Perguntas sobre a vacina? Confira respostas a 15 d�vidas mais comuns

Sim. A vacina��o vai diminuir as chances de que as pessoas desenvolvam formas graves, de acordo com os estudos publicados at� o momento. Falhas acontecem com qualquer vacina: nenhuma tem 100% de efic�cia. Diante de um universo de dezenas de milhares de novos casos di�rios e do aumento gradual, ainda que lento, do percentual de indiv�duos vacinados, � esperado que ocorram cada vez mais casos de infec��o em vacinados, mas com sintomas mais leves.

 

Sim, pois n�o h� 100% de efic�cia nos imunizantes e n�o se sabe ainda se os dispon�veis at� o momento s�o capazes de impedir a transmiss�o do v�rus. Al�m disso, enquanto houver doses insuficientes para vacinar grande parte da popula��o, sempre haver� pessoas vulner�veis e que poder�o desenvolver quadros graves da COVID-19.

 

Trata-se da capacidade que um imunizante tem para prevenir determinada doen�a. Quando afirmamos que uma vacina tem efic�cia X – 50%, por exemplo – para todas as formas da doen�a, significa que os pacientes vacinados ter�o, no exemplo, 50% de prote��o para qualquer tipo de infec��o, desde leves at� graves. Por�m, a mesma f�rmula pode, por exemplo, ter 90% ou 100% de prote��o para as formas graves da doen�a. Quando se diz que a vacina Sinovac/Butatan (CoronaVac) tem 50,4% de efic�cia geral, significa que as pessoas que receberam a vacina t�m 50,4% menos chance de desenvolver COVID-19. Os percentuais s�o de 73,4% para a vacina da Fiocruz/Oxford/AstraZeneca e de 95% para a vacina da Pfizer. Todas demonstraram efic�cia ainda mais alta quando considerados apenas casos graves.

 

N�o, as vacinas n�o transmitem o novo coronav�rus.

 

Primeiramente, procure seu m�dico para uma avalia��o cl�nica. Caso o exame RT-PCR venha positivo, voc� desenvolveu COVID-19 n�o por causa da vacina, j� que nenhuma vacina contra o v�rus causador da COVID-19 � de v�rus vivo atenuado. Nesse caso, o paciente j� apresentava o v�rus em per�odo de incuba��o (de 14 dias) e j� desenvolvia a doen�a quando recebeu a vacina. Caso a doen�a ocorra ap�s a aplica��o da primeira dose, para receber a segunda dose � preciso contar 30 dias do in�cio dos sintomas ou do exame positivo.

 

No geral, as vacinas que v�m sendo aprovadas ao redor do mundo apresentaram bom perfil de seguran�a. A maioria dos registros de rea��es � de casos leves a moderados, que se resolvem em poucos dias. Raros s�o os eventos adversos graves. As quatro vacinas j� aprovadas no Brasil apresentam um perfil de seguran�a semelhante ao das outras que j� se utilizam h� anos no pa�s. Elas n�o causam efeitos colaterais importantes na maioria das pessoas que as recebem. Embora fen�meno de hipersensibilidade imediata grave (anafilaxia) possa ocorrer ap�s qualquer vacina, foram muito poucos os casos registrados at� o momento no Brasil. Rea��es al�rgicas s�o incomuns, mas podem ocorrer ap�s qualquer vacina. N�o se pode esquecer que eventuais riscos de raros eventos severos p�s-vacina s�o muito menores do que os da COVID-19.

 

Sim. � poss�vel apresentar sintomas semelhantes aos de uma gripe leve, mas eles v�o passar em 24 a 48 horas. � uma condi��o perfeitamente normal e demonstra que o organismo est� construindo prote��o contra o v�rus. A intensidade pode ser maior ou menor, de acordo com cada sistema imunol�gico. Algumas pessoas n�o apresentar�o efeitos colaterais. Deve-se procurar atendimento m�dico em caso de alguma rea��o severa ou se n�o houver melhora em 48 horas. Efeitos adversos mais comuns est�o relacionados a dor de cabe�a, fadiga, dor no local de aplica��o, vermelhid�o, incha�o e coceira.

 

O organismo precisa de tempo para fabricar os anticorpos. Estima-se que o potencial completo da vacina seja atingido em cerca de duas semanas ap�s a aplica��o. E � importante lembrar que para as vacinas j� dispon�veis no Brasil s�o necess�rias duas doses.

 

A prote��o conferida pela doen�a, chamada “imunidade natural”, pode variar de pessoa para pessoa, e ainda n�o se sabe quanto tempo dura. Evid�ncias dispon�veis sugerem que � incomum contrair a doen�a pela segunda vez. Quando isso acontece, raramente se d� nos 90 dias ap�s a primeira infec��o. J� existe estudo demonstrando que a prote��o pode durar pelo menos oito meses em grande parte das pessoas. Tampouco se sabe por quanto tempo as vacinas prevenir�o a COVID-19 antes de ser necess�rio novo refor�o vacinal. O mais importante � lembrar que, ainda que se constate que a dura��o da prote��o por vacinas seja menor, elas protegem sem os riscos envolvidos no adoecimento.

 

Os dados de efic�cia conhecidos e comprovados referem-se a esquemas com duas doses. Portanto, n�o pode se considerar protegido quem tomou apenas uma dose. A exce��o � para a vacina da Janssen, a �nica entre as aprovadas no Brasil que prev� apenas uma aplica��o.

 

Para garantia da efic�cia documentada nos estudos, as vacinas devem ser aplicadas de acordo os intervalos estipulados para cada uma, mas n�o � preciso recome�ar o esquema –  ou seja, tomar novamente a primeira dose, e s� ent�o o refor�o – em caso de atraso. Basta tomar a dose que falta, completando o esquema e obtendo a expectativa de prote��o documentada.

 

Os esquemas de vacina��o devem ser completados com a mesma vacina. Ainda n�o h� dados estabelecidos sobre a seguran�a ou efic�cia em situa��o de “combina��o” entre f�rmulas.

 

N�o. A vacina��o � importante para que se controle a pandemia, exceto para indiv�duos com contraindica��o m�dica. � recomend�vel que cada p�blico receba a vacina indicada pela autoridade local de sa�de, que esteja dispon�vel no momento da convoca��o. Qualquer tempo de espera � um per�odo em que o organismo est� mais vulner�vel � COVID-19, podendo n�o apenas desenvolver a doen�a e seus quadros mais graves, mas tamb�m disseminar o coronav�rus.

 

As vacinas contra a COVID-19 atualmente dispon�veis s� s�o contraindicadas para pessoas com hist�rico de rea��o al�rgica grave ap�s dose anterior ou intoler�ncia conhecida a componentes da f�rmula.

 

N�o. � muito importante manter as regras de preven��o com o uso de m�scaras, higieniza��o das m�os e distanciamento social, mesmo para quem j� tenha recebido a vacina em esquema completo. Nada muda ap�s as duas doses. � necess�ria a vacina��o do maior n�mero poss�vel de pessoas para que o v�rus pare de circular e para que se possa de fato pensar em relaxar as medidas de preven��o. Portanto, a vacina n�o significa um passaporte de imunidade, pois o vacinado ainda pode se contaminar, ainda que com efeitos menos severos, e tem potencial para infectar outras pessoas.