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Estado de Minas SA�DE

Entenda o que � obstru��o intestinal diagnosticada em Bolsonaro

Presidente foi diagnosticado com o quadro nesta quarta-feira (14/7). Especialistas explicam o que �, causas e poss�veis agravamentos


14/07/2021 16:24 - atualizado 14/07/2021 18:25

Bolsonaro foi diagnosticado, de acordo com o governo federal, com uma obstrução intestinal e deve passar por cirurgia , em São paulo(foto: Reprodução/Twitter)
Bolsonaro foi diagnosticado, de acordo com o governo federal, com uma obstru��o intestinal e deve passar por cirurgia , em S�o paulo (foto: Reprodu��o/Twitter)

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi diagnosticado, de acordo com o governo federal, com uma obstru��o intestinal decorrente do atentado a faca ocorrido em 2018. Ainda, conforme as informa��es, os m�dicos ir�o avaliar a necessidade de uma cirurgia de emerg�ncia. Do que se trata a obstru��o intestinal e o que ela pode causar ao organismo? E por que pode ser necess�rio um procedimento invasivo?

 

Segundo Marcos Zambelli, cirurgi�o-geral do Hospital Jo�o XXIII, essa condi��o se d� quando o material digerido � impedido de passar normalmente pelo intestino. De acordo com Antonio Lacerda Filho, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), essa obstru��o � conhecida popularmente como "n� na tripa", que impede o conte�do intestinal de progredir.

“Isso ocorre por causa de um tumor por dentro que obstrui o intestino ou, como no caso do presidente, por ele ter feito v�rias cirurgias no abd�men, h� ader�ncia, ou seja, os �rg�os ficam colados e o intestino pode ‘dobrar’, impedindo a passagem dos l�quidos e alimentos", explica Zambelli. Al�m disso, o uso de medicamentos pode causar o quadro.

Nos �ltimos dias, Bolsonaro j� havia reclamado de solu�os persistentes, que perduravam por 10 dias. Inclusive, chegou a citar o problema em transmiss�o ao vivo nas redes sociais.

E sim, esse solu�o tem a ver com o quadro cl�nico do presidente. Isso porque, conforme Marcos Zambelli, o est�mago fica muito cheio e as secre��es n�o conseguem descer.

"A obstru��o leva a uma dilata��o do est�mago e do intestino acima do local obstru�do e essa dilata��o irrita o diafragma, podendo causar esses solu�os", completa Lacerda Filho.

 

Outros sintomas comuns s�o dor abdominal, n�useas e v�mitos, parada da elimina��o de gases e fezes e distens�o abdominal – essa manifesta��o ocorrendo mais tardiamente. 

 

(foto: Arquivo pessoal)
(foto: Arquivo pessoal)

''Quando se entra nessa barriga, est� tudo grudado. Ent�o, corre o risco de machucar o intestino do paciente, de sangrar. Toda 'reopera��o' � muito mais perigosa do que uma pessoa que se submete a cirurgia pela primeira vez''

Marcos Zambelli, cirurgi�o geral do Hospital Jo�o XXIII



Conforme a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, h� v�rios crit�rios para classificar esse quadro: quanto ao n�vel (delgado alto e baixo ou c�lon), ao grau (completa, incompleta – suboclus�o ou “al�a fechada”), ao estado de circula��o sangu�nea (simples ou estrangulada), ao tipo de evolu��o (aguda ou cr�nica) e � natureza da obstru��o (mec�nica, vascular ou funcional).  

 

Apesar dos diversos graus da doen�a, Marcos Zambelli explica que o tratamento, a princ�pio, � cl�nico. “Passamos uma sonda no nariz, ela vai at� o est�mago, hidratamos o paciente com soro, porque o quadro de obstru��o pode levar a desidrata��o, e tratamos a dor. S�o todos recursos cl�nicos. Muitas vezes, essas medidas resolvem o problema. Se o tratamento n�o est� sendo suficiente, precisamos fazer uma cirurgia para desobstruir, tirar as ader�ncias ou o tumor, que � a causa do problema. Assim, o paciente volta a ter o tr�nsito intestinal normal.” 

 

A necessidade de cirurgia � em �ltimo caso, conforme o especialista. Al�m disso, ele ressalta que, no caso do presidente, pelo fato de ser um abd�men que j� foi submetido a v�rios procedimentos, a opera��o pode ser considerada como de risco.

“Quando se entra nessa barriga, est� tudo grudado. Ent�o, corre o risco de machucar o intestino do paciente, de sangrar. Toda 'reopera��o' � muito mais perigosa do que uma pessoa que se submete a cirurgia pela primeira vez”, explica. 

 

*Estagi�ria sob a supervis�o da editora-assistente Vera Schmitz 


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