Com a chegada do inverno, brasileiros de v�rias partes do pa�s t�m sofrido com as baixas temperaturas. Um verdadeiro “frio de doer”, e n�o � � toa que pessoas diagnosticadas com doen�as reum�ticas, de fato, sentem mais dores nas articula��es e certo agravamento nos sintomas.
Mas, isso significa que a patologia teve piora cl�nica? N�o. S�o coisas bem diferentes e � mito que o frio � capaz de agravar as doen�as reum�ticas. O que ele faz � causar mais dores, apenas.
Mas, isso significa que a patologia teve piora cl�nica? N�o. S�o coisas bem diferentes e � mito que o frio � capaz de agravar as doen�as reum�ticas. O que ele faz � causar mais dores, apenas.
E isso tem a ver com o fato de o corpo humano ter uma temperatura m�dia em torno de 36 graus, o que significa que, quando a temperatura externa est� mais baixa, o organismo precisa se adaptar.
“Para isso, h� maior contra��o muscular, dos tecidos e dos tend�es e constri��o dos vasos sangu�neos para armazenar o calor no corpo”, explica Maria Fernanda Guimar�es, vice-presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR).
Nesse cen�rio, no caso dos pacientes reum�ticos com acometimento das articula��es, essas altera��es para reter o calor podem levar a uma maior percep��o de dor e mais dificuldade de movimenta��o.
“Para isso, h� maior contra��o muscular, dos tecidos e dos tend�es e constri��o dos vasos sangu�neos para armazenar o calor no corpo”, explica Maria Fernanda Guimar�es, vice-presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR).
Nesse cen�rio, no caso dos pacientes reum�ticos com acometimento das articula��es, essas altera��es para reter o calor podem levar a uma maior percep��o de dor e mais dificuldade de movimenta��o.
Por�m, apesar de n�o haver agravamento da doen�a em si, no frio, com o ent�o aumento das dores, a qualidade de vida dos pacientes acometidos pela doen�a reum�tica tende a cair, conforme Mariana Peixoto, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR). “N�o h� piora da doen�a, por�m, como a dor est� aumentada, a qualidade de vida cai e os pacientes acabam abandonando alguns h�bitos, como atividade f�sica e de lazer. E esse abandono, sim, pode causar impactos negativos na vida do paciente”, afirma a m�dica.
A �nica coisa a fazer, segundo as especialistas, � aumentar o uso de analg�sicos, sob cuidado e acompanhamento m�dico, para al�vio das dores e tentar manter os h�bitos de vida para que, assim, a doen�a n�o sofra, de fato, agravamento.
“� importante se manter ativo. Mesmo que o corpo esteja doendo, que voc� ache que est� mais doente, voc� n�o est�. Na verdade, as dores s�o maiores, mas � por causa das caracter�sticas mec�nicas. � importante manter as atividades f�sicas, de prefer�ncias todos os dias, manter atividades de lazer, esportes ou hobbies, porque � muito importante cuidar da sa�de f�sica e mental.”
“� importante se manter ativo. Mesmo que o corpo esteja doendo, que voc� ache que est� mais doente, voc� n�o est�. Na verdade, as dores s�o maiores, mas � por causa das caracter�sticas mec�nicas. � importante manter as atividades f�sicas, de prefer�ncias todos os dias, manter atividades de lazer, esportes ou hobbies, porque � muito importante cuidar da sa�de f�sica e mental.”
� importante se manter ativo. Mesmo que o corpo esteja doendo, que voc� ache que est� mais doente, voc� n�o est�. Na verdade, as dores s�o maiores, mas � por causa das caracter�sticas mec�nicas. � importante manter as atividades f�sicas, de prefer�ncias todos os dias, manter atividades de lazer, esportes ou hobbies, porque � muito importante cuidar da sa�de f�sica e mental.
Mariana Peixoto, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR)
“Ent�o, a recomenda��o �: lembre-se de cuidar da sua sa�de f�sica e mental, lembre-se de ter bons h�bitos de alimenta��o, bons h�bitos de vida, cuidado pr�prio, higiene do sono – dormir mais cedo, tirar as telas na hora de dormir –, pois uma boa noite de sono ajuda muito nos sintomas do dia seguinte e manter amizades mesmo que com encontros virtuais. E � essencial n�o deixa de procurar um m�dico. N�s, reumatologistas, estamos aqui para ajudar”, destaca Mariana Peixoto.
Uma outra dica para os dias frios, conforme Maria Fernanda Guimar�es, � que os pacientes reum�ticos se mantenham protegidos contra o frio e se aque�am com agasalhos apropriados, luvas e meias.
“Pode tamb�m utilizar banhos de �gua morna ou bolsas t�rmicas nas �reas doloridas. Outra coisa que � fundamental � manter a pr�tica de atividade f�sica como caminhadas, que promovem aquecimento e ajudam a lubrificar as articula��es, refor�ando os m�sculos que as sustenta. Tamb�m s�o importantes exerc�cios de alongamento para manter o t�nus, a flexibilidade e a amplitude dos movimentos”, refor�a a m�dica.
“Pode tamb�m utilizar banhos de �gua morna ou bolsas t�rmicas nas �reas doloridas. Outra coisa que � fundamental � manter a pr�tica de atividade f�sica como caminhadas, que promovem aquecimento e ajudam a lubrificar as articula��es, refor�ando os m�sculos que as sustenta. Tamb�m s�o importantes exerc�cios de alongamento para manter o t�nus, a flexibilidade e a amplitude dos movimentos”, refor�a a m�dica.
DIAGN�STICO MAIS ‘F�CIL’?
Apesar da doen�a reum�tica n�o ser desencadeada e nem mesmo agravada pelo frio, em dias com temperaturas mais baixas, � poss�vel que o diagn�stico do quadro cl�nico seja facilitado. Isso porque, com a maior sensibilidade a dor, a percep��o pode estar aumentada.
“�s vezes, o paciente n�o tem o diagn�stico da doen�a, porque n�o foi ao m�dico procurar e investigar. Por�m, com a chegada do frio, aumenta a intensidade dos sintomas e a� sim o paciente vai a procura de um m�dico e acaba fazendo o diagn�stico de uma doen�a reumatol�gica.”
“�s vezes, o paciente n�o tem o diagn�stico da doen�a, porque n�o foi ao m�dico procurar e investigar. Por�m, com a chegada do frio, aumenta a intensidade dos sintomas e a� sim o paciente vai a procura de um m�dico e acaba fazendo o diagn�stico de uma doen�a reumatol�gica.”
� importante se manter ativo. Mesmo que o corpo esteja doendo, que voc� ache que est� mais doente, voc� n�o est�. Na verdade, as dores s�o maiores, mas � por causa das caracter�sticas mec�nicas. � importante manter as atividades f�sicas, de prefer�ncias todos os dias, manter atividades de lazer, esportes ou hobbies, porque � muito importante cuidar da sa�de f�sica e mental.
Mariana Peixoto, presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR)
“Por isso, deixo um recado: n�o negligencie os seus sintomas. Se voc� sente alguma dor cont�nua que n�o melhora com o tempo, se est� sentindo outra manifesta��o que est� incomodando, n�o fique adiando a procura ao m�dico, porque isso pode atrasar o diagn�stico”, comenta a presidente da SMR.
Maria Fernanda Guimar�es completa: “A ajuda m�dica deve ser procurada quando o paciente apresenta dores articulares, especialmente pela manh�, associada � rigidez matinal – dificuldade de movimentar as articula��es –, aumento de volume, calor local ou vermelhid�o, que s�o sintomas caracter�sticos da doen�a reum�tica”.
A DOEN�A REUM�TICA
Existem diversas doen�as reum�ticas com causas e tratamentos diferentes. Mas, “de forma geral, esse grupo de doen�as costuma acometer o aparelho locomotor, como articula��es, ossos, tend�es e ligamentos”, segundo a vice-presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia. Em sua maioria, conforme Mariana Peixoto, as doen�as reum�ticas s�o doen�as autoimunes.
A ajuda m�dica deve ser procurada quando o paciente apresenta dores articulares, especialmente pela manh�, associada � rigidez matinal, aumento de volume, calor local ou vermelhid�o, que s�o sintomas caracter�sticos da doen�a reum�tica.
Maria Fernanda Guimar�es, vice-presidente da Sociedade Mineira de Reumatologia (SMR)
“As doen�as autoimunes s�o doen�as que o pr�prio organismo cria anticorpos contra ele mesmo. Habitualmente, o corpo cria anticorpo para combater agentes externos. Na doen�a autoimune, ocorre uma desregula��o do sistema imunol�gico e passamos a criar anticorpos para atacar n�s mesmos. Mas, as doen�as autoimunes podem acometer todos os �rg�os do organismo, como cora��o, pulm�o, intestino, olho, boca, couro cabeludo, entre outras. As doen�as reum�ticas tamb�m podem ser de outra origem, como a fibromialgia, que ocorre por desregula��o da percep��o dolorosa no sistema nervoso central.”
Nesse caso, a sintomatologia recorrente � dor. Haja vista a variedade de causas e tipos de doen�as reum�ticas, o tratamento vai depender da patologia em si e pode ser muito vari�vel.
*Estagi�ria sob a supervis�o da editora Teresa Caram