
O professor de psicologia da Est�cio Belo Horizonte Thales Coutinho explica que o termo malaxofobia n�o faz parte do campo da ci�ncia psicol�gica, pois n�o integra o dicion�rio da Associa��o Americana de Psicologia, nem tem qualquer estudo publicado em revista cient�fica internacional, ao longo dos �ltimos anos.
Conforme ele, foi uma palavra criada por meio da fus�o do termo “malaxo”, que significa algo com amassar, massagear, e fobia, que significa medo ou avers�o.
Conforme ele, foi uma palavra criada por meio da fus�o do termo “malaxo”, que significa algo com amassar, massagear, e fobia, que significa medo ou avers�o.
“Posso concluir que se trata da avers�o ao contato interpessoal, que � a base dos relacionamentos afetivos humanos. Diante dessa defini��o, baseada na etimologia, essa condi��o n�o se restringiria ao relacionamento rom�ntico e tamb�m n�o envolveria receio de criar v�nculos de compromisso.”
A causa mais importante para a pessoa que n�o gosta de receber carinho e ser tocada, conforme Thales Coutinho, est� no seu hist�rico de vida.
“Infelizmente, desilus�es com relacionamentos pr�vios, de qualquer natureza, podem fazer com que a pessoa se feche �s novas possibilidades. Por�m, nem sempre � esse o caso. Existem pessoas sem qualquer hist�rico negativo que, ainda assim, n�o apreciam o toque interpessoal. Nesse caso, tem a ver com o tra�o de personalidade, que � multideterminado e envolve gen�tica, relacionamentos sociais pr�vios, e at� o acaso.”
Infelizmente, desilus�es com relacionamentos pr�vios, de qualquer natureza, podem fazer com que a pessoa se feche �s novas possibilidades. Por�m, nem sempre � esse o caso. Existem pessoas sem qualquer hist�rico negativo que, ainda assim, n�o apreciam o toque interpessoal. Nesse caso, tem a ver com o tra�o de personalidade
Thales Coutinho, professor de psicologia da Est�cio BH
VIVER PLENAMENTE
O professor ressalta que pessoas com o tra�o de personalidade neuroticismo muito elevado, por exemplo, podem evitar a aproxima��o f�sica, enquanto que aqueles com elevado n�vel de extrovers�o podem fazer o caminho contr�rio. Ali�s, essa incompatibilidade fundamental � uma das raz�es pelas quais a personalidade � importante preditor do futuro de um relacionamento, seja ele de amizade, seja rom�ntico.

“Portanto, mesmo que a malaxofobia n�o seja um termo reconhecido pela ci�ncia psicol�gica, � importante que o indiv�duo que apresente essa avers�o busque fazer psicoterapia. Afinal, a psicoterapia serve para que o paciente viva plenamente a vida, livre de medos e avers�es que possam prejudicar o bem-estar, independentemente do nome que se d� ao sofrimento.”
O QUE DIZ A CI�NCIA: OS ESTUDOS
Estudo de 2012, publicado na revista Comprehensive Psychology (https://journals.sagepub.com/doi/full/10.2466/02.17.21.CP.1.13) indica que pessoas criadas por pais que gostam de abra�ar est�o mais propensos a replicar o comportamento na fase adulta. Evitar contato f�sico tamb�m pode ser um componente cultural.
Em pa�ses como Coreia do Sul, EUA e Inglaterra as pessoas tocam e abra�am menos umas as outras do que no Brasil, Fran�a e Porto Rico, como constatou outro estudo americano, da Calif�rnia, no qual Dacher Keltner mostrou que formas cotidianas de toque podem trazer equil�brio emocional e melhor sa�de (https://greatergood.berkeley.edu/article/item/hands_on_research).
Em pa�ses como Coreia do Sul, EUA e Inglaterra as pessoas tocam e abra�am menos umas as outras do que no Brasil, Fran�a e Porto Rico, como constatou outro estudo americano, da Calif�rnia, no qual Dacher Keltner mostrou que formas cotidianas de toque podem trazer equil�brio emocional e melhor sa�de (https://greatergood.berkeley.edu/article/item/hands_on_research).
Por outro lado, uma pesquisa de 2014, publicado no American Journal of Infection Control, relatou que bater punhos � a forma mais higi�nica de sauda��o, espalha menos germes, o que privilegia o contato m�nimo. Muitos descartam o abra�o (https://www.ajicjournal.org/pb/assets/raw/Health Advance/journals/ymic/AJIC_Aug14_PR_Mela_Fist_bump_FINAL.pdf).
FACETAS DO NEUROTICISMO
Neuroticismo � um dos cinco maiores tra�os de personalidade de ordem superior no estudo da psicologia. Pessoas com alto �ndice de neuroticismo s�o mais propensas do que a m�dia a experimentar determinados sentimentos que levam a emo��es negativas, frustra��o, solid�o, s�o muitas vezes autoconscientes e t�midos e correm o risco de desencadear transtornos mentais comuns como os de humor, ansiedade e neuroses. Conhe�a os principais:
- Ansiedade: preocupa��o intensa e excessiva e medo de situa��es cotidianas.
- Hostilidade: agir com agressividade e oposi��o, perante alguma situa��o no momento.
- Depress�o: perda de interesse em atividades, pessimismo e culpa.
- Autoconsci�ncia: consci�ncia que reflete sobre si pr�prio, sobre sua condi��o e seus processos.
- Impulsividade: problema com o autocontrole emocional ou comportamental.
- Vulnerabilidade: fr�gil, delicado e fraco. Pode-se referir tanto ao comportamento das pessoas, como objetos, situa��es e ideias.