podemos testar 96 pessoas por dia”, diz o professor.
“Se forem 100 placas, � poss�vel testar 10 mil pessoas em um �nico dia, e isso num laborat�rio pequeno. Nos grandes, a possibilidade � ainda maior. Meu laborat�rio � de teste, pequeno. Mas num laborat�rio preparado, da prefeitura, por exemplo, � poss�vel fazer cerca de 80 mil testes por dia, tranquilamente”, explica Rodolfo.
O exame desenvolvido pela equipe pode ser utilizado, tamb�m, para identifica��o de anticorposem pessoas vacinadas.
“O teste tamb�m consegue mostrar se a pessoa que foi vacinada produziu anticorpos. Por enquanto, s� conseguimos amostras de pessoas que tomaram a CoronaVac e 90% delas produziram anticorpos tipo IGG contra o v�rus, ap�s as duas doses”, disse o coordenador da pesquisa.
Entre as vantagens do teste, est� o mapeamento do v�rus na cidade, o que pode ajudar nas estrat�gias de combate � pandemia. “Ajuda a testar um bairro inteiro, por exemplo, e constatar que as pessoas t�m pouca produ��o de anticorpos. Dessa forma, passamos a pensar numa poss�vel estrat�gia de prioridade de vacina��o para esse p�blico que ainda n�o est� protegido”, explica Rodolfo.
“A gente fez o teste para ser usado. � um custo muito baixo, que nos ajuda a entender como est� a infec��o na cidade”, finaliza o professor.
*Estagi�ria sob supervis�o da subeditora Kelen Cristina
Leia mais sobre a COVID-19
Confira outras informa��es relevantes sobre a pandemia provocada pelo v�rus Sars-CoV-2 no Brasil e no mundo. Textos, infogr�ficos e v�deos falam sobre sintomas, preven��o, pesquisa e vacina��o.
Desde a identifica��o do v�rus Sars-CoV2, no come�o de 2020, a lista de sintomas da COVID-19 sofreu v�rias altera��es. Como o v�rus se comporta de forma diferente de outros tipos de coronav�rus, pessoas infectadas apresentam sintomas diferentes. E, durante o avan�o da pesquisa da doen�a, muitas manifesta��es foram identificadas pelos cientistas. Confira a rela��o de sintomas de COVID-19 atualizada.